A Umbanda
(Parte 5º de 13 partes)
Outros Rituais:
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Outros Rituais:
O Estalar de Dedos:Porque as entidades estalam os dedos? Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima, mas esse ato encerra alguns detalhes esotéricos de grande importância.
Como já foi dito nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos que se comunicam com cada um dos chakras de nosso corpo: O dedo Polegar tem uma ligação direta com o chakra esplênico; indicador: Chakra cardíaco; anular: Chakra genésico (rádico / Básico); Dedo médio: chakra coronário; uma polegada abaixo do anular o chakra solar e no lado oposto do dedo polegar, no monte de Vênus o chakra frontal.
Ramatís afirma:” A verdade é que vossas mãos, como vossos pés, possuem terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos gânglios e plexos nervosos do corpo físico e com os chacras do complexo etérico-astral, como demonstramos a seguir:
1. dedo polegar - chacra esplênico (região do baço);
2. indicador - cardíaco (coração);
3. médio - coronário (alto da cabeça);
4. anular - genésico ou básico (base da coluna);
5. mínimo - laríngeo (garganta);
6. na região quase central da mão, chacra do plexo solar (estômago);
7. próximo ao Monte de Vênus (região mais carnuda logo abaixo do polegar) - chacra frontal (testa).
Essas terminações nervosas das palmas das mãos são há muito conhecidas da Quiromancia e das filosofias orientais.
O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus e dentre as inúmeras funções conhecidas disso, está a retomada de rotação e frequência do corpo astral, "compensando-o" em relação às vibrações do duplo etérico, aumentando a exsudação 1 (liberação, doação) de energia animal - ectoplasma - pela aceleração dos chacras. Com isso se descarregam densas energias áuricas negativas, além do estabelecimento de certas condições psíquicas ativadoras de faculdades propiciatórias à magia e à intercessão no Plano Astral. São fundamentadas nas condensações do fluido cósmico universal, imprescindíveis para a dinâmica apométrica, e muito potencializadas pela sincronicidade entre o estalar de dedos e as contagens pausadas de pulsos magnéticos”
Continua Ramatís: "Já quando bateis palmas, sendo vossas mão pólos eletromagnéticos, a esquerda (-) e a direita (+), quando as duas mãos ou pólos se tocam é como se formassem um curto-circuito, saíndo faíscas etéricas de vossas palmas. Quando os pretos velhos em suas manifestações batem palmas, durante os atendimentos de Apometria, é como se essas faíscas fossem "detonadores" de verdadeiras "bombas" ectoplásmicas que desmancham as construções astrais, laboratórios e amuletos dos magos negros.
"Apômetras" e Umbandistas, uni-vos. Continuai estalando os dedos e batendo palmas, sabedores do que estais fazendo, despreocupados, conscientes e seguros de que as críticas se perderão como pólen ao vento."
(1) Exsudação: Segregação de líquido viscoso que sai pelos poros ou em forma de gotas ou de suor.
Defumação:
A defumação é essencial para qualquer trabalho nos terreiros de umbanda: O corpo físico e seus agregados sutis (duplo etérico, corpo astral, mental), coletam durante o dia no seu contato social (pensamentos, ambientes), todos os tipos de emoções, cargas que estão no ar, que se grudam no duplo etérico causando altas densidades, influenciam todo o sistema aurico e podem causar bloqueios. Pois estas pessoas todas se dirigem ao terreiro. Essa concentração de pessoas, que levam consigo, toda essa carga, formam um grupo com variados problemas, pois essas formas-pensamentos que acompanham seus criadores, adentram o centro espiritual.
A defumação tem a função de desagregar essas cargas negativas. A preparação para as ervas a serem queimadas, precisam de um ritual especial, serem colhidas na lua certa, queimadas em vaso de barro (neutro). A fumaça não pode irritar as pessoas, a função é além da fumaça leve que deve estar acima da cabeça das pessoas agindo com leveza sem poluir o ambiente, é principalmente pela sua função aromática.
Uma boa defumação pode ser feita com cravo, canela em pau, erva-doce, sempre feita dos fundos para frente, acompanhada com um ponto cantado adequado a situação.
Pontos Cantados:
Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai a um terreiro de Umbanda pela primeira vez. Os pontos cantados são, dentro dos rituais de Umbanda, um dos aspectos mais importantes para se efetuar uma boa gira.
Os verdadeiros pontos cantados, são os chamados de raiz (são os pontos ensinados pelas próprias entidades). Apesar disso, há uma gama infinita de pontos desconexos sendo entoados por ai. Um verdadeiro ponto evoca imagens fortes e atingem lá dentro do coração e da emoção a verdadeira fé', pura e simples.
Os pontos cantados servem para impregnar certas energias e desimpregnar outras, de acordo com o ponto, uma vez que cada linha representa um imagem, traduz um sentimento inerente a vibração daquela entidade que o canta, ou que o trás, existindo por trás deles uma freqüência toda especial, que se modifica de acordo com a Linha Espiritual :
Oxalá - Sons místicos;
Ogum - Sons vibrantes;
Oxossi - Sons afinados com a natureza e sua harmonia;
Xangô - Sons graves;
Yorimá - Sons melancólicos;
Yori - Sons alegres, predispondo ao bom animo;
Yemanjá - Sons suaves, destinados à renovação afetiva e emocional.
Assobio e Brados:
Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós?
Muitos pensam, ingenuamente tratar-se dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos.
Não é bem assim. Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza, os chamados "Tatwas". Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direciona-lo corretamente, afim de libera-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
Os assobios, assim como os brados, ou sons graves e guturais emitidos pelos Pais-Velhos quando incorporados, são o chamados mantras; cada entidade emite um som de acordo com a linha que trabalha, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes."
Pés Descalços:
Por que tirar os sapatos na hora de se entrar num congá (congar) ?
Nós, umbandistas, consideramos o conga', mesmo sem "santos" no altar, um lugar imantado, onde forma fixadas certas forcas ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forcas ou ordens, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele.
Assim, é de obrigação se tirar o calcado, visto este objeto ser anti-higiênico, pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por querermos estar em ligação desembaraçada com o elemento terra, sabendo-se que esta é o escoadouro natural das vibrações ou ondas eletromagnéticas."