quinta-feira, 31 de março de 2022

A FALANGE DO EXÚ SETE POEIRAS

 A FALANGE DO EXÚ SETE POEIRAS


Nenhuma descrição de foto disponível.Entidades da falange: Pomba Gira Sete Poeiras/ Pomba Gira Poeira/ Maria Poeira/ Exú Sete Poeiras/ Exú Poeira e afins.

Estes guardiões trabalham na linha de Malei – cujo comandante é Ogum Malei.
Nos terreiros costumam ser sérios e orgulhosos.
Integra a legião ou povo das Almas* do “Oriente”.

*OBS: Reino das Almas
Chefiado por Exú Rei das Almas, Senhor Omulú e Pomba Gira Rainha das Almas (ou Rei e Rainha da Lomba).
Governam todos os Exús que trabalham em locais altos. Os Exús deste reino também trabalham em hospitais, etc.

- Legião ou Povo das Almas do “Oriente”:

chefiado pelo Exú Sete Poeiras e Pomba Gira Sete Poeiras.
Neste povo encontram-se entidades que possuem caráter idêntico aos do povo do Oriente, tão conhecido dentro da Umbanda.
Entretanto, eles se diferenciam em seus trabalhos.
Atuam de forma semelhante, mas os Exús trabalham de maneira mais densa.

Estes guardiões são desconfiados e se irritam com facilidade, detestando qualquer tipo de imposição religiosa em seus trabalhos.

Os espíritos que compõem a legião, quando encarnados eram feiticeiros, sacerdotes ou pessoas que eram muito ligadas a questões religiosas.
Todos estes possuem dons religiosos de caráteres altamente elevados, mas que, em algumas parte de suas vidas terrenas, deixaram a desejar e agora trabalham em prol do crescimento da humanidade, usando tudo o que sabem.

Usam roupas vermelhas, com fundos pretos e com bordados dourados; alguns podem usar capuzes e mantas, feitas de pano aveludado ou de peles de animais a eles consagrados (nas religiões que praticam isto), adornados com pedras, cristais, favas, sementes, conchas e búzios.

Gostam de fazer curas, ensinar línguas mortas, abrir caminhos, ajuda financeira.
Dizem que estes Exús comem carne e adoram absinto, licor de damasco e de tâmaras, vinhos tintos, cervejas, uísque envelhecidos, conhaques de gengibre e, em alguns casos, podem até beber chá ou leite com mel(chái india).
Só utilizam da cachaça para retirar negativos ou equilibrar o negativo(todos temos 2 lados ).

Podemos encontrar os guardiões deste povo em campinas, encruzilhadas perto de capelas de cemitérios, em praias, em montanhas e a sete metros de distância de qualquer templo religioso.
Não gostam de pessoas fanáticas por suas religiões, pois lembram que eram assim e, em muitos casos, cometeram erros e isto trouxe fardos cármicos (aqui se deve ao fato de que muitos, quando vivos, praticaram magias negativas) a serem pagos.
Portanto, mistificadores, zombadores ou gente que usa a religião para esconder seus defeitos ou ganhar dinheiro em cima da religião não contem com a ajuda deles, pelo contrário, adoram puxar a orelha destas pessoas.

Trabalham muito com posições astrológicas(fases lunares ou solares) e delas são exímios conhecedores, fazendo o máximo uso dos seus conhecimentos a seu favor. Sabem fazer qualquer jogo de adivinhação ou divinatório, pois os conhecem profundamente.

O líder (assim como a Senhora das 7 Poeiras), o Senhor 7 Poeiras é conhecido em alguns espaços como Exú pagão, não apenas em referência ao fato de ser batizado ou não, mas porque pagão provém do latim arcaico: pagnus = provindo do povo, ou seja, faz referência aos cultos da natureza e de suas divindades que não pertenciam aos moldes da Igreja oficial;

O Senhor 7 Poeiras é uma entidade espiritual que lidera a legião do Oriente – espíritos semelhantes que cultuavam suas divindades, as quais não eram cristãs ou que a esse molde não se adaptaram.
Este Exú é altamente versátil em seus feitiços e magias e conhece muitas mandigas; verticaliza-se em prol de conduzir ao caminho certo os espíritos que, de algum modo, se desvirtuaram do caminho do bem, objetivando, assim, o crescimento evolutivo destes. Também é um “caçador” de kiumbas, caçando-os nas trevas e tirando desobsessões psíquicas das pessoas.

Adoram incensos de canela, cedro, cravo da índia, mandrágora e lótus.
Seus cigarros, geralmente, são feitos com palha de milho e os fumos levam especiarias, como o cravo da índia. Gostam de perfumes de sândalo e anis estrelado.

OBS: é sempre bom conhecer os guardiões com quem trabalhamos , saber a historia de sua falangue pedindo sempre orientação pois existem muitas historias como em uma falangue a muitos trabalhadores , não é pecado algum perguntar e se informa , melhor do que eles próprios para esclarecer suas histórias pessoais cada um tem a sua, lenbrando que cada linha tem muitos trabalhadores as historias aqui postas são dos primeiros que iniciou a falange.

E ai se identificam? "Adultos Índigo"

 E ai se identificam?

"Adultos Índigo"


Nenhuma descrição de foto disponível.
E ai se identificam?

"Adultos Índigo"

Em 1941 começaram a nascer crianças portadoras de almas pioneiras, especiais, detentoras desta nova freqüência, com a função maior de ajudar na mudança próxima, desencadeando as reações necessárias para as transformações individuais e coletivas do planeta. Elas estão em ressonância com mundos superiores, de onde vêem, vibrando como diapasões da Grande Orquestra de Deus.

Aumentam com suas presenças a freqüência planetária e humana!... Têm missões de vanguarda a cumprir. Depois, começaram a virem "ondas" a partir de 1970, 80 e 90. Agora são muitos os índigos em todos os povos e lugares do planeta. São as fabulosas crianças do terceiro milênio, detentoras de grandes dons e inteligência.

(índigo = cor azul escuro) A maioria possui a aura nesta cor, mas podem tê-las também em dourado, azul/violeta ou púrpura.

É uma geração de "Mestres" e "Guerreiros da Luz ou do Espírito" que vêem com a missão de descobrir novos conhecimentos e passá-los, quebrando paradigmas ultrapassados e doentes, lutando pela unidade/igualdade, por valores éticos, pelas virtudes, defesa do planeta e animais, novos sistemas de paz e amor, sendo exemplos vivos destas verdades!... Trouxeram um enorme potencial para provocar tudo isto, mas podem sofrer grandes dificuldades na gestação, nascimento, na infância ou adolescência, dificuldades de adaptação, encaixe energético, provocando desajustes, traumas, cicatrizes, danos extras, doenças etc. Terão que enfrentar grandes desafios, incompreensões, falta de estruturas e desamor.

Dependendo da educação que recebam e o meio em que vivam, podem até perder o objetivo divino de seu nascimento. Tendo revertidas suas polaridades, poderão virar agressivos, hiperativos e irados, sem que se manifestem os dons que trazem!

Nada, porém, é por acaso, tudo faz parte de um Plano de Deus! Aceitaram antes de encarnar este desafio. A corte divina os acompanha e torce por eles!

Como dizia Einstein: "Deus não joga dados, existe um plano!"

Existem hoje no planeta crianças, jovens, adultos e idosos com freqüência índigo.

*Características destas pessoas*

• Cor do campo eletromagnético (aura) diferente, maior e mais claro.

• Percebem os pensamentos e os sentimentos alheios com facilidade, dificilmente não verão a face por baixo das aparências.

• São curiosos, buscadores das verdades espirituais. Amantes do conhecimento.

• Sentem um chamado interno para ajudar, criar e servir. Amor incondicional.

• Têm sabedoria inata, percepção do todo, visão, síntese e rapidez de raciocínio.

• Carregam dons artísticos, são também inventores e cientistas.

• Líderes por natureza, novas teorias, novos sistemas em todos os setores.

• Agentes facilitadores do processo divino de transformação no planeta.

• Questionam tudo, não se deixam influenciar, têm liberdade de pensamentos, inovam, incomodam aqueles que vivem dentro de uma rigidez severa.

• Quebram padrões, rompem fronteiras, por isso, às vezes, são odiados e ameaçados.

• Amam e defendem a natureza, os animais e o planeta.

• Lutam por uma Terra brilhante, com valores humanos, éticos e desenvolvimento justo. Sem desigualdades ou sofrimento.

• Reconhecem a falsidade de longe, descobrem verdades ocultas nas diferentes áreas da vida, caminham sempre movidos pela verdade, abrindo caminhos.

• Sacodem bases antigas, ultrapassadas. Vêem além, adiante de seu grupo e tempo.

• Têm o hemisfério direito do cérebro bem desenvolvido e grande intelecto.

• Os videntes conseguem reconhecê-los de longe. Possuem poderes paranormais ativados ou em potencial: telepatia, profecias, mover objetos, intuição etc.

• Pontes entre a velha e as novas energias. Ancoram e ativam vórtices energéticos.

• Assimilam as energias ao redor, podendo intoxicar-se com as de má qualidade.

• Sofrem ataques de vampiros, espíritos sombrios, tentações para que se desviem da missão original.

• Atraem pessoas, têm carisma, beleza e boa comunicação.

• Podem acessar outras realidades, ver anjos, mestres, comunicar-se com eles, são canais de Deus.Interesse e crença por extraterrestres, astronomia, cosmologia, física, o mistério da vida. Multidimensionais e interdimensionais.

• Curam com a palavra, pensamento e mãos ou só com a presença.

• Amam o que fazem, são muito sensíveis, dinâmicos, originais.

• Possuem atenção seletiva ( colocam foco só no que lhes interessa)

• Detestam ser manipulados, receber ordens descabidas ou sem explicações, regras não racionais ou injustas, tolhidos de liberdade, podados, qualquer espécie de controle ou autoritarismo.

• Aversão a trabalhos repetitivos, monótonos ou obrigatórios.

• Intolerância a estupidez, teimosia, trabalhos em grupo.

• Essencialmente pacíficos, mas com ataques de ira quando indignados. Aí, refletem a violência recebida.

• Sensíveis a eletricidade (causam estática, interferência, disparo de alarmes, mudam freqüências, choques, lâmpadas queimam ou piscam etc.).

• Bons mediadores, diplomatas, pesam os dois lados do conflito.

• Auto-estima saudável, sabem intuitivamente de sua origem e realeza, de seu valor e dignidade. Agem com humildade quando equilibrados.

• Sonhos proféticos e com mensagens. Ardentes desejos de melhorar o mundo.

• Estão aqui para exemplificar uma vivencia melhor numa Terra melhor.

• Capazes de se moverem dentro das diferentes dimensões.

• Vivem num estado crístico de ser (futuro de todos nós)

• Possuem almas de mestres com essências divinas acopladas espiritualmente da quinta dimensão até a nona.

• Possuem freqüência vibracional mais elevada, maior carga de energia. Precisam saber canalizá-la e distribuí-la corretamente. Energia superior.

• Estão também sofrendo mudanças em si mesmas. Caminham para a freqüência cristal, próximo degrau evolutivo humano.

• Não aceitam ambiente desumano, desarmônico, poluído, individualista, limitado.

• Dificuldade em lidar com dinheiro (p/ganhar ou administrá-lo)

• Seus corpos têm dificuldades em equilibrar e manter-se estável com o enorme fluxo de energia constante. Falta-lhes aterramento adequado. Certa fragilidade. A energia de densidades diferentes não pode ser contida na embalagem (corpo físico).

• Sentimento de missão (algo a fazer pelo todo, pelo coletivo).

• Sensação de estar fora do lar, saudade de algo fora da Terra.

• Compartilham tudo que sabem graciosamente, generosamente.

• Amam os cristais, os golfinhos.

• Possuem uma sexualidade bem expressiva.

• Podem sofrer de dislexia, distúrbios de coordenação, atraso na fala.

*Alterações físicas nos índigos:*

• Mais hélices e genes em seu DNA.

• Glândula timo mais ativa e desenvolvida.

• Hemisfério direito do cérebro ativado e trazendo novas habilidades.

• Sistema neurológico diferente (mais ligações entre os neurônios)

• Alterações na química cerebral

• Sensação de corpo mais pesado.

Por Ingrid Cañete
Interdimensionais

TRISTEZA DOS ORIXÁS Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu.

 TRISTEZA DOS ORIXÁS
Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu.


Nenhuma descrição de foto disponível.TRISTEZA DOS ORIXÁS

Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu.
Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas…
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo.

Realmente o Sol tinha escondido – se nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu – se ao mar.
Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram – se.
Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.

Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

-Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo!
Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo?
_ ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.
-Desculpe, sabe, ando meio ocupado.

Respondeu um triste Ogum.
-Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.
-É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”.
Estou cansado!
Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome.
Estou cansado com o que eles fazem com a “ espada da Lei” que julgam carregar.
Estou cansado de tanta demanda.
Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles…Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto.
Ele chorava.
Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda.
Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava.
E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum.

Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não!
Ogum ama a humanidade, ama a Vida.
Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas.

As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.
Não!
Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza- se de sua espada para resolver qualquer situação.

E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um.

E mais, normalmente, tudo isso torna – se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas.
Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.
Isso magoava Ogum.

Como magoava:
- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade?

A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olodumare.
Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá – la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando – na em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição…

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida.
E totalmente nu ficou frente à Iemanjá.
Cravou sua espada no solo.
Não queria mais lutar, não daquele jeito.
Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu.
E por incrível que pareça o mesmo aconteceu.
Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa.
Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela.
Magoava – se por sua alfange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.

Ele também deixou seu alfange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite.
Logo via – se o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que irradia – se de todo seu ser.
A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que perderam – se na senda do Criador.
Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Derepente um trovão se ouviu e era Xangô com seu machado e sua coroa.
Triste e desanimado também depositou suas vestes perante Iemanjá, disse que não aguentava mais a distorção de suas leis, e o não entendimento dos encarnados da vontade divina.

Eles esquecem de quem deve paga e quem merece recebe...
Apos o acontecido de Xangô
um vendaval soprou e com ele vinha Oxossí o senhor da mata, e muito abatido despiu-se e entregou sua flechas, disse que não aguentava mais ser referenciado como um Orixá da caça apenas, e sim queria ser lembrado como grande doutrinador, e caçador sim das almas insubmissas.

Mas o mais incrível estava por acontecer.
Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite.
E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas.

Faziam isso em respeito a Ogum, Omulu, Xangô e Oxossí. Quatro Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas.
Faziam isso por si próprios.

Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olodumare, que espalha as sementes de luz do seu amor.
Oxum queria ser lembrada como a senhora do amor puro e não da sensualidade desordenada,
Nanã queria ser lembrada como a senhora da renovação e não da morte como alguns pregam.
Um a um, todos foram despindo – se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.
Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer.

Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente.
Era Exu.
O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada.
Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam – se.

Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas.
Tinham na face, a expressão do cansaço.
Mas, mesmo assim, gargalhavam muito.
Eles nunca perdiam o senso de humor!
E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram – se de tudo.

Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem.
Enúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles.
Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando – o a figura do Diabo:

-Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável!
_ Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir.
Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada!
Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto.
Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:

Espere!_ pensou Iemanjá!
_ Oxalá,
Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação.
E logo Iemanjá colocou – se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás.
Oxalá apresentou – se na frente de todos.
Trazia seu cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum.
Também despiu – se de sua roupa sagrada, pra igualar – se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

-Olodumare manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos!

Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas.

Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra.

Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda Sagrada séria, sem os absurdos que por aí acontecem.
Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas.

Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se.

Esses que realmente nos compreendem e buscam – nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe.
Esses incríveis filhos de Umbanda Sagrada, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos.

Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda Sagrada de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olodumare brilhar e sorrir…
Quando Oxalá calou – se os Orixás estavam mudados.

Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros juntariam – se nesse ideal.
E aquilo alegrou – os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis.
E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram – se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os caboclos, pretos – velhos e crianças, o mesmo fizeram.
Largaram tudo, também despiram – se e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.
Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda Sagrada, sorriam.

Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos.
Uma alegria e bem – aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas.
Apenas sorriam e abraçavam – se.
O alto os abençoava…
Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos.

E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto.

Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles.

Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.

Miríades de espíritos foram retirados do baixo – astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.
E na matéria toda a humanidade foi abençoada.
Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta.

Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente.
Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou – se benção na vida de todos.
Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda Sagrada, pensem bem!

Não transformem a Umbanda Sagrada em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas.

Respeitem outras vertentes cada um tem suas Leis.
Muito menos esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles.
A Umbanda Sagrada é simples, é puro sentimento, alegria e razão.
Lembrem – se disso.

E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda Sagrada séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem – se das palavras de Oxalá ditas linhas acima.

Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não tem olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade.
Lembrem – se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança.
A todos, que lutam pela Umbanda Sagrada nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem – los.

Sejam luz, assim como Eles!