terça-feira, 12 de abril de 2022

VIAGEM ASTRAL (texto extraído do livro Iniciação à Viagem Astral do Espírito Lancelin e Miramez)

 VIAGEM ASTRAL
(texto extraído do livro Iniciação à Viagem Astral do Espírito Lancelin e Miramez)


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(texto extraído do livro Iniciação à Viagem Astral do Espírito Lancelin e Miramez)

"Antes que se rompa o fio de praia e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço... e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu ". Eclesiastes, 12: 6 e 7. Pelo texto acima citado fica o leitor obrigado a usar a sua honestidade, no sentido de que a sua razão possa falar mais alto, para que o coração escute na sua maior sensibilidade espiritual. O Rei Salomão, quando já idoso, passou a intercalar sua excelente sabedoria, colhida na esteira de variadas reencarnações, em processos de inúmeros fatores, com os sentimentos. O tempo lhe ensinou que o verdadeiro sábio somente pode voar para as alturas com duas asas: Conhecimento e Amor. Quem ler essa passagem belíssima do Eclesiastes, que ora usamos como inspiração, não poderá alimentar dúvidas de que o filho de Davi tinha pleno conhecimento dos segredos que só os iniciados portavam. No entanto, o tempo obliterou muitos dos seus escritos no sentido da alta iniciação, tanto dele como de muitos escritores do passado, um dos quais a gratidão não nos deixa esquecer, por ter deixado no mundo as marcas de sua grande iniciação espiritual e cujo nome pronunciamos com reverência: Apolônio de Tiana. Permita Deus que esse Espírito de escol possa visitar a Terra periodicamente e nos saturar com a sua atmosfera de saber e a sua tranqüilidade imperturbável. Salomão tinha plena consciência de que a vida continua depois do túmulo e ainda descreve os corpos, ou alguns deles, de maneira extraordinária. Sabia que quando se dava a morte, partia-se algo entre os dois corpos, que a Doutrina dos Espíritos classificou como sendo o cordão fluídico e que ele, sabiamente, chamou de fio de prata. De fato, esse nome é certíssimo, e os ocultistas, antigos e modernos, também o chamam assim. Ele, na verdade, se parece com fios de prata, brilhantes, ligando as cabeças, do físico e do duplo. Salomão era um rei iniciado. Dentre seus deslizes, que alguns escritores religiosos anotam, um era o harém, regurgitando de muitas concubinas. Sabemos hoje que isso era uma prova pela qual tivera de passar, visando a sua necessária educação no campo dos sentimentos. E como se educar, afastando-se dos perigos? Quem ataca o nosso querido personagem, se esquece de pesquisar sobre o seu comportamento, depois que os anos abriram seu generoso coração para a luz do amor verdadeiro. Entretanto, tudo é válido para que possamos colher em todas essas lavouras do passado os frutos e as flores que nos sustentam e embelezam a nossa existência. E, ainda mais, nos deliciamos com o perfume do Cristo em tudo que se mostra ante a natureza, pródiga e benfeitora. As leis espirituais nos garantem que ninguém recebe o que não merece. Tudo que vem ao nosso encontro é exatamente o que buscamos em nossas necessidades evolutivas. Por vezes, nosso pensamento imediato é de que sofremos sem sentido ou que não merecemos. Quanto nos enganamos, porém! Repetimos, tudo vem a seu tempo e são lições abençoadas que nos fazem crer com mais firmeza e nos adiantar com mais segurança. As leis de Deus são irremovíveis e inalteráveis. Nós outros é que as compreendemos e as sentimos de acordo com a nossa capacidade, peculiar ao estado em que nos encontramos, na escala a qual pertencemos.