A MATURIDADE ESPIRITUAL SE ENCONTRA NA COMPAIXÃO
A compaixão começa no não julgamento.
A MATURIDADE ESPIRITUAL SE ENCONTRA NA COMPAIXÃO
A compaixão começa no não julgamento.
Em vez de concluirmos precipitadamente o que seria melhor para outro, colocamo-nos no lugar dele. Abandonamos qualquer pretensão de superioridade. Buscamos ver o mundo através dos seus olhos e compreender o que motivou suas ações. Isto é a empatia.
É diferente da pena também. Não vê o próximo como coitado nem vítima. Não o coloca em um patamar inferior. Entende que cada um possui o seu processo particular e pessoal. Antes, procura contribuir da melhor forma possível, da maneira que estiver disponível no momento. A compaixão exige a ação. E isto sem esperar gratidão, reconhecimento ou plateia.
É preciso, também, confiar na capacidade do próximo em levantar-se por conta própria. Nós estenderemos as mãos se assim pudermos, porém caberá a ele também fazer o esforço para sair do chão. Não podemos interferir em seu livre arbítrio, nem forçar suas ações para uma direção. Mesmo que acreditemos que ele não esteja tomando as decisões corretas. Você pode até aconselhá-lo, caso seja escutado, porém não constrangê-lo a fazer o que você acha melhor para ele.
Deus ampara a todos nós. Ninguém foi esquecido. Tudo há uma razão, um propósito. Para cada um, há um caminho, uma resposta, uma solução. Por este motivo, limpe seu coração de toda preocupação.
A compaixão consiste também na fé de que, após cumprirmos nossa parte, o restante se resolverá. A espiritualidade pede a entrega.
O individualismo dificulta o desenvolvimento da compaixão. É sinal de amadurecimento espiritual quando deixamos de olhar apenas para os nossos próprios interesses. Para além do egoísmo, da indiferença e da superficialidade, quando assumimos que todos estamos de alguma forma interligados, e procuramos servir o próximo com amor e humildade, é quando existe evolução espiritual. E isto é mais importante que qualquer poder, riqueza ou conhecimento.
No entanto, não nos podemos perder no meio do processo. Como ensinou o Cristo, amar o próximo como a si mesmo.
Sem o cuidado consigo mesmo, sem a autovalorização, dificilmente conseguiremos ajudar alguém. Se há o benefício de um sob o prejuízo de outro, fica caracterizado um condição de vampirismo, e esta situação é contra-evolutiva.
Ao crescermos na compaixão, nos desenvolvemos para além dos interesses mundanos. E esta, nos níveis mais elevados, não se restringe a nossa família e círculo de amigos.
É muito mais fácil praticar a caridade com aqueles que nos são caros ou que de alguma forma nos fazem bem. Porém, o verdadeiro exercício de caridade está em prestar auxílio para os que são desconhecidos ou os que não fazem o bem que gostaríamos. É claro, fazendo a ressalva do parágrafo anterior, de não nos perdermos no processo.
A compaixão pode ser exercida cotidianamente. Sempre é possível ser útil. Todo dia, há oportunidade de auxiliar uma pessoa, nem que seja apenas com uma oração.
A vida nos traz uma sucessão de situações nos quais podemos exercer os valores que a espiritualidade nos ensina.
Este exercício maravilhoso de colocarmo-nos no lugar do outro e, de alguma forma, procurar auxiliá-lo, preenche nossa vida de sentido. Fora da espiritualidade, vivemos apenas um ciclo desvirtuoso. Por meio da compaixão, aprendemos a aceitar nossa condição humana, com seus potenciais e limitações. E, dessa maneira, criamos as condições de um novo eu, apesar de qualquer erro que tenhamos cometido, em bases mais elevadas.
(Fonte- Umbanda com Simplicidade)