DICA DE UM MARAVILHOSO LIVRO DE RAMATÍS.
(Extraído do livro Resgate nos Umbrais pelo Espírito Ramatís, pela psicografia de Marcio Godinho)
LIVRO RESGATE NOS UMBRAIS
(Extraído do livro Resgate nos Umbrais pelo Espírito Ramatís, pela psicografia de Marcio Godinho)
LIVRO RESGATE NOS UMBRAIS
Breves Considerações
Estimados leitores.
Trabalhar com Ramatis nesta obra, me causou enorme
satisfação. Além de o assunto em particular ser de grande interesse, pude no decorrer do trabalho, compreender um pouco mais sobre certas regiões umbralinas, o que me provocou uma espécie de desmistificação acerca de muitas coisas para as quais me julgava sabedor, mas que no fundo desconhecia completamente ou no mínimo possuía uma noção parcial.
Tudo o que lemos sobre os Umbrais, em sua maioria nos
causa certa incredulidade. Pois a imagem destas regiões costuma antes passar pelo crivo do pensamento catolicista – minha primeira formação religiosa. E bem sabemos que as referências sobre o pecado e sofrimento humano cabem, com alguma sorte, em vários dos mais detalhados relatos que temos sobre as regiões infernais. Logo, pensar sobre os habitantes umbralinos poderá nos causar pavor, especialmente porque acreditamos ser este lugar um reduto de criaturas diabólicas, simplesmente porque fomos ensinados a pensar que lá reside o diabo.
Certa vez, quando ainda era noviço ante a prática
mediúnica, havíamos formado um grupo de estudos sobre a
mediunidade, e posteriormente, para o socorro espiritual. O tempo foi passando e a capacidade do grupo foi se tornando cada vez maior. Conseqüentemente a espiritualidade aumentou a complexidade dos atendimentos de modo que isso nos trouxesse maior aprendizado.
Na medida em que o grupo ia avançando nos trabalhos, a
alegria também aumentava. Pois a sensação de gratidão é imensa após concluirmos uma etapa de assistência espiritual. Foi então que os orientadores invisíveis nos fizeram notar o perfil daqueles que estávamos socorrendo. Ou seja, eram todos moradores de regiões umbralinas, mas que já estavam em total condição de serem resgatados!
Para a nossa surpresa, no encontro seguinte, um dos
participantes mais experientes voltou com o seguinte relato:
— Meus amigos! Pensei muito durante a noite passada e
concluí que é o momento de me afastar do grupo. As razões que me levam a fazer isso são simples: Eu desejo trabalhar com espíritos de luz e não com espíritos sofredores. Pois de sofrimento, já basta aquele que temos por aqui!
Este companheiro explicou-nos acreditar no fato de que os
médiuns devem sempre trabalhar com espíritos superiores. Acolher espíritos recém-chegados dos Umbrais poderia ser perigoso para todos. Pois muitos possuíam ódio no coração, além de serem vingativos.
Todos nós ficamos perplexos e ao mesmo tempo
entristecidos. Pois acabáramos de perder um grande colaborador.
Tão logo este irmão se foi, um de nossos supervisores
invisíveis prestou solidariedade ao grupo manifestando-se através da psicofonia. Sua mensagem de encorajamento nos trouxe a clara idéia de que “os sãos não necessitam de médicos”, conforme ensina o Evangelho de Jesus. Disse-nos também que a função dos grupos de socorro é “socorrer”. Os bons espíritos sempre estiveram engajados nos mutirões de assistência e socorro espiritual, ainda que sua presença nos fosse imperceptível. Recomendou-nos, ainda,
que perseverássemos nas lides mediúnicas e tentássemos, na medida do possível, compartilhar com novos socorristas o
conhecimento ali adquirido. Pois isto nos permitiria multiplicar os grupos de assistência espiritual e conseqüentemente agilizar os trabalhos de resgate.
Com a saída daquele tão importante trabalhador vieram
muitos outros cuja empolgação era contagiante. Estes sim nos fizeram um grande bem e consistiram nos verdadeiros
trabalhadores da última hora. Foi com eles que conseguimos
avanços consideráveis em trabalhos difíceis, bem como a
propagação dos ensinamentos que mais tarde seriam aplicados em vários dos grupos mediúnicos por onde estive.
É curioso observar que nos Tratados Espírita e Espiritualista há muito poucas referências sobre os Umbrais. Certamente todas as doutrinas apontam para a necessidade da
reforma interior por ser exatamente este o ponto de partida, que nos levará à libertação dos grilhões da alma. Entretanto, aqueles indivíduos que despertam antes, possuem o dever de velar o sono daqueles que ainda não despertaram. E quando isto acontecer, que possamos dar as boas-vindas e acolher com todo o zelo estes irmãos que se encontravam no mais profundo adormecimento espiritual.
Se de fato somos filhos do mesmo Pai, precisamos nos
cuidar uns dos outros, sempre atentos aos desígnios divinos. Por esta e outras razões o resgate nos Umbrais deve continuar!
Márcio Godinho
Lagoa Vermelha - RS, final de 2006.