segunda-feira, 30 de maio de 2022

SITAEL é o terceiro da 1º ordem de anjos denominado como Coro dos Serafins, situa-se na morada filosofal de número 3, rege o sendeiro 12, que une Kether a Binah em sua trajetória de ida ou descenso pelas árvore e zodíaco.

 SITAEL é o terceiro da 1º ordem de anjos denominado como Coro dos Serafins, situa-se na morada filosofal de número 3, rege o sendeiro 12que une Kether a Binah em sua trajetória de ida ou descenso pelas árvore e zodíaco.


1.1            Elementos constitutivos ou relacionados

Coro1 – Serafins 
Príncipe:Metatron
Mundo do coro:1 – Atziluth, Mundo das Emanações, Arquétipo, espírito – elemento Fogo
Signo:Aries
Elemento zodiacal:Fogo
Relação/elementos:Fogo do Fogo atuando sobre o Ar do Fogo.
Relação/mundos:“Yod” do Mundo de Atziluth sobre o “Vô” do Mundo de Atziluth.
Velas: Três brancas ou branca e preta
Incenso:[Cravo, mirra, almíscar, estoraque, âmbar, louro, aloe vera] e [Enxofre, raiz de guiné, gengibre]
Letras:Sameck- Yod- Teth- Aleph- Lamed
Gemátria:60+10+9+1+30 = 110 = 1+1+0 = 2
Arco: 11º a 15º graus da esfera zodiacal.
Invocação por domicílio:de 10 a 15° e Aries ou de 31 de março a 4 de abril.
Invocação por rotação:de 2 a 3 de Aries: cenário Yod ou 23 de Março;

de 14 a 15 de Gêmeos: cenário He ou 5 de Junho;

de 26 a 27 de Leão: cenário “Vô” ou 19 de Agosto;

de 8 a 9 de Escorpião: cenário 2º He ou 2 de Novembro;

de 20 a 21 de Capricórnio ou 11 de Janeiro: quintessência.

Invocação pelo ciclo diário:  das 0:40 às 1 h. a partir da saída do Sol.
Invocação por conjunção: Quando saturno se encontra se encontra em um dos graus de Kether, ou seja, entre 0º a 1º, de 10º a 11º e de 20º a 21º de qualquer signo.
Atributo:Deus esperança de todas as criaturas.
Nome da essência:VONTADE CONSTRUTORA.
Nome da Força:Vontade Legisladora, Regulamentadora, Ordenadora.
Forças em ação:A força de Kether que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Binah.
Sendero:12, que une Kether a Binah em sua trajetória de ida ou descenso pelas árvore e zodíaco.

1.2        Palavras chaves:

Bons empregos, ADVERSIDADES, mediação, VENCER AS FORÇAS DO MAL, sedições populares, PALAVRA DADA, construção NEGOCIAÇÃO DO KARMA.

(-) Magia negra, descumprimento de contrato, hipocrisia, ingratidão, perjúrio.

1.3        Movimentação Sephiroth: As na terceira posição

O As na terceira posição situa-se em Binah, e também esta fora de seu lugar que é o topo. Exerce uma função exteriorizadora forçada, algo como um aborto já que a semente se manifesta como fruto, fora de seu tempo, uma antecipação do processo natural onde o produto pode não ser tragável, consumível. Em termos materiais refere-se aquele que liquida seu patrimônio, seus créditos, prestígios, que torra o capital no lugar de fazê-lo trabalhar para daí extrair os benefícios.

1.4        Arcano – Mundo: Três de paus no mundo de Atziluth

Recebe o título de Senhor da força estabelecida. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição de Saturno transitando pelo terceiro decanato de Áries onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo e sob as pulsações do regente deste decanato que é o Saturno.

Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Árvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizara ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

O três de paus representa o “Vô” de “Yod” já que o “Vô” é a terceira manifestação do nome impronunciável “YHVH” (יהוה – “Yod-He-Vô-He”) mais conhecido como Jehovah. O naipe de paus que governa a carta está relacionado com a “Yod” a primeira letra do nome. Isto indica que Binah estabelece, consolida a vontade emanada de Kether concretizando o designo primordial. Algo que até então seria intenção, potência e que passa a ser uma realidade, ato manifesto.

Quando o Três de paus atua mundo de Atziluth o faz no plano das emanações e trabalha a nível da vontade que orientara o descenso das energias, a força encontra-se estabelecida desde um ponto em que atua sob o manto do destino, como vontade primordial.

1.5         Virtudes concedidas:

1º.- O acesso a empregos superiores com responsabilidades executivas.

2º.- Para pôr fim às adversidades.

3º.- Proteção contra as armas e as influências das forças do mal.

4º.- Para ser fiel a palavra dada e não fugir dos compromissos.

5º.- Proteção contra as tendências hipócritas, contra a ingratidão e o perjúrio.

1.6        Descrição Sephiroth:

SITAEL é o terceiro da 1º ordem de anjos denominado como Coro dos Serafins, situa-se na morada filosofal de número 3, rege o sendeiro 12que une Kether a Binah em sua trajetória de ida ou descenso pelas árvore e zodíaco. Trata das forças de Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina e, neste ponto, manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a ordem; “Yod” do Mundo de Atziluth sobre o “Vô” do Mundo de Atziluth, Fogo do Fogo atuando sobre o Ar do Fogo. Nesta casa nos deparamos com a essência filosofal chamada VONTADE CONSTRUTORA, o conjunto de qualidades, propriedades e atributos que propicia a construção de tudo o que existiu, existe ou venha a existir. Trata-se de uma força de Vontade Legisladora, Regulamentadora, Ordenadora, já que toda construção é feita mediante as regras, tudo tem sua medida, seu número. Tudo o que se cria, se cristaliza já sai com o selo do Justo, com a certeza, a segurança de que é e será como deve ser, i.e., seguindo o Ordenamento Cósmico Universal. Esta força promove a reordenação do adverso, retifica tudo o que esteja contrária ao regramento cósmico, coloca tudo em seu ritmo, biorritmo natural já que a Vontade Ketheriana se expressa pelas vias do Grande Arquiteto sediado em Binah. Daí vem o atributo, esta qualidade imbuída de poder denominada Deus esperança de todas as criaturas.

Cabe notar que o caminho 12 (veja a árvore Sephiroth), rege o sendeiro de ida ou descenso as realidades materiais tanto pela árvore como pelo zodíaco, refere-se as relações de Kether-Binah e, portanto, é regida por Hochmah. E, por ser o Gênio número dois, cuida do segundo caminho de união entre dois centros de vida, dessarte, encerra em si todas as potencialidades do puro amor próprio de Hochmah.

Na mitologia grega vemos a terceira séfira simbolizada por Chronos o mais jovem dos titãs, filho de Urano, já que vem após este, o senhor do tempo eis que sendo o construtor primeiro o “tempo” inicia-se por ele. Chronos devorava seus filhos, alusão a que o tempo devora toda a criação eis que o que tem um princípio tem também um fim.

A pedido de sua mãe Gaia, a terra primordial, tornou-se senhor do céu, castrando seu pai com um golpe de foice que é símbolo da morte. No esoterismo o anjo da morte tem sua morada em Saturno-Binah. Toda manifestação começa e toda manifestação termina em saturno. A castração de seu pai pretende demonstrar onde começa e termina a manifestação da criação, quando tudo o que saiu do Absoluto: a ele retorna.

De temperamento violento e vingativo, que representa a Lei de causa e efeito, nos lembra o Jehovah (YHVH – יהוה – Yod-He-Vô-He) bíblico, eis que sendo o Grande Arquiteto (termo maçônico) e legislador carrega em seu nome e em sua essência os segredos da construção dos universos.

Seu temperamento vingativo vem do fato de ser o promulgador das Leis e estar no topo do pilar da severidade, situado no lado esquerdo da arvore Sephiroth compostos por Binah, Geburah e Hod. Uma exigência kármica, uma relação de causa e efeito, de que tudo seja conforme com sua vontade.

Os 72 Gênios foram extraídos do nome de Jehovah. Para entender de forma abstrata, o processo de manifestação da criação, basta uma pequena análise da geometria.

Ao mover um ponto em uma direção qualquer criamos uma reta. Em um segundo momento movemos o ponto a partir da reta anterior, onde terminou o movimento e teremos outra reta ligada a primeira. Em um terceiro movimento juntamos os dois pontos soltos resultantes dos movimentos anteriores e teremos originado um triangulo r.

Veja que a primeira figura geométrica, a primeira forma, que existe resultante das energias dispendidas anteriormente é o triângulo e que antes disto não havia criação. Somente da união das duas é que surge a primeira forma.

De outro modo podemos conceber que Kether, simbolizado por um ponto, que parta para o infinito em uma linha unidimensional chamada Hochmah e corte o espaço até que um dia se encontre e corte a trajetória de Hochmah em um ponto de união chamado Binah formando um círculo.

Assim temos em Kether o ponto primordial e em Hochmah a “dualidade primeira” em desequilibro até que encontre um ponto de união que contenha a energia que se encontrava, até então, em uma expansão sem limites posta agora em uma forma dando, assim, origem a criação. Trata-se portando do poder cristalizador de qualquer realidade por isto é denominado o construtor do universo.

A forma é o ponto de apoio de Arquimedes para toda criação física ou espiritual que quando volte ao seio do absoluto será desintegrada e a energia se veja livre novamente. A materialização, portanto, consiste no aprisionamento da energia, seja em que nível for.

“Vov” é o terceiro movimento da fórmula YHVH. A união Pai, Filho e Espirito Santo dos Cristãos; positivo negativo e neutro da ciência; vermelho, azul e amarelo do pintor; Kether, Hochmah e Binah cabalista; Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama, Vishnu e Shiva, na Índia; enxofre, mercúrio e o sal dos alquimistas; fato, valor e norma; sociologia, filosofia e direito na composição das Leis. O homem, a mulher, o falo e o útero em união que originará um novo “Yod”. Seja lá qual for o nome que escolhermos, tratar-se-á das mesmas coisas, pois tudo tem a mesma origem na criação e fora disto nada se cria ou se desenvolve.

1.7        Das virtudes concedidas:

1.7.1    O acesso a empregos superiores com responsabilidades executivas.

SITAEL está em alto grau na escala jerarquia atuando com fortes influências de Kether desde Atziluth de onde emana o rei e, como um administrador das regras de Binah por isto domina a nobreza como um dom divino e daí a magnitude, os grandes empregos.

É nobre, o que emana do rei, o que Deus reconhece como seu. Os gestos nobres são aqueles emanados pelo grande Arquiteto internos que está ligado a Binah. Desta forma o domínio sobre a nobreza implica que na construção da sociedade utilizamos os materiais provenientes de nosso Binah interno, segundo nossa divindade interior. Poderemos assim, edificar a cidade anímica perfeita que se exteriorizará cada vez mais até a chegada ao mundo físico dando lugar a construção de uma cidade física perfeita em que habitará uma sociedade harmoniosa que funciona ao ritmo da dinâmica divina.

Armazenar as essências de SITAEL em nossos espaços internos nos torna uma linhagem nobre onde o mundo em que vivemos passa a ser projetado por nossa divindade interna. Nos tornaremos embaixadores de SITAEL ajudando aos demais a superar as adversidades.

Como estamos tratando de construtores do mais alto escalão é claro que os bons empregos advirão como consequência já que não se pode construir uma sociedade no político, social e material se não ocupamos posições de destaque que nos permitam atuar. Desta dinâmica pode advir uma missão superior ou um desígnio de nossa divindade interna que se manifesta na vontade de atuar.

Para adquirir o poder devemos estar preparados interna e externamente, lembrar-nos que somos apenas depositários, a fim de que as vaidades, abusos não sejam originadoras de karma. Devemos estar plenamente conscientes de que o poder corrompe e deve ser utilizado com o máximo cuidado e parcimônia. Dizer sim quando se pode dizer sim e, dizer não quando o não é que deve ser dito, é uma arte, um dever, e um grande cuidado cuja utilização e ponderada apenas pelo isentos de espíritos, pelos sábios e cabe aqui lembrar que o segundo caminho de união entre os dois centros de vida, de Kether a Binah, e regido por Hochmah – Amor-sabedoria.

O mundo de Binah é a fonte de toda a hierarquia perfeitamente organizada e, por conseguinte o domínio de SITAEL nos tornam mestres construtores, engenheiros, arquitetos, políticos do legislativo, diretores, generais. Muitos planetas nesta morada filosófica indicam grande poder, interpretação social cabalística.

1.7.2    Para pôr fim às adversidades.

O adverso e o fruto, o resultado de algo contrário as leis cósmicas. Seu impulso é uma força ao revés, uma força abismal, seja do nosso subconsciente ou fora de nós em uma manifestação física qualquer.

Estas ações abismais podem ser vistas como algo natural quando a arvore, o pentagrama está invertido, quando andamos de cabeça pra baixo. É quando a pessoa vai perdendo sua essência, sua alma, tornando-se habitantes dos abismos mesmo com corpo físico funcionando na terra, e já não se importa mais com o que faz. Em casos extremos se torna o que se denomina “casa vazia”, eis que o corpo existe, mas já não tem alma, uma consciência que lhe cause o desconforto pelos maus atos, torna-se, portanto uma mera casca ao Léo das energias degradadas.

Segundo os preceitos ocultos, inclusive explanados por HPB, a fisiologia espiritual compõe-se de 7 planos distintos, vamos listá-los de cima para baixo.

  • Atman – O raio do Absoluto, nossa Essência Divina, Hesed, Júpiter;
  • Budhi – Nossa Alma Divina, Geburah, Marte;
  • Manas – Nossa Alma Humana, ou Mente Divina. É o elo entre a Díade Atman-Budhi e nossos princípios inferiores; O corpo causal de Manas inferior, Thipheret, Sol, 6º dimensão;
  • Kâma rupa – O corpo de desejos ou corpo emocional, o corpo astral, Netza, venuz, 5º dimensão;
  • Linga sharira – O corpo mental, Hod, mercúrio, 5º dimensão;
  • Prâna – O corpo vital, Yesod, lua, 4º dimensão;
  • Sthula sharira – O corpo físico, corpo denso – Malkuth, terra, 3º dimensão.

A intuição é a capacidade de nos comunicarmos com o Pai interno, com a dimensão intitulada Atman, que possui todos os poderes que existem, sendo, portanto, onipotente; que está em tudo e em todos pois é a constituição de todas as coisas, por isto é onipresente; por ser a substância presente em todas as coisas, por estar em tudo e tudo estar em si, conhece tudo sendo assim omnisciente. A nossa alma humana nos põe em contato com a 6º dimensão que é mundo causal, também conhecido como mundo Crístico. Antes que qualquer coisa tome existência, teve que existir antes no mundo das causas naturais. Somente as grandes almas tem acesso a este reino. Os magos comuns conseguem atuar e ver apenas até a 5º dimensão inferior – mundos mental e astral. A 6º dimensão é o próprio nirvana.

O mundo Crístico da 6º dimensão é um espelhamento de Kether, o Pai que não pode ser visto diretamente. Lembramos aqui que Moises somente poderia tratar com Deus estando este de costa e mais uma vez a figura do Cristo se insurge dizendo “quem viu a mim, viu ao Pai”.

Pois sendo a intuição um atributo da alma, somente quem a tem, quem conseguiu fabrica-la pode ter acesso aos planos superiores. Para se fabricar a alma exige-se uma quantidade enorme de energia, um trabalho que pode durar anos ou séculos. Exige muita disciplina, dedicação e observação as Leis cósmicas tanto materiais como do espírito que está a cargo dos mistérios ocultos no nome Jehovah – YHVH.

O pentagrama está correto, alegoria da ordem cósmica, quando uma ponta está para cima e duas para baixo e está invertido quando uma ponta está para baixo e duas para cima. Simboliza as quatro letras do nome de Jehovah – YHVH composto pelos braços e pernas sendo a cabeça o símbolo do espirito que comanda a operação. Cada membro do pentagrama corresponde a um dos quatro elementos e a cabeça ao Éter. Acrescentando-se a letra hebraica Shin (ש) no meio, na cabeça obtemos YHShVH que é o nome Yeheshuah cuja tradução hebraica ocidental é Jesus. Uma referência ao espírito Crístico dominando as quatro forças da natureza. Assim, com a ponta para cima invocamos aos que obedecem a ordem cósmica e invertida, com a cabeça indo para o abismo invocam-se ou evocam-se aqueles que atuam contra a ordem pré-estabelecida no momento da criação.

SITAEL é o mais alto signatário que tem o poder de pôr fim às adversidades por estar ligado ao construtor das Leis. Se fosse possível comparar a força entre o criador e a criatura diríamos que é uma relação entre a chama de um palito de fósforo e o maior dos sois. Absolutamente nada pode se opor a ordem cósmica sob pena de sua própria destruição a medida em que se afasta das Leis que o criou em uma relação de causa e efeito.

Concluímos aqui que o adverso é o resultado do que contraria as leis cósmicas sejam em construções internas como nossa alma, evolução psíquica como em nosso exterior. A carência de harmonia com os mundos superiores. SITAEL se encarregara então de reestabelecer a harmonia perdida estabelecendo em nós a vontade e a capacidade construtora que antes atuava em sentido inverso, descendente, e agora para o modo reto, ascendente, corretamente, deixaremos assim de tropeçar com as adversidades. Não é por acaso que em seu Salmo afirma “que não permitirá que os seus pés tropecem em uma pedra”.

SITAEL é ainda o fiel da balança, um grande mediador de conflitos, um pacificador capaz de unir inimigos e dissolver situações de enfrentamento já que sendo fiel aos ditames da consciência proporciona a união de Kether-Binah (vontade do regramento primeiro) que desagua na superação das adversidades com a sabedoria do caminho de Hochmah.

1.7.3    Proteção contra as armas, animais ferozes, as influências das forças do mal.

Na terminologia esotérica as bestas ferozes referem-se aos operários do abismo que recebem as nossas energias desperdiçadas com as paixões para a construção do mundo ao revés.

Ocorre que a partir de Malkuth até Kether, na via ascendente, contamos com nove escalas, nove níveis até se chegar a Kether. Ao virarmos a arvore ao contrário teremos também as mesmas escalas só que agora descendentes. Cabalisticamente falando são chamadas de cascas da arvore por tratar-se de energias degradadas enquanto as primeiras são consideradas o cerne. No livro de Dante Alighieri intitulado a Divina Comédia podemos ter uma ideia de como estas zonas se devolvem. Há que saber ler com o entendimento de um cabalista.

Desta forma observamos que quanto mais elevada é a fonte da energia maiores serão os abismos em que esta mergulha e maiores serão as consequências que o indivíduo deve sofrer.

No processo evolutivo espiritual esotérico afirma-se que quando o indivíduo pretende subir de forma consciente e voluntária é mergulhado no abismo em zonas opostas a que pretende ingressar – a lei da dualidade. Deve vencer seus próprios infernos. Afirmam as escrituras que o Kabir Jesus antes de subir ao Pai desceu por três dias.

Como estamos tratando das rodas de SITAEL nos referimos as energias de Kether-Binah, isto porque os Gênios que formam o primeiro coro angélico, os Serafins, pertencem a esfera de Kether que são responsáveis pela edificação do mundo material a nível de Vontade. Para entendermos estes efeitos basta atentarmos os impactos que um equívoco, uma decisão errada por parte de um chefe de governo, uns diretores gerais de uma grande empresa podem causar a uma sociedade, um grupo grande de pessoas. Impacto este muito maior do que o causado por alguém que não possua grandes responsabilidades como um operário.

O lado negativo de SITAEL está ligado a Belial que segundo a cabala possui legiões conhecidos como Vasos de Iniquidade, Vasos de Ira, Vasos de Morte, de Fúria, de Cólera, de Crime e Corrupção. Estas bestas que se encontram em nossos abismos internos e utilizam as armas que vingam as mortes que sua dinâmica produz.

SITAEL nos protege destas almas e destes animais ferozes desde nosso interior. Não se trata simplesmente de invocar o Gênio para nos tirar do destino que temos gerado. Um preceito esotérico afirma que quando um karma iniciou sua dinâmica não há mais o que fazer. SITAEL nos faz voltar atrás em nossas atitudes e abrir um espaço para a entrada das energias superiores a fim de que não voltemos a atuar ao revés. E é claro que uma mudança interna precede a exterior e os rigores do destino são desviados pelos obreiros de SITAEL lembrando que SITAEL também é um título e que cada Gênio tem a sua disposição uma legião de nomes que trabalham em seu nome.

Trabalham no sentido de eliminar a vingança que temos suscitado pelas vias da esfera do perdão que transforma a energia degradada diluindo-a em luz.

Cumpre entender que as energias de Binah estando ligados diretamente as Leis e a relação de causa e efeito, o karma, pode facilmente transformar o que seria justiça em sua contraparte negativa intitulada vingança.

 

Outros Gênios que tratam de eliminar as forças do mal.

  1. 1->3 SITAEL: Proteção contra as armas e forças do mal, magia negra – restabelece a justiça;
  2. 3->4 NELKHAEL: Contra as bruxarias; pela consciência do “não poder” do outro;
  3. 4->6 REIYEL: Livrar-se de bruxos, encantos e sortilégios pelo “peso na consciência”;
  4. 9->2 DAMABIAH: Transforma o mal em bem, atua contra a magia negra nos elevando espiritualmente.

Outros gênios que ajudam a combater os animais ferozes:

  1. 1->3 SITAEL: Protege contra os animais ferozes;
  2. 5->7 HAAMIAH: Protege contra os animais ferozes, espíritos infernais, habitantes do abismo;
  3. 8->9 MEHIEL: Nos vacina contra os habitantes do abismo, a maledicência, imagens negativas.

1.7.4    Para ser fiel a palavra dada e não fugir dos compromissos.

“João 1:1-5: No princípio era o verbo, e o verbo estava com[junto de] Deus, e Deus era o verbo. [a palavra].

Este estava no princípio junto de Deus.

Todas as coisas foram feitas via [Gr. di’a: por meio de, para, ou por causa de] ele, e sem ele [Gr. choris autos: sem relação a ele] nada do que foi feito se fez. [sem relação a ele não se fez coisa nenhuma do que foi feito].

Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;

e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a alcançou.[Gr. Katelaben]. ”

 

São muitos os exoteristas que estão à procura da palavra perdida, mas não sabem o que procuram. Várias escolas afirmam que tem a palavra que dá o poder e faz todos os milagres, abrir as portas dos templos. Uma vez por ano um sacerdote pronuncia a palavra sagrada que trará um ano esplendoroso e o que temos, guerra, sofrimentos, etc.

A questão porem é que pode se estar de posse do mantra mais poderoso do universo, mas se antes não houvermos encarnado a palavra, o verbo, nada ocorrera.

A palavra sagrada não pode ser pronunciada senão aquele que a encarnou – assim afirma o conhecimento secreto.

As sagradas escrituras afirmam que no princípio era o verbo e que o verbo criou tudo o que existe, que trouxe luz as trevas.

Toda criação vem pelo verbo, pela frequência, tudo é frequência, ondas. Nossa laringe emite ondas. O ser humano possui uma capacidade infinita de produzir estas variedades de modulações. Todos os objetos existentes têm sua frequência. Hoje já temos aparelhos que conseguem ler as ondas do cérebro, coração, etc. E também em plantas, no interior da terra e do espaço.

A mentira que existe aqui no mundo físico já não pode ser nos mundos superiores já que lá verbalizar é criar. As ondas não têm a estabilidade deste mundo, não podem ser estéreis. Vale lembrar que a criação vem de cima para baixo e o que foi criado em cima está destinado a materializar-se em baixo.

Para um mago a palavra é um instrumento sagrado que pode dar ou tirar a vida, assim não faz sentido um mago mentiroso, que descumpra a palavra dada, já que a mentira é estéril. Para um iniciado a mentira tem um preço a mais do que para os ignorantes, eis que mesmo com um justo motivo pode acarretar no enfraquecimento de seu verbo, o que poderia ser desastroso para a “arte”.

De outro lado alguém em seu juízo perfeito e na ausência da ignorância não importunaria um mago que embora trabalhe sobre si, em um escorregão, com seu verbo pode causar grande dano.

Lembremos quando O Kabir Jesus ressuscitou Lázaro. Uma vontade e um verbo forte podem trazer de volta quem ainda não foi definitivamente. Conhecemos o caso de uma mãe que ordenou a volta de uma filha que os médicos já a deram por falecida – um milagre?…

Aquele que encarnou a palavra é capaz dá-la, faze-la cumprir e cobrar de quem lhe deu. A palavra dada por um mago ou a ele dada é como um contrato assinado com sangue que compromete a própria alma.

Encarnar a palavra é uma questão de energia e também uma disciplina. Deve-se amar a verdade em primeiro lugar, reconhece-la sem véus, manter a palavra dada e, só com sua presença já servirá a quem o necessite eis que que fara com que as coisas dadas por acordo se cumpram.

Quando se está no mundo de Binah a palavra é de fundamental importância. Seja porque tudo é Lei, causa e efeito ou mesmo porque podemos negociar nosso karma junto aos senhores da Lei.

No mundo esotérico conhecemos o Tribunal do Karma composto por Anúbis e seus 42 Juízes da Lei, que cuidam das 48 leis do mundo físico relacionados aos nossos cromossomos. Assim como há um Anúbis particular que compõe as partes de nosso Ser e que aplica a Lei do Karma em nós mesmos, há também o Anúbis macrocósmicos e o Universal que administra os multiversos.

Cada Juiz é responsável por um tipo de delito da ordem cósmica. Não há tribunal de apelação este e o último julgamento que passamos depois dos três internos após a partida deste mundo.

Já tive a oportunidade de levar aos Senhores da Lei indivíduos que faziam grande mal ao próximo, a fim de que chamando o karma emergente em razão de seus atos e, bloqueando a misericórdia um dano maior fosse evitado ou minimizado. O raio kármico começa a descer quando os Senhores da Lei deferem o pedido e pronunciam sua sentença.

Quando um grande número de pessoas está sendo prejudicadas, a energia vital desta gente, emanada em razão de seu sofrimento, pode ser utilizada como excelente testemunho ante o Archote do Karma.

Diferentemente dos tribunais terrenos a sentença é objetiva e imediata eis que se tratam de somatórios resultantes da operação da balança que tem como medida a Lei cósmica e como peso as nossas ações sob a ponta do fiel.

Convém tomarmos cuidado ao solicitar algo junto aos Jerarcas da Lei, principalmente se fazemos parte da questão, em razão de que, não existe pessoalidade nos mundos superiores e a sentença pode não ser a que esperamos.

Espécies de Karma:
– Karma Individual
– Karma Familiar
– Karma Coletivo
– Karma Regional
– Karma Nacional
– Karma Continental
– Karma Mundial
– Karma Planetário
– Karma Saya
– Karma Yoga
– Karma Duro- Karma Katância
De cada uma das pessoas
De uma família (reúne pessoas ligadas com dívidas entre si)
De pessoas afetadas pela mesma dívida (acidentes, atentados)
De uma determinada região geográfica (estiagem, secas, epidemias, terremotos etc.)
De qualquer país (guerra civil, ditaduras, etc.)
Dos continentes (África, América, etc.)
De toda a humanidade (guerra mundial, epidemia mundial)
Do Planeta (transformações ambientais, colisões de cometas, etc.)
Ligues Astrais entre homens e mulheres pelos coitos realizados
Perda do cônjuge quando mais se necessita (causado pelo Karmasaya)
Karmas que não há como serem pagos seja porque são de grande gravidade, por estarem em execução (tetraplegia, amputações, cegueira, etc) ou dívidas pelos delitos contra o Espírito Santo (dores e enfermidades)É o karma dos Deuses pelos seus erros. Determinados indivíduos por sua evolução conseguem se desvencilhar de algumas Leis do Universo. Sua consciência vibra em níveis mais acima, tais como iniciados, profetas, mestres, etc. Ocorre quando se desviam da Grande Obra ou infringem as Leis. O esoterismo destaca o caso d o Arcanjo Sakaki, do Arqui-Físico-Químico-Cósmico-Comum Arcanjo Looisos, etc.

– Dharma                   Recompensa por boas obras

Mas em nossa existência podemos negociar algumas coisas mediante acordo. Não se trata de acordos de leniência como os que são feitos em nosso mundo ao lado de advogados mal-intencionados, mas sim, relativos à nossa evolução, mas, com o selo da palavra dada.

Podemos levar ante Anúbis aqueles que nos fazem mal e fazem mal ao próximo, que cometem crimes contra a humanidade e como afirmamos não há apelação nem magia negra que salve quem cair neste juízo pois está em uma esfera muito alta próximo e da criação. A Justiça pode vir como uma espada que vem do alto e que penetra lentamente a medida que descende dos mundos de cima.

Formas de pagar o Karma:

1 – Com Dharma ou Capital Cósmico (que fomos acumulando nas existências)
2 – Com Dor Negociável (pode ser negociada se sabemos como)
3 – Com Dor Não Negociável (delitos contra o Espírito Santo)
4 – Com Caridade (ao Leão da Lei se domina com a Caridade, ajudando aos demais)
5 – Com Negócios Objetivos com a Lei (comprometendo-nos, trabalhos a realizar)

Os juramentos têm relação direta com o mundo de Binah e não é por acaso que ainda são aceitos inclusive em tribunais da terra. Jurar ante um tribunal terreno é jurar perante o tribunal espiritual. Há que considerar aqueles que mentem, mas acreditam estar falando a verdade.

Da rigidez de Binah, de suas leis, houve um momento na evolução humana (e também haverá em nossa evolução interna) que se deu quando da vinda da energia Crística ao nosso plano e instituiu a graça do qual falaremos mais adiante, mas que não se trata de uma aceitação abstrata para perdão de todo porvir de iniquidades, crimes praticados, uma carta aberta a delinquência sem punição.

Haverá então um momento em que precisaremos nos liberar da energia de SITAEL para encarnar a energia Crística a fim de liberarmos do karma. Quem deseja a graça deve lembrar-se do preço pago pelo retentor.

E que preço é este?

Há iniciações que ocorrem no mundo físico e outras nos mundos internos. No mundo físico ocorre uma catarse que se configura em um projeto de intenções e uma instrução sobre o caminho adiante – é claro que o verbo utilizado em um ritual tem seu valor já que uma vontade é referendada pelo ato e pode até haver sentimentos durante as formalidades.

A INICIAÇÃO:

Nos mundos internos certa vez fui informado que era muito valioso e que não teria mestre no mundo físico. Ri comigo mesmo e como não me considero uma pessoa muito simpática pensei comigo: “que bom que alguém me acha valioso.”

Vários mestres formaram uma roda em minha volta enquanto um Ser, de pouca estatura, que parecia uma mistura de mestre dos magos com tartaruga ninja estava flutuando a poucos metros.

Comecei a levitar gostosamente com a sensação de leveza e a mente zazonava como se tivesse cheirado éter ou tomado uma injeção para fazer uma endoscopia.

Por um instante perdi a consciência e quando voltei percebi que os mestres estavam se retirando na direção oposta à da roda. Os instantes de inconsciência no plano referente referem-se a fatos ocorridos a nível do Ser.

Exclamei ao Mestre algo como: Recebi o poder, mas tudo parece igual, sinto que falta alguma coisa.

Então me foi mostrado uma cena do Cristo, e embora não a tenha trazido ao mundo físico, me deixou aterrorizado (isso veio) e exclamei: Você está maluco, como vou fazer isto?

Então posso afirmar que o preço da graça é a vivência do drama Crístico cuja instrução é: Nega-te a ti mesmo, toma tua cruz e siga-me.

Outros Gênios trabalham pelo cumprimento da palavra dada, assim em resumo temos:

  1. 1-3 SITAEL Ser fiel a palavra por ser exigência de leis superiores, irrefutáveis;
  2. 2-2 HAZIEL Execução de uma promessa feita atuando de forma circunstancial;
  3. 2->9 HEKAMIAH: Cumprimento da palavra dada pela lealdade;
  4. 3->4 NELKHAEL: Cumprimento da palavra dada pela força da conscientização.

1.7.5    Proteção contra as tendências hipócritas, contra a ingratidão e o perjúrio.

O lado negativo da força

Refere-se a hipocrisia, a ingratidão ao perjúrio. A pessoa ao invés de evitar o problema irá cria-lo. Não é confiável e somente com a adversidade será capaz de compreender seus erros.

Refere-se aquela frase o fim justifica os meios não importando que suas atitudes sejam verdadeiras, de acordo com as Leis superiores. Quem não mantem sua palavra não pode fazer construções firmes, já que a mentira é um “não ser” e com o tempo a falta de nobreza transparece, torna-se notória.

Como tem por base a mentira não há méritos a serem reconhecidos e se algo sobrar estará contaminado, como na estória do menino e o lobo de Monteiro Lobato.

SITAEL aqui procura mostrar a necessidade de respeito as normas cósmicas e pode o fazer pelo ensinamento ou pelo karma.

Abro aqui uns parênteses para tratar do brocardo Maquiavélico que reza: “os fins justificam os meios”. Em minha monografia intitulada Razoabilidade: O princípio. Aspectos estruturais, trato da questão e defendo que os fins podem justificar os meios apenas para evitar um mal maior eminente e inevitável – dos males o menor -, por referir-se a um ato de bondade que está ligado a Hochmah é superior a Binah, sendo assim uma exceção filantrópica e não uma regra para usos egoísticos.

1.8        Escrituras

S 91:1 (90-1) “Dicens Domino spes mea et fortitudo mea Deus meus confidam in eum.

“Direi ao Eterno: Tu és o meu refúgio, a minha fortaleza. O! Meu Deus, em quem confio!”

 

1.9        Orações:

SITAEL, permita-me, Senhor, reconhecer, aos que foram no passado meus irmãos

e os que foram meus adversários e inimigos,

aos que amei e os que odiei para criarmos juntos uma nova esperança.

Situa-me, SITAEL, no coração do conflito, no olho do furacão

para que teu Amor derramado em minha imaginação

atue como um solvente que dissipe os enfrentamentos e as tempestades.

SITAEL, faz de mim um homem fiel para com os de cima

e igualmente fiel para com os de baixo.

Faz que Eu seja o homem equilibrado e justo

em todas as posições enfrentadas

e não permita que caia na tentação de estar ao lado de uns e de outros.

Em todo o momento e em todo o lugar,

permita-me Senhor SITAEL, ser um portador de esperanças.

 

1.10    Exortação:

Deveis aprender com vossos adversários.

Neles encontrarás sempre os mais adequados Mestres.

Eles lhes dirão sem contemplações quais são as vossas lacunas,

as vossas falhas lhes dirão se tens sido imprudente, presunçoso ou temerário.

Neles não encontrarás nem dubiedade e nem hipocrisia,

a verdade pura se expressará por seus lábios.

Sabereis como sois na parte obscura de vossa esfera,

ali onde não reluz qualquer resplendor de consciência.

Os inimigos, os adversários, são aqueles que os amam com amor desinteressado.

Não levanteis vossa mão contra eles, pois quando desapareçam,

já não podereis ver o espelho que reflete vossos erros.

Cristo disse: “ama o inimigo” e Eu vos digo agora:

Conserve-o, respeite-o, utilize suas virtudes!

Teu inimigo te há sido dado

para que possas expulsar de teu interior

esse conglomerado de coisas detestáveis que ele expressa.

Contempla hoje mesmo, peregrino, os defeitos de teu inimigo

e extirpa-os sem mais tardar de teu próprio ser

porque estão muito vivos dentro de ti, ainda que passes toda a vida os negando.

 

Oração e exortação de Kabaleb.

 

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO III

Schemhammephorasch  שם הםףורש