sexta-feira, 29 de abril de 2022

Yemanjá. Um orixá - uma energia da natureza “Odô Iyá!” A saudação vem da língua ioruba e quer dizer “Mãe do Rio”. Ora, Iemanjá não é a “Rainha do Mar”? Pois é. Toda cultura é dinâmica.

 Yemanjá. Um orixá - uma energia da natureza
“Odô Iyá!” A saudação vem da língua ioruba e quer dizer “Mãe do Rio”. Ora, Iemanjá não é a “Rainha do Mar”? Pois é. Toda cultura é dinâmica.


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“Odô Iyá!” A saudação vem da língua ioruba e quer dizer “Mãe do Rio”. Ora, Iemanjá não é a “Rainha do Mar”? Pois é. Toda cultura é dinâmica. Isso significa que o contato com novas realidades pode transformar tradições que parecem imutáveis em algo absolutamente novo, por vezes, inclusive, dissociado de sua origem.

Nesse post sobre a orixá Yemanjá vou mostrar pra vocês alguns fatos sobre mamãe que são bem desconhecidos, muitos desses conhecimentos adquiridos de minha mãe preta, espero que gostem

Embora Iemanjá nunca tenha deixado de estar relacionada às religiões afro-brasileiras, sua representação mais conhecida, aquela que se popularizou no imaginário do nosso povo, está muito distante da mãe africana de seios fartos que reinava e era cultuada nas terras de Abeokutá, às margens do Rio Ogum, na Nigéria. Primeiro, é preciso compreender como uma divindade ligada aos rios se torna a Rainha do Mar. Na verdade, Iemanjá é senhora de todas as águas e seu culto se dá especialmente na confluência entre o rio e o mar.

A divindade dos oceanos, Olokun, seria, de acordo com algumas tradições, o pai de Iemanjá (há quem considere Olokun um orixá feminino). Como o culto a Olokun não prevaleceu no Brasil, muito provavelmente porque aqueles que o conheciam não sobreviveram à triste travessia do Atlântico ou não chegaram em número suficiente para perpetuar seus ritos, Iemanjá assumiu também a função de deusa dos mares, tornando-se a “senhora das águas que vêm de Olokun” e transferindo a Oxum a tarefa de cuidar dos rios. Seu nome deriva da expressão “Iyê Oman Ejá”, ou seja, “a mãe cujos filhos são peixes”, talvez por isso tenha se tornado também protetora dos pescadores e associada à figura das sereias.

O fenômeno do sincretismo emprestou novos contornos à imagem de Iemanjá. Além da relação com Nossa Senhora, em suas mais diversas fases e faces, houve uma fusão com mitos indígenas, nos quais as histórias das Iaras, Janaínas e mães d’água também deram um toque de misticismo à deusa africana, fazendo surgir a grande mãe de todos os brasileiros, festejada nos litorais de Norte a Sul, com suas longas madeixas, sua túnica azul, suas ancas largas, seu diadema de estrelas e seus braços acolhedores sempre abertos. Odô Iyá!

Os candomblés mantiveram seus traços de origem não só na representação, mas principalmente no ritual. Nos terreiros, Iemanjá continua cultuada com cânticos da tradição nagô e recebe em sacrifício seus animais e comidas prediletas. Contudo, a mesma imagem que se popularizou por todo o Brasil também está presente nas religiões de matriz africana, que, por não estarem apartadas da sociedade e pelo dinamismo próprio da cultura, absorveram diversos traços do sincretismo. Isso não é necessariamente um problema, a grande questão é quando deliberadamente os traços negros são apagados em processos de apropriação indevida.

Yemanjá e todos os orixás são negros, e antes que alguém diga que energia não tem cor, vale lembrar que ancestrais têm origem e têm história. Como bem definiu Pierre Verger, os orixás são ancestrais divinizados que outrora, devido à força de sua existência, estabeleceram relações com elementos da natureza e com diversas funções sociais. A função social da maternidade, por exemplo, coube a Oxum e a Iemanjá, sendo a primeira mãe das crianças e a segunda, dos adultos. Como a figura da grande mãe está presente em todas as culturas, tendo sido sorvida inclusive pela tradição católica, por meio do culto às diversas “nossas senhoras”, não foi difícil enquadrar Iemanjá nesse arquétipo, o que certamente facilitou a popularização de seus rituais.

Flores e perfumes cobrem o mar da Bahia todo dia 2 de fevereiro. Na praia do Rio Vermelho, as antigas homenagens à Senhora Santana e a Nossa Senhora das Candeias foram sendo gradativamente substituídas pelas festividades à Rainha do Mar. Os pescadores foram os grandes responsáveis. Além disso, a resistência da igreja ao sincretismo com as religiões afro-brasileiras fez a celebração de Iemanjá ganhar força. Apesar de toda a exploração turística da festa, os rituais nos terreiros são mantidos e os primeiros presentes são entregues a Oxum, no início da madrugada, no Dique do Tororó, para evitar ciúme entre as deusas e não provocar sua ira.

A grafia do nome de Iemanjá também é realizada com Y, por isso é tão comum encontrar o nome da divindade escrito desta maneira: Yemanjá. Na África seu nome tem origem nos termos do idioma Yorubá “Yèyé Omo Ejá”, que significa mãe dos filhos-peixe. No Brasil, ela também recebe os nomes: Inaé, Ísis, Janaína, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar e Sereia do Mar.

Representa o arquétipo da grande MÃE, que, simboliza a fecundidade, a mãe que acolhe, a mãe que alimenta, a quem todos os filhos recorre para ouvir suas súplicas e pedir o que necessita. A grande mãe tem anca larga e seios fartos para gerar filhos saldáveis. Aquela que gera! Meu respeito e total gratidão a esta energia criadora e nutridora. Que essa grande mãe nos dê fertilidade para grandes projetos serem criados em benefício do bem comum, e que possa também nos alimentar de forma abundante para que possamos viver.

Curiosidades sobre Iemanjá
Iemanjá é um dos orixás mais amados do Brasil e também de Cuba. A Rainha do Mar possui diversos filhos e adoradores que pedem por fertilidade, por proteção e principalmente pelos pescadores, de quem ela é padroeira. Conheça a história de Iemanjá, considerada a mãe de todos os orixás.
História de Iemanjá: a origem do mito
Iemanjá é um orixá proveniente de uma nação chamada Egbá, localizada na Nigéria. Por lá existe um rio com este mesmo nome e este rio faz parte da mitologia da história da Rainha do Mar. Alertamos aos nossos leitores que existem diversas versões desta mesma história. Essa é apenas uma delas e aquela que nós do WeMystic Brasil consideramos como a mais confiável.

A maternidade de Iemanjá
A maternidade deformou o corpo da deusa Iemanjá. Ao amamentar seus 10 filhos, os seios cresceram muito, e ficaram tão pesados que ela mal conseguia ir visitar os outros reinos. Os seios de Iemanjá causaram tristeza e vergonha à deusa. Descontente com o seu casamento e muito carente por viver isolada em Ifé, ela parte de casa em direção ao oeste e conhece o rei Okerê. Apaixonaram-se imediatamente e casaram-se. Iemanjá fez somente um pedido a Okerê: que ele jamais a ridicularizasse por causa dos seus seios. Um dia, Okerê chega bêbado em casa e ela o recrimina. Ofendido, ele grita com ela, e faz graça dos seios da deusa. Iemanjá foge em disparada com a poção dada por seus pais nas mãos. Okerê, arrependido, corre atrás da esposa para tentar impedi-la.
Na fuga, Iemanjá tropeça, quebra a poção e seu corpo se transforma em um rio, com o leito direcionado ao mar. Para tentar impedir a fuga da mulher, Okerê transforma-se em colina, para barrar o caminho do rio até o mar. Iemanjá então clama pelo seu filho mais poderoso, Xangô, pedindo ajuda para que ela conseguisse fugir de Okerê. E Xangô parte a colina ao meio e sua mãe consegue, por fim, chegar ao oceano, tornando-se a Rainha do Mar.

A importância de Iemanjá no Brasil
Iemanjá é o orixá mais popular do Brasil, é o único que tem festas públicas e feriados em seu dia, 2 de fevereiro. Sua festa acontece no Rio Vermelho em Salvador, mas ela também é saudada durante a virada do ano (31 de dezembro) e em 15 de agosto. É comum ver pessoas colocarem oferendas a Iemanjá no mar, vestidos de branco colocam presentes em barquinhos para a Deusa. Ela é a padroeira dos pescadores, por isso antes de ir para o mar, eles costumam pedir por proteção da deusa no dia de trabalho.
Por ser um país de enorme costa e tradição pesqueira, a adoração da deusa espalhou-se por todo o país. Ela é também adorada como a deusa da fertilidade e protege seus filhos e todos os que oram por ela. Ela é reverenciada em diversas religiões e doutrinas como na Umbanda, no Candomblé, Xambá, Omolokô e Vodu Haitiano. Tem sincretismo religioso com santas da Igreja católica: Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora das Candeias.

Curiosidades sobre Iemanjá
Significado de seu nome: mãe dos filhos-peixe ou mãe de todos os orixás
Dia da semana de adoração: sábado
Cores: branco e azul claro
Número: 5
Elemento: água
Domínio: mar, água salgada
Saudação: “O doiá” (que quer dizer Rio) ou “Odofé Ayabá” (que quer dizer amada senhora do Rio).
Metal: prata
Colar do iniciado: de cristal (significada frio, imobilidade, silêncio e criação)
Partes do corpo: cabeça (inconsciente e equilibro mental), cérebro (comanda o corpo);
Comida: epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, mamão;
Símbolo: abebê branco

Os filhos de iemanjá possuem características únicas que os destacam de todos os outros devido aos traços que herdam da sua Rainha do mar. voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e formais. Põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Tem tendência a vida suntuosa, mesmo se as possibilidades não lhes permitem; Os filhos de Iemanjá são pessoas emotivas, que tratam a todos com educação e carinho. Com forte senso maternal (independente do gênero), quem é filho de Iemanjá costuma ser super protetor e defender aqueles que ama. São pessoas que dão grande importância aos filhos, mantendo com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros na sua criação. Sentem-se como os responsáveis por cada membro da família, e dá muito amor a cada um deles, tendo vontade de mantê-los debaixo da asa. Gostam de se sentir belos e especiais. Perdem um bom tempo na frente do espelho e gostam de se arrumar e cuidar da aparência. São verdadeiramente vaidosos. Apesar da vaidade, não deixa que isso o afete pois aprecia as pessoas pela essência, e não pelo exterior. Não é nada fácil estar apaixonado por um filho de Iemanjá pois eles são muito instáveis. Um dia chora de saudade, faz declarações de amor e até loucuras que ninguém diria para ficar com a pessoa amada. Depois, pode simplesmente perceber que não gosta de tal pessoa e o esquecer com uma facilidade incrível. Muda de ideia muito facilmente em relação à vida amorosa. Os filhos de Iemanjá são batalhadores, dedicados e ambicionam chegar longe em sua carreira. Demonstram grande respeito pela sua chefia e costuma se dar bem com os colegas com seu jeito paciente e doce. Faz sucesso em profissões que demandem criatividade, como arquitetos, artistas, escritores, jornalistas, publicitários, etc. Gostam de trabalhar em equipe, de assumir responsabilidades e de se sentir útil, como “pau para toda obra”.

Qualidades de Iemanjá
Iemanjá possui características muito particulares e próprias. Regente da inteligência humana, as qualidades de Iemanjá são muito importantes, pois transformam-a praticamente em Orixás individuais. Mas é preciso destacar que este aspecto ainda é fruto de estudos e pesquisas. Enquanto isto, muitas nações continuam a considerá-la como Orixá única. Veja abaixo algumas das qualidades:

Iemanjá Asagba ou Sobá
Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, é responsável por fiar algodão. Usa corrente de prata no tornozelo e carrega consigo um Abebé. Sua energia está ligada a espuma branca do mar e dos rios, e é vista sempre vestindo branco e prata.

Iemanjá Akurá
Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro e possui forte ligação com Nanã.

Iemanjá Iyá Odo
Para alguns é a considerada mãe de Oxun. Vive às margens de todos os rios, representando o Ajubó ancestral. Além disso, é ligada ao Orixá Oxalufan.

Iemanjá Iya Awoyò
A mais velha das Orixás, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô. Sempre vista vestindo branco perolado e cristal é responsável pelas marés.

Iemanjá Malèlèo ou Maylewo
Vive nos grandes lagos e é considerada muito tímida. Diz a lenda que não se pode tocar no rosto do Iyawò, veste verde claro e branco prateado.

Iemanjá Iyá Ógunté
Mãe do rio Ógun, é considerada uma grande guerreira. Usando uma espada e carregando um Abebé, tem ligação com Ogum e Oxaguian. Veste sempre azul claro e branco perolado.

Iemanjá Sessu, Iyasessu
Ligada a Babá e Olokun é considerada muito voluntariosa e respeitável. Vive nas águas agitadas da costa e está sempre vestida de verde e branco.

Iemanjá Olossá ou Oloxá
Ligada a com Oxum e Nanã é a mais velha da terra de Egbado. Vestindo verde-claro e com suas contas branco cristal, está Orixá não possui iniciados no Brasil.

Iemanjá Iya Massê
Mãe de xangô.

A mãe dos Orixás e dos Oceanos
Iemanjá é Orixá das águas salgadas e também protetora dos pescadores e dos jangadeiros. Na tradição católica, geralmente é associada a Nossa Senhora dos Navegantes.
De acordo com as lendas da Umbanda e do Candomblé, Iemanjá é a segunda esposa de Oxalá e a rainha das águas salgadas. Ela é a regente dos lares e protetora da família, atuando em uniões, aniversários, festas de casamentos e todas as comemorações que envolvem a família, seja ela de sangue ou não. Por conta disso, acredita-se que ela atua como a força da natureza, que tem papel central na vida dos seres humanos, já que rege as casas e lares. Os devotos da Umbanda entendem que ela é a responsável por dar o sentido da família às pessoas que vivem juntas no mesmo ambiente. É esta Orixá que desperta o sentimento de amor entre os familiares, dando sentido às relações construídas por mães, pais e filhos.

Para muitos, Iemanjá pode ter uma atuação conflitante com Oxum, já que as duas estão ligadas à fertilidade, às águas e às mulheres. Porém, não há conflitos entre Orixás. Enquanto Oxum está concentrada na água doce, ela fica na água salgada e atua em outra esfera dos relacionamentos.

Muito já se ouviu falar nas caboclas de Iemanjá, porém quem é leigo no assunto, necessita conhecer mais a fundo essa denominação. Conhecidos originalmente como o povo os índios mestiços, a palavra cabocla também é incorporada nos ritos de Candomblé e Umbanda.

Na religião umbandista, as caboclas fazem parte das falanges, que compreendem um agrupamento de espíritos com as mesmas vibrações. Iemanjá, a deusa das águas, possui sua própria falange, sendo que esta é composta por caboclos e caboclas de Iemanjá e, como sua rainha, tem o objetivo de proteger o seu povo.

Os caboclos e caboclas de Iemanjá possuem uma força natural, que provém da origem do mundo e é capaz de fortalecer todos os caminhos dos seres humanos. O povo das águas traz consigo características próprias e individuais, que somente eles são capazes de promover, tais como:
Proteção para as pessoas que estão passando por dificuldades; Eles gostam de perfumes; Admiram-se através dos espelhos; Guiam as pessoas no seu caminho;
Vibram o bem.

Mas quem são as caboclas de Iemanjá? Vamos conhecer os caboclos e caboclas da água?

Nomes de Caboclos da Falange de Iemanjá
1. Caboclas da Falange de Iemanjá
Cabocla Janaína
Cabocla Janaína da Jangada
Cabocla Janaína Mercadora
Cabocla dos Mares
Cabocla do Cais
Cabocla das Praias
Cabocla Yara
Cabocla Luzia dos 7 Mares
Cabocla Luzia do Cais
Cabocla Maria do Farol
Cabocla Luíza do Cais
Cabocla Marina Pescadora
Cabocla Maria das 7 Ondas
Cabocla Tina do Cais
Cabocla Tina do Porto
Cabocla da Praia
Cabocla da Areia
2. Caboclos da Falange de Iemanjá
Caboclo Martin Pescador
Caboclo Caboclo Beira-Mar
Caboclo Marinheiro
Caboclo Martin Negreiro
Caboclo Marinheiro das Sete Praias
Caboclo Marinheiro Mercador
Caboclo Manoel Marujo
Caboclo Manoel da Praia
Caboclo João da Praia
Caboclo João do Farol
Caboclo João Marujo
Caboclo Zé do Mar
Caboclo Zé da Jangada
Caboclo Zé do Bote
Caboclo Zé do Cais
Caboclo Zé Pescador
Caboclo Zé da Proa
Caboclo 7 Ondas

Conhecidos também como Calungas do Mar, os Exús e Pombagiras de Iemanjá, vibram na frequência das águas da “Rainha do Mar”.

Nomes de Exús e Pombagiras de Iemanjá
1. Pombagiras da Falange de Iemanjá
Pombagira Cigana Jade
Pombagira Cigana 7 Mares
Pombagira Rainha 7 Mares
Pombagira 7 Saias da Praia
Pombagira Maria da Praia
Pombagira Cigana Tamara
Pombagira Cigana Aurora
Pombagira Cigana Cristal
Pombagira Cigana do Cais
Pombagira Cigana do Porto
Pombagira Cigana Zaíra
Pombagira Cigana Tamara
Pombagira Cigana Menina
Pombagira Cigana Rainha
Pombagira Menina
Pombagira Cigana Menina
Pombagira Rainha do Porto
Pombagira Rainha Negra
Pombagira Rainha da Praia
Pombagira Rainha dos 7 Mares
Pombagira Rainha do Cais
Pombagira Rainha 7 Praias
Pombagira Rainha das Rosas
Pombagira Rainha do Cabaré
Pombagira Rosa Vermelha da Praia
Pombagira Rosa Negra da Praia
Pombagira Rosa Vermelha do Cais
Pombagira Rosa Negra do Cais
Pombagira Cigana 7 Mares
Pombagira Cigana 7 Ondas
Pombagira Cigana 7 Praias
Pombagira Maria Farrapo da Praia
Pombagira Maria Mulambo da Praia
Pombagira Maria Quitéria da Praia
Pombagira Maria Padilha da Praia
2. Exús da Falange de Iemanjá
Exú Rei
Exú Mirim
Exú dos Mares
Exú Rei dos Mares
Exú Cigano Ramires
Exú dos 7 Mares
Exú do Cais
Exú da Praia
Exú Menino
Exú Rei do Cais
Exú Rei da Praia
Exú das Ondas
Exú 7 Ondas
Exú Cigano Ramon
Exú Rei da Capa Preta
Exú Cigano Juarez
Exú Desmancha Tudo
Exú Lalú
Exú Cigano Vladimir
Exú Cigano Pablo
Exú Meia Noite
Exú Cigano
Exú 7 Chaves
Exú 7 Giras
Exú 7 Luas
Exú Tranca Gira
Exú Tranca Tudo
Exú Giramundo
Exú Trava Tudo
Exú Rei da Gira

A linha de Iemanjá é formada por sete falanges, formada por sereias, princesas, marinheiros, estrelas guias que trabalham para o bem da humanidade, procurando trazer bons sentimentos e ensinamentos preciosos para o povo.
São entidades de grande força e possuem um grande mistério, apresentam cantos misteriosos e, a partir deles, é possível realizar uma limpeza na aura das pessoas.

As Falanges dos Marinheiros e Caboclos do Mar são muito extensas e variadas, compreendendo os próprios Marinheiros a Falange dos Marinheiros contém também Capitães do Mar, Pescadores, Piratas, Mestres, e os Marujos. A Falange das Calungas dos Mar ou Exús e Pombagiras do Mar são distintas das Falanges mais conhecidas de Exús e Pombagiras ligados ao elemento terra, que atuam em encruzilhadas, por exemplo. São muito atuantes no mês Dezembro e Fevereiro, pois vibram na energia da orixá que as chefia, Iemanjá.

Principais Trabalhos Espirituais da Linha das Águas na Umbanda

A Falange das Águas de Iemanjá trabalha com os mais variados tipos de trabalhos espirituais, ebós, descarregos, orações, firmezas, banimentos, etc. Para diversos fins podemos pedir ajuda a Falange dos Marinheiros, Caboclos e Calungas do Mar. Trabalhos espirituais na linha de cura de doenças; limpeza espiritual e descarrego de pessoas, estabelecimentos comerciais, empresas em geral, etc;
afastamento de rivais e inimigos profissionais, pessoais e amorosos; trabalhos para passar em concursos, provas, etc;
afastam espíritos obsessores; quebram feitiços com maestria;
tiram obstruções que impedem de ganhar dinheiro rápido, aumentar vendas, trazer mais clientes para os negócios;
ajudam aqueles que desejam mudar de cidade, país, ou mudar de emprego, etc; ajudam a ajustar relacionamentos que não se firmam; promovem amarrações amorosas de excelente qualidade; ajudam a esquecer aqueles relacionamentos que não são compatíveis;
E muitos outros trabalhos espirituais são feitos na Linha das Águas de Iemanjá. São espíritos de muita evolução e; embora um pouco diferentes dos Caboclos tradicionais da Umbanda, aqueles identificados como Índios, Boiadeiros ou Cangaceiros, ou Exús e Pombagiras ligados ao elemento terra, são muito eficientes, caridosos e dispostos a ajudar quem os procura.

Sincretismo de Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes

O sincretismo de Iemanjá está a ligado a diversas Nossas Senhoras que representam Nossa Senhora dos Navegantes, homenageada em 02 de Fevereiro na Umbanda.
Neste dia a “Rainha do Mar” que vem nos presentear com a fartura, força espiritual e o axé dos mares. Não é a toa que Iemanjá é uma das mais populares orixás da Umbanda.
Ela é conhecida por harmonizar relacionamentos, ajudar as mulheres a engravidarem e trazer riquezas e fartura aos seus filhos. Mas; nem sempre Iemanjá pôde ser cultuada livremente, e no período da escravidão no Brasil, ela foi sincretizada a figuras católicas, principalmente com Nossa Senhora dos Navegantes. Quem é Nossa Senhora dos Navegantes? O culto à Nossa Senhora dos Navegantes vem desde a Idade Média, quando a Virgem Mãe de Jesus possuía o título “Estrela do Mar”. Nesse período histórico das Cruzadas, ocorreu a Guerra Santa, onde os europeus enviaram tropas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém, e durou do século XI ao XIV. Posteriormente; o Culto a Nossa Senhora dos Navegantes tomou fôlego no século XV, período das grandes navegações Europeias. Os Cruzados continuaram a invocavam a Nossa Senhora como “Estrela do Mar”, pois era conhecida por proteger os navegantes, indicando um porto seguro para seu retorno ao lar. Os navegantes como Pedro Alvares Cabral, primeiro a trazer a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança ao Brasil; viam Nossa Senhora como grande protetora dos perigos dos mares e dos rios.
Assim; faziam pedidos a Virgem Maria para proteção e indicação de um caminho seguro de retorno ao lar, após enfrentar os desafios dos oceanos. Sabemos que não existem várias “Nossas Senhoras”. Só existe uma “Nossa Senhora” e Ela é única mãe de Cristo. Os vários títulos e nomes atribuídos a Virgem Santíssima são relativos a aparições de Maria, ou de dogmas que representam a fé na Mãe de Jesus dentro da Igreja Católica. Sincretismo de Iemanjá com outras Nossas Senhoras Dessa forma; a associação de Iemanjá se dá com as várias Nossas Senhoras, especialmente:
Nossa Senhora da Boa Esperança;
Nossa Senhora da Boa Viagem;
Nossa Senhora das Candeias
Esses são outros nomes atribuídos também a Nossa Senhora dos Navegantes e estão todas ligadas ao sincretismo de Iemanjá.

Banhos de ervas na Linha de Iemanjá

1 – Banho de Iemanjá para abrir os caminhos no amor
Você vai precisar de:
Folhas de Pata de Vaca; Folhas de Tapete de Oxalá (boldo);
Mel; 3 Rosas Brancas; Perfume de alfazema; Uma bacia.
Passo-a-passo:
Lave as folhas e as pétalas das rosas uma a uma; Coloque tudo em uma bacia com água; Macere as folhas e as pétalas, esfregando uma na outra, pensando positivamente em seu objetivos; Acrescente 8 gotas do perfume; Tome seu banho normal e depois despeje a mistura da cabeça para baixo. Firme seu pensamentos nos seus pedidos e louve a Mãe Iemanjá: Odoyá!!!;
Após o banho, use roupas claras e tente ficar em um ambiente mais calmo pelo menos 24 horas.

2 – Banho de Iemanjá para fazer um pedido especial
Você vai precisar de:
1 punhado da erva colônia; 1 punhado de flores de jasmim;
7 pétalas de rosa branca; 1 punhado de flores de alfazema;
1 punhado das flores e folhas de oriri;1 punhado das flores e folhas de pata de vaca; 3 litros de água; Uma panela; Uma bacia ou balde; Uma colher de pau.
Passo-a-passo:
Coloque os 3 litros de água para ferver; Adicione todas folhas e flores; Com a colher da pau, misture por 5 minutos em sentido horário (tem necessariamente que ser nesse sentido, é só copiar o sentido de rotação do relógio); Depois, tampe a panela e deixe descansando durante 3 horas; Após esse período, coe a mistura e despeje em uma bacia; Tome um banho normalmente, já mentalizando atrair energias positivas;
Por fim, despeje a água do banho de Iemanjá da cabeça aos pés, firmando o pensamento em seus desejos e agradecendo a Mãe de todas as cabeças pela proteção.

3 – Banho de Iemanjá com rosas brancas, purificador e calmante, para crianças agitadas demais:
Este banho de Iemanjá com rosas para crianças é um ótimo e eficiente purificador. Os banhos comuns para descarrego ( com sal grosso, fumo, cachaça) não costumam ser recomendados a crianças por serem muito pesados, arriscando causar mais problemas com as crianças do que solucionar. Os banhos de limpeza são os mais indicados para as crianças, pois utilizam ervas mais brandas e pétalas de rosas para purificar a aura da criança contra energias negativas, feitiços enviados contra a família, agitação excessiva ou mesmo agressividade.
Você vai precisar de:
1 litro de água; um punhado de pétalas de rosas brancas.
Passo-a-passo: Colocar a água (1 litro) para ferver;
Após a fervura, desligue o fogo e jogue as pétalas de rosa e abafe o recipiente (as pétalas das rosas são muito delicadas e não podem ser fervidas); Depois retirar a tampa, coar e deixar esfriar até o momento de tomar o banho; Dar um banho de asseio normal na criança e ao final jogar o banho de rosas do pescoço para baixo. OBS 1: Bebês de colo ou crianças muito novas, com menos de 02 anos, devem ser levadas para passes espirituais e não devem fazer uso de banhos de limpeza; OBS 2: Nunca fazer banho de descarrego (sal grosso, cachaça, fumo, alimentos) em crianças; OBS 3: Nunca aplicar o banho de limpeza ou banho de rosas quente ou morno. Deve ser sempre o mais frio possível, em temperatura ambiente. Nunca guardar o banho ou usar geladeira para resfriar mais rápido ou conservar para usar outro dia.

Defumação
1. Aprenda uma defumação de Iemanjá para harmonizar as energias em casa, uma forte defumação de Iemanjá, para limpar as energias negativas de seu lar e harmonizar as relações entre você e seu cônjuge e entre seus familiares.
Você vai precisar de:
Um punhado de açúcar cristal; Um punhado de alecrim seco;
Um punhado de mistura sagrada para Iemanjá (você encontra em casas especializadas em artigos de Umbanda); Incenso de jasmim; Uma vela comum branca ou azul clara; Carvão vegetal o suficiente; Um recipiente para defumar.
Passo-a-passo:
acenda as pedras de carvão no recipiente escolhido para defumação, até que fiquem em brasa; Misture todos os ingredientes e vá jogando os punhados, aos poucos, no carvão (Despejar os ingredientes da defumação aos poucos, para não apagarem a brasa), Quando começar a soltar fumaça do defumador, vá para os fundos de sua casa; Começar a defumação pelos cômodos de trás do local e sair pela porta da frente ou finalizar pela porta de entrada da casa ou apartamento; Ao final da defumação, deixe o defumador se apagar à porta de saída da residência; Durante a defumação, vá fazendo seus pedidos à Mãe Iemanjá para obter limpeza das energias e harmonização nas relações familiares; Finalizado o processo de defumação (não precisa esperar as brasas se apagarem), acenda a vela para Iemanjá num local mais discreto da casa e faça uma oração reforçando seus pedidos.

Como trabalha a Falange de Iemanjá?
Cada problema tem sua solução, e a ajuda espiritual da Linha das Águas na Umbanda vem em seu socorro, na medida da sua necessidade. A Falange de Iemanjá é extensa, portanto; cada entidade trata melhor de determinado problema.
As Calungas do Mar, que são os espíritos de Exús e Pombagiras da Falange de Iemanjá são bastante atuantes na Umbanda. Essas entidades tiveram ligação com o mar em encarnações passadas, e são excelentes espíritos para trabalhar quebrando diversas demandas. Exús e Pombagiras da Falange de Iemanjá tem especial talento para afastar rivais de sua vida. Assim fazem as entidades ligadas aos mares; elas arrastam os problemas para o fundo do oceano e jamais deixam que eles retornem. Como são especialistas em levarem para o fundo do mar os problemas, são capazes também do contrário, ou seja; trazer fundo do mar as boas energias.

Para quem quer agradar este povo, as oferendas no mar são muito utilizadas, como doces, perfumes, espelhos e flores.
A falange de Iemanjá possui caboclos e caboclas que, assim como a rainha do mar, vêm energizar o povo e trazer a paz na Terra. Quem crê nos poderes deste povo, nunca fica só.