quinta-feira, 28 de abril de 2022

A Umbanda (Parte 7º de 13 partes) Traz o negro, de origem quase na totalidade Sudanês e Bantu, consigo, o ritual e conhecimentos místicos de suas paragens.

 A Umbanda

(Parte 7º de 13 partes)
Traz o negro, de origem quase na totalidade Sudanês e Bantu, consigo, o ritual e conhecimentos místicos de suas paragens.


Nenhuma descrição de foto disponível.
A Umbanda
(Parte 7º de 13 partes)

Traz o negro, de origem quase na totalidade Sudanês e Bantu, consigo, o ritual e conhecimentos místicos de suas paragens.

E, aqui, em nossa Pátria, ouve-se , pela primeira vez, quem sabe, o “tan-tan” africano. Combate o branco o seu ritual, proibindo tais manifestações e, mais uma vez, os jesuítas intervém permitindo os seus trabalhos, procurando ao mesmo tempo apresentar, através da catequese, um único Deus. Assim, traduz-se o termo Òrìsàs por santos, em similitude ao santo católico, datando daí, a confusão entre o santo católico e Òrìsàs Nagò. E, mistura dos dois rituais: Católico e Nagò-Jèje, notando-se, nas primeiras épocas de colonização, santos católicos entronados em mesas de Batuque (Batukàjé). O São Jorge passou a ser o Ògún ou Òsóòsi (Oxossi) e a confusão continuou, não que o Negro iniciado não soubesse suas diferenças, porém, aceitou por necessidade. Tanto que, se por cima de uma mesa tosca havia uma estátua de um Santo Católico, por baixo estava o “fetiche”do Òrìsà Africano – o “Etá ou Otá”.
O Africanismo impuro, por influência do Catolicismo traz, simultaneamente, para as suas fileiras, as tradições religiosas do aborígine brasileiro, surgindo culto especiais, formando dois grupos distintos: o daqueles que admitiam, em suas reuniões, somente manifestação de Òrìsàs, lutando pela pureza dos ritos iniciais e, o dos que também aceitaram manifestações de outras “Entidades Espirituais – os Egunguns”.

Estas reuniões de culto Afro-Ameríndio-Católica, tomaram várias denominações tais como: na Bahia, - “Candomblé” deturpação por extensão do termo que se referia às grandes festas anuais do Africanismo; os “Encantados de Caboclos, onde o misto é mais nítido; “Cabulá”, Sociedade Secreta de Componentes Bântus, que teve o seu apogeu com o “13 de Maio”, entrando rapidamente em declínio e, atualmente, quase extinta; no nordeste brasileiro, “Xangô” – onde a dosagem da cultura ameríndia é bem maior; no norte do País, o “Catimbó”, com influências da magia mediterrânea, com seus bonecos de cera e a aceitação de manifestações, por médiuns (aves), de espíritos de “animais desencarnados”, como o da “Cobra Grande”( sem levarmos em consideração o símbolo esotérico da nossa “Boi-Açu”); No Rio de Janeiro, “Macumba”; no Rio Grande do Sul, “Batukàjé”, mais conhecido por “Batuque e Toque”.

O sincretismo continua em sua marcha, mas, nos dias de hoje é indevido, por este imenso Brasil, nas mais variadas formas e percentagens de misturas. É o período preparatório, de confusão, de adaptação, descambando em vezes para a involução de processos espiritualistas, depois de um apogeu em Cristo.

O sopro evolutivo chega. A massa se agita e surge um movimento renovador. É a “UMBANDA”, o renascimento dos velhos princípios, titubeantes ainda, mais a névoa já é menor. A codificação; é pouco. Escrevem-se “livros”de doto gênero. Nova confusão. O neófito perde-se na entrada do “Templo”.

Concorrem as diversas correntes espiritualistas, os ramos de uma árvore, quer através de suas obras ou de seus membros, para reerguer as velhas tradições, concretizando-as na “Umbanda”, provocando um movimento de caráter nitidamente evolutivo e sem fanatismo.
“A “Umbanda” não é espiritismo, esoterismo,teosofia, mentalismo, como muitos julgam. Ela é tudo isso e muito mais: é também magia.
De suas origens se deduz que ela é conhecimento (Magia), sob aspectos básicos de filosofia, ciência e religião.

É Filosofia, porque estuda os problemas gerais relativos aos sumos princípios de interpretação do Cosmos e a intuição universal da realidade em que se fundamenta. Admite uma única Lei. A lei de Umbanda, a da causa que é o próprio efeito, a realidade única indefinível, Olorun (Deus).

É Ciência de experimentação empírica, porque estuda racionalmente os fenômenos de ordem psíquica e física, comprovado pela experiência suas Leis. Tem como meio de pesquisa os métodos e processos da Psicologia, Psicanálise, dos estados Anímicos, Mediúnicos e Mentais; do Magnetismo, Hipnotismo, Matemática, Química, Física, Botânica, Zoologia, Geologia, Arqueologia e das demais ciências chamadas Acadêmicas e Herméticas.

É Religião, porque mantém “um culto” e uma liturgia baseada em “símbolos” com caráter : “Monoteista” por venerar somente um Deus, em Espírito e Verdade, não passível de representação; Natural, pela consciência do mundo com as forças que o impulsiona; Moral, pela consciência do ser em si mesmo, das ideias de progresso espiritual; Redentora, pela consciência em Deus, quer por abstração negativa, como Buda, quer por abstração positiva, como Jesus Cristo.
A “Umbanda”é, pois, a religião da “natureza”, da “moral” e da “redenção”. Segue os ensinamentos de Jesus Cristo, condensados em seu único mandamento: “Ama o próximo como a ti mesmo, para que possas amar a Deus acima de tudo”.
Não é nova a revelação, porque a revelação é Una é o pensamento através do tempo, expresso em conhecimentos.

Definição : Definiríamos a Umbanda como: “O conjunto dos conceitos e processos de ordem Filosófica, Científica e religiosa, com a finalidade de evolução material e espiritual das forças intrínsecas e extrínsecas que regem o homem”.