A Umbanda
(Parte 9º de 13 partes)
Primeiro Fundamento: DEUS
(Parte 9º de 13 partes)
Primeiro Fundamento: DEUS
Deus é um “Ente” indefinível, primitivo, conceituado pela mente que admite. Definir Deus é dar-lhe atributos antopomórticos. Em nossa humanidade dividida encontramos: Os “Teistas”, que aceitam Deus e estão distribuídos em:
Monoteísta, que admitem um Deus.
Politeísta, que aceitam a existência de muitos Deuses.
Os Ateístas, que pregam a não existência Deus.
Os Agnósticos, que declaram a não compreensão de Deus pela inteligência.
Esotericamente, Deus é um “Ente Cósmico”, que em sua atividade se exterioriza sob três aspectos distintos, que são harmônicos e simultâneos.
É o fenômeno da “Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade”, que se desdobra nos “Sete Espíritos Governantes Cósmicos” e que são os “Sete Òrìxàs Maiores” (Orixás), os “Sete Mundos”.
A Umbanda é Monoteísta, admitindo Deus Uno e Trino, e sua consequência Septenário e, somente Ele é passível de adoração, por abstração, sem representação, nem mesmo por símbolos.
Segundo Fundamento: Pluralidade dos Mundos
A doutrina da pluralidade dos mundos é, atualmente, de caráter quase universal. Todavia, nem sempre foi assim, pois muitas das filosofias e religiões, que ainda hoje existem, afirmavam a sua unidade, cujo centro seria a nossa “acanhada” Terra. Com a evolução do entendimento filosófico e as conquistas da ciência, os conceitos também progrediram e, hoje, nas elites pensantes do planeta, discute-se a habilidade de seres em outros mundos físicos, os seus aspectos e os seus graus de inteligência. A Umbanda, nitidamente evolutiva, para ser redundante, conclama com a “ciência acadêmica” a pluralidade física dos mundos – mundos da forma – e, com a ciência esotérica aceita a sua pluralidade hiper e infra-física.
Quanto a forma, a ciência atual costuma classificar os Cosmos, em “quatro ordens de universos”:
O de primeira ordem, que é o constituído pelo nosso “Sistema Solar”, ou por sistema análogos em outras estrelas que não o “Sol” e, em cada galáxia (com seus planetas, satélites, cometas, asteróides, meteoritos e poeiras);
O universo de segunda ordem, é aquele de cada galáxia semelhante a nossa Via Láctea. É, pois, constituído por miríades de estrelas e suas coortes de astros;
O de terceira ordem, é o dos cúmulos de galáxias ou hipergaláxias;
O universo de quarta ordem, é formado pelos cúmulos do hipergaláxias. Assim. O Cosmos é o conjunto de universos, implicando na noção de “Cosmos Finito” como já o afirmava “Finstein” e, para acentuar a noção compreenda-se sua expansibilidade.
O Cosmos, na pluralidade dos mundos, é “Finito” e está em “Expansão no Espaço” através do “Tempo”.
A Umbanda entende a pluralidade dos mundos, partindo da compreensão de “Deus como o Absoluto”, por existir, independentemente de qualquer condição, sem atributos, nem limites.
Primeiro plano Cósmico: No entanto, partindo do conceito de “Espaço Total”, conjunto de mundos e, de “Tempo Total”, por correspondência e abstração, depreende-se uma relação, “Um Ente Deus”.
Segundo plano Cósmico: A Divindade Cósmica, passando pela Trindade se desdobra em “Sete Universos”.
Terceiro plano Cósmico: Cada um destes Sete Universos, com sua Divindade Regente trina, também é septenária, formando, por sua vez, Sete Universos.
Quarto plano Cósmico: Estes universos, com seu Regente Divino, se desdobram em sete universos de quarta ordem, como os denomina a ciência acadêmica, na “Unidade e na Trindade”.
Quinto plano Cósmico: Segue-se, a condensação dos universos de quarta ordem, em sete universos de terceira ordem.
Sexto plano Cósmico: Cada um dos sete universos de terceira ordem se desdobram, depois do Uno-Tríplice, em outros sete universos de segunda ordem.
Sétimo plano Cósmico: Os universos de segunda ordem, transformam-se, na decida para a matéria, em sete universos de primeira ordem, ou sistemas solares que são os de maior densidade e de maior extensão.
Estamos na presença do nosso Universo! O sistema Solar, com sua cadeia de planetas, que esotéricamente são sete, considerando-se o satélite da Terra, a Lua, como tal e, formando, assim, “Sete Planos”, que são:
1ª) Mahaparanirvánico, Adi ou Mundo de Deus;
2ª) Paranirvánico, Anupadaka ou Mundo dos Espíritos Virgens;
3ª) Nirvánico ou Atímico ou Mundo do Espírito Divino;
4ª) Buddhico, Intucional ou Mundo do Espírito da Vida;
5ª) Mental, dos Pensamentos;
6ª) Astral, dos Desejos, Emocional;
7ª) Físico, Material.
O primeiro plano, o ADI, é o da Atividade Divina. O segundo e o Terceiro. São os campos da evolução Hiper-Humana, enquanto que Mental, Astral e o Físico, são evolução humana e os mais conhecidos pelas religiões e filosofias antigas.
Assim, o Plano Mental corresponde ao Céu ou Paraíso de certas religiões Cristãs, para os muçulmanos e judeus; aos Campos Elíseos dos Gregos, e ao Devacam dos Hindus.
Nota-se que estes planos, não são como prateleiras, um em cima do outro, mas também “Interpenetrantes”, cuja penetração é do mais evoluído ao menos evoluído, do primeiro ao sétimo e todos formados por matéria universal, que se gradua de mais densa a menos densa. Sendo a menos densa, a do primeiro plano e, devido a interpenetração dos planos, que se dá a Deus, o atributo de “Onipresença.