quarta-feira, 27 de abril de 2022

Quinta Linha de Forças Divinas, Ou Irradiação da Lei/Ordem

 Quinta Linha de Forças Divinas, Ou Irradiação da Lei/Ordem


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Olorum gera em Si mesmo uma Sua qualidade que é ordenadora de tudo e de todos, até mesmo de Sua geração divina.

Nessa Sua qualidade ordenadora, Ele gerou Ogum, que é em si mes­mo essa qualidade divina de Olorum.

Ogum é sinônimo de Lei Maior, Ordenação Divina e retidão em todos os sentidos, porque é unigênito e gerado na qualidade ordenador, do Divino Criador.

Ogum não pode ser dissociado da Lei Maior, pois ele é a divindade que a aplica em tudo e a todos.

Ele é a Ordenação Divina em si mesmo: ele ordena a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Evolução e a Geração.

Por isso está em todas as outras qualidades divinas.
Ogum, por ser unigênito e ser em si mesmo a ordenação divina, gera em si e de si.

Na sua geração em si, ele gera suas hierarquias. Na sua geração de si, ele gera sua qualidade à qual transmite aos seus filhos.

Já comentamos antes, mas vale a pena repetirmos: Ogum é a força que ordena tudo e todos, e tanto está presente na estrutura de um átomo, ordenadíssima, como na estrutura do Universo, divinamente ordenado.

Sua qualidade ordena a evolução, e por isso ele é tido como o Senhor dos Caminhos das vias evolutivas.

Seu outro aspecto divino é o de aplicador religioso da Lei Maior, e independe de nós para aplicá-la e atuar em nossa vida, pois basta sairmos do caminho reto para ser tolhidos pelas suas irradiações retas e cortantes.

Suas irradiações retas são simbolizadas por suas Sete Lanças e as cortantes são simbolizadas pelas suas Sete Espadas.

Sua proteção legal é simbolizada pelos seus Sete Escudos, etc.

Bem, Ogum é em si mesmo a qualidade ordenadora e a divindade aplicadora dos princípios da Lei Maior.

Ele é eólico e polariza com Oroiná, Orixá do Fogo e trono consumidor dos vícios e dos desequilíbrios.

Oroiná é muito mais conhecida como uma das qualidades de Yansã do que como uma divindade do Fogo Cósmico, porque as lendas a definiram como uma Yansã. Mas isso não é verdade, porque ela é fogo em seu primeiro elemento e o expande no ar de Ogum, que é ordenador. Nele, ela é o raio que, onde cair, consumirá tudo à sua volta.

Uma das dificuldades de interpretarmos os Orixás só a partir do lega­ do religioso africano é devido a essa indefinição do trono ocupado por cada um. Então, juntam-se vários Orixás ao redor de um e aí, bem, tudo se confunde.

Porém, não nos guiamos só pelas lendas, e recorremos à ciência divina, que nos ensina que Oroiná é uma divindade ígnea, consumidora dos seres desequilibrados.

Quando evocamos Ogum para atuar em nosso favor e nos defender das investidas dos seres desequilibrados, poucos sabem disso, suas hierarquias policromáticas ativam seus pares opostos assentados nos polos magnéticos negativos, ativos e cósmicos da irradiação da Justiça Divina, cujos magnetismos são esgotadores dos desequilíbrios, das injustiças e do irracionalismo.

Como a Justiça Divina é o fogo que purifica os sentimentos desvirtuados, então surge uma divindade cósmica ígnea, que é em si mesma o fogo da purificação dos viciados e dos desequilibrados: Oroiná!

Essa divindade cósmica da Justiça Divina é, em si mesma, o Fogo da Purificação. Ela é unigênita porque foi gerada nessa qualidade cósmica do Divino Criador Olorum, e tanto a gera em Si como de Si.

Então temos na Umbanda Oroiná, Orixá cósmica consumidora dos vícios e dos desequilíbrios; purificadora dos meio ambientes religiosos templos, das casas moradas e do íntimo dos seres sentimentos.

Oroiná é Orixá ígnea, de magnetismo negativo, seu fogo é cósmico e consumidor, enquanto o de Xangô é universal e abrasador.

O fogo de Xangô aquece os seres e os toma calorosos, ajuizados e sensatos;

O fogo de Oroiná consome as energias dos seres apaixonados, emocionados, fanatizados ou desequilibrados, reduzindo a chama interior de cada um, sua energia ígnea a níveis baixíssimos, apatizando-os, paralisando-os e anulando seus vícios emocionais e desequilíbrios mentais, sufocando-os.

Olorum gera em Si o Fogo Consumidor, que é uma de Suas qualidades, pois é cósmico, está espalhado por toda a Sua criação e criaturas e onde surgir um desequilíbrio o próprio magnetismo negativo do ser desequilibrado já começa a atrair, condensar e acumular esse fogo que, quando atingir seu ponto de incandescência consumista, o esgotará e o anulará.

Oroiná é, em si, esse fogo cósmico que está em tudo o que existe, mas diluído. Para ela atuar em nossa vida, não depende de nós, mas tão somente que nos tormentos “irracionais”, apassionados e desequilibrados.

Na Umbanda, ela é evocada para purificar os seres viciados, as magias negras, as injustiças, etc.

Resumimos Ogum e Oro Iná assim:

Ogum é a ordenação divina e a lei que rege a vida dos seres;

Oroiná é a divindade cósmica da Justiça que polariza com Ogum e é em si mesma o aspecto punitivo da Lei Maior regida por ele.