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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Kraken

 Kraken



Kraken foi um lendário monstro marinho, em forma de polvo ou lula, que ameaçava e destruía navios nos mares da Noruega e da Islândia. Ao contrário do que muitos pensam, o Kraken não é oriundo da mitologia nórdica, pois não existe nenhum registro de seu aparecimento nos Eddas. O Kraken também é confundido por ser visto na mitologia grega como uma sépia gigante que controlava as tempestades e as profundezas oceânicas e que habitava uma caverna submersa, mas também não existem registros do Kraken na mitologia grega.

O tamanho colossal e a ferocidade fizeram dele o tornaram um mito, conseqüentemente uma criatura muito requisitada em livros de ficção. A lenda pode ter sido originada de visões de lulas gigantes, que podem atingir 13 metros, incluindo os tentáculos; essas criaturas são raras e normalmente vivem nas profundezas, mas podem ter sido vistas na superfície e reportadas atacando pequenas embarcações. Kraken é o plural de krake, uma palavra de origem escandinava designada a algo insalubre. No alemão moderno, krake pode significar polvo, mas não se refere ao lendário Kraken.


Embora o nome Kraken não apareça nas histórias escandinavas, havia monstros similares a ele, como o Hafgufa e o Lyngbakr, ambos descritos em Örvar-Odd's Saga e no texto norueguês de 1250,Konungs skuggsjáNa primeira edição do livro Sistema Natural, do zoologista Carolus Linnaeus, kraken foi classificado como cefalópode e seu nome científico ficou como Microcosmus, porém foi excluído nas edições seguintes. Kraken, por séculos, foi objeto de estudo, Pontoppidan o descreveu como "do tamanho de uma ilha" e afirmou que o perigo não era ele em si, mas sim a redemoinho que se formava após ele mergulhar rapidamente para o fundo do mar, e inspiração para muitos escritores de ficção, como Júlio Verne, em seu livro Vinte Mil Léguas Submarinas ou em filmes, como o mais atual Piratas do Caribe.

Alfred Lord Tennyson, poeta inglês famoso por seus poemas que remetem temas mitológicos, descreveu Kraken da seguinte forma:

"Sob os trovões da superfície, nas profundezas do mar abissal,o kraken dorme sempiterno e sossegado sono sem sonhos.Pálidos reflexos se agitam ao redor de sua forma obscura;vastas esponjas de milenar crescimento e altura se inflam sobre ele,e no fundo da luz enfermiça polvos inumeráveis e enormesagitam com braços gigantescos a verdosa imobilidade desecretas celas e grutas maravilhosas.Jaz ali por séculos e ali continuará adormecido,cevando-se de imensos vermes marinhos,até que o fogo do Juízo Final aqueça o abismo.Então para ser visto por homens e por anjos,rugindo sugirá e morrerá na superfície."