sexta-feira, 29 de abril de 2022

OYÁ/IANSÃ Orixá guerreira, dona dos ventos, tempestades e dos raios. Vaidosa, seu temperamento é imprevisível. É o orixa que domina os "eguns" (espíritos dos mortos). Está ligada a agua ao fogo e a terra.

 OYÁ/IANSÃ
Orixá guerreira, dona dos ventos, tempestades e dos raios. Vaidosa, seu temperamento é imprevisível. É o orixa que domina os "eguns" (espíritos dos mortos). Está ligada a agua ao fogo e a terra. 


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Orixá guerreira, dona dos ventos, tempestades e dos raios. Vaidosa, seu temperamento é imprevisível. É o orixa que domina os "eguns" (espíritos dos mortos). Está ligada a agua ao fogo e a terra. Tem sua morada na pitangueira, mas aceita oferendas nos cruzeiros, matas e praias pela sua "passagem" com todos os Orixás.

Além de Xangô, Oyá é o único orixá que não teme os Eguns, é a guardiã do reino entre a vida e a morte, é ela quem dá assistência na transição final; ela pode reter o espírito da morte ou chamá-lo adiante, ela é o último suspiro. Oyá rege os cemitérios e os mortos.
Ninguém quer enfrentar Iansã numa batalha por que ela é tão feroz e astuta como qualquer homem, nem um outro Orixá quer lidar com a ira de Oyá. Não há receios à Oyá, exceto Xangô.

Ela é conhecida por sua inteligência, independência, coragem, graça, sensualidade, poder e paixão intensa.

É dito e conhecido que Oyá é muito leal aos seus filhos e perigosa para seus inimigos. Ela pode vir tão suave e fresca como uma brisa de verão ou violenta e cruel como um furacão e causar devastação total em seu mundo.

Família Sagrada de Iansã
Iansã é filha de Iemanjá e Oxalá. Iansã é irmã de Oxum, orixá com quem rivaliza espiritualmente em seu romance com Xangô. Iansã é irmã da orixá Obá e Oxóssi e foi também esposa do “Senhor da Guerra”, Ogum. Esposa predileta de Xangô, recebe dele o título de Iansã que faz referência ao entardecer.

Iansã que pode ser traduzido como “a mãe do céu rosado” ou a “mãe do entardecer”, portanto; o rosa é a cor de Iansã por excelência.

Mas, Iansã se manifesta também através do amarelo, marrom e vermelho.

Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela tem acesso), mas; porque ela é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o “Senhor da Justiça”, não atingiria quem se lembrasse do nome da amada.

Culto a Iansã Orixá:
Dia: quarta-feira
Cores: marrom, vermelho e rosa
Símbolos: espada, eruexin, chifre de boi
Elementos: ar em movimento, fogo
Domínios: babuzal, tempestades, ventanias, raios, morte
Saudação: Epahei Oyá! (pronuncia-se: eparrei oiá!)
Fio de contas: Coral (marrom, bordô, vermelho, amarelo)
Incompatibilidades: rato, abóbora
Número: 9
Animais: cabra, coruja, búfalo

Características dos filhos de Iansã Orixá
Vencem grandes batalhas de vida, travam épicas batalhas, se necessário, para alcançarem seus objetivos de vida. tem muita disposição para batalharem pelo que desejam na vida, raramente desistem de seus planos. Mudança é a palavra de ordem talvez por isso; os filhos de Iansã tenham uma tendência a mudarem o caminho que traçaram na vida diversas vezes. A escolha por uma profissão pode repentinamente mudar, e; a nova escolha ocorrer em uma área completamente diferente da original. Assim acontece também com parceiros que mudam ao longo do tempo, até que encontrem alguém mais submisso que os filhos de Iansã, e a paz pode reinar, mas tendem a se cansar dos parceiros e estarem sempre a procura de algo que os faça guerrear e trazer novos ventos a suas vidas amorosas. Paixões avassaladoras são também a marca registrada dos filhos da orixá dos ventos, que com muita força conduz os relacionamentos, sempre cheios de fortes emoções. Ciumentos ao extremo, com tudo que pensam “possuir”, os filhos de Iansã podem criar verdadeiro drama quando traídos ou ameaçados em suas “posses”, mas traem com uma facilidade incomparável e jamais se sentem arrependidos por isso. Grandes e caridosos amigos No entanto; são dados a defesa dos injustiçados e menos favorecidos, os filhos de Iansã costumam ser caridosos e dão muito valor aos esforços que alguém faz por eles, tornando-se amigos valorosos. Podem ter diversos problemas para dominarem seus impulsos, amores, ódios ou alegrias. Os Filhos de Oyá são criativos, inquietos, sempre a procura de novidades.
Defendem tudo que tem com muita garra e sofrem muito quando tem perdas nas áreas afetivas.
Podem sofrer muito quando são traídos por amizades, aos quais se apegam profundamente. vingativos Iansã não perdoa facilmente e seus filhos podem ser extremamente vingativos. É sabido que não se pode confiar segredos a um filho de Iansã, pois ele não hesitará em usar contra seu opositor quando for conveniente, fazendo o inimigo cair pelas próprias fraquezas. Não costumam esquecer seus inimigos e podem perseguir com jogos de intriga aqueles que os ofenderam. Não existe calmaria nos ventos de Iansã, que persegue seus inimigos com intensidade e os aniquila se possível, com fúria; como a explosão de seus raios. Pessoas diretas e sem rodeios, são diretos, assertivos, falam sem rodeios o que pensam e levam suas opiniões as últimas consequências, São aquele tipo de pessoa que provoca um verdadeiro escândalo no ambiente mais calmo do mundo, e sentem-se confortáveis em atrair para si toda atenção, e colocam sua opinião até mesmo onde não foram consultados.
Às vezes; tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas sempre acabam mostrando seus objetivos e pretensões, pois são pouco estratégicos e agem muito pelas emoções. Mas podem também serem divertidos, abertos e extravasarem a boa vibração de Iansã, caso estejam em sintonia espiritual com a orixá dos ventos. O tratamento espiritual é muito importante para acalmar a tendência “quente” de Iansã que pode levar seus filhos a sofrerem muito nos relacionamentos, tanto de amizades quanto amorosos. Quando o filho de Iansã trabalha espiritualmente a vida se abre mais facilmente às conquistas financeiras, pessoais e amorosas. O trabalho espiritual proporciona desenvolvimento e ajuda a lidar com aspectos que são difíceis para o filho de Iansã controlar em sua personalidade. Algumas vezes, o filho de Iansã pouco desenvolvido espiritualmente precisa até mesmo de assistência psicológica para controlar questões como raiva, impulsividade, etc. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro; podem ser muito violentos quando contrariados. E isso; pode fugir ao controle diversas vezes na vida. Devem tratar das entidades e orixás com regularidade e “acalmarem” a tendência explosiva da orixá de cabeça. Essa necessidade pode ficar ainda mais latente se o filho de Iansã for médium e não desenvolver sua mediunidade. A mediunidade dos filhos de Iansã pode atrair espíritos de muito baixa vibração, pois esta orixá é encarregada de controlar tais energias, e seus filhos acabam por atrai-las. Quando o médium filho de Iansã não desenvolve suas capacidades mediúnicas, esses espíritos acabam por obstruir as boas vibrações espirituais trazendo estagnação a vida da pessoa. Outro grande risco para esse tipo de médium é atrair para si obsessores e fechar completamente os caminhos de vida, trazendo riscos de acidentes, doenças, atraindo até mesmo a morte em fatalidades. Com o tratamento espiritual adequado tudo isso fica para trás e o filho de Iansã passa a ter uma vida protegida pela orixá guerreira.

Sincretismo Religioso entre Iansã e Santa Bárbara
Iansã é a orixá associada a Santa Bárbara no catolicismo devido a influência da santa cristã sobre os raios, tempestades e trovões.

Santa Bárbara foi morta pelo próprio pai por se converter ao catolicismo, e; após sua execução um raio atingiu a cabeça de seu executor.

A santa católica é homenageada anualmente no dia 04 de dezembro quando os fiéis da Umbanda fazem oferendas a Iansã.

lenda de Iansã
Aceita casar-se com Ogum, Ogum foi um dia caçar na floresta. Ele ficou à espreita e viu um búfalo vindo em sua direção. Ogum avaliou logo a distância que os separava e preparou-se para matar o animal com a sua espada. Mas viu o búfalo parar e, de repente, baixar a cabeça e despir-se de sua pele. Desta pele saiu uma linda mulher. Era Iansã, vestida com elegância, coberta de belos panos, um turbante luxuoso amarrado à cabeça e ornada de colares e braceletes. Iansã enrolou sua pele e seus chifres, fez uma trouxa e escondeu sob um formigueiro. Iansã partiu em direção ao mercado da cidade, sem desconfiar que Ogum tinha visto tudo. Assim que Iansã partiu, Ogum apoderou-se da trouxa sob o formigueiro e foi para casa. Chegando em casa, Ogum guardou a trouxa no celeiro de milho e seguiu para o mercado atrás da bela mulher para corteja-la.
Iansã era bela, muito bela, era a mais bela mulher do mundo. Sua beleza era tal que se um homem a visse, logo a desejava. Ogum foi subjugado e pediu-a em casamento. Iansã apenas sorriu e recusou o apelo. Ogum insistiu e disse-lhe que a esperaria. Ele não duvidava de que ela aceitasse sua proposta. Iansã volta a floresta e não encontrou seu chifre nem sua pele sob o formigueiro. “Ah! Que contrariedade! Que aconteceu? Que fazer?” Iansã voltou ao mercado, já vazio, e viu Ogum que a esperava.
Ela perguntou-lhe o que ele havia feito daquilo que ela deixara no formigueiro. Ogum fingiu inocência e declarou que nada tinha a ver, nem com o formigueiro nem com o que estava nele. Iansã impõe condições para casar-se
Iansã não se deixou enganar e disse-lhe:
“Eu sei que você escondeu minha pele e meu chifre.
Eu sei que você se negará a me revelar o esconderijo. Ogum, vou me casar com você e viver em sua casa.
Mas, existem certas regras de conduta para comigo. Estas regras devem ser respeitadas, também, pelas pessoas da sua casa. Ninguém poderá me dizer: Você é um animal! Ninguém poderá utilizar cascas de dendê para fazer fogo.
Ninguém poderá rolar um pilão pelo chão da casa”.
Ogum respondeu que havia compreendido e levou Iansã.
Chegando em casa, Ogum reuniu a todos e deixou bem claro que ninguém deveria discutir com Iansã, nem insultá-Ia.
A vida organizou-se. Ogum saía para caçar ou cultivar o campo. Mas; as mulheres viviam enciumadas da beleza de Iansã. Cada vez mais enciumadas e hostis, elas decidiram desvendar o mistério da origem de Iansã. Uma delas conseguiu embriagar Ogum com vinho de palma.
Ogum não pôde mais controlar suas palavras e revelou o segredo e contou que Iansã era, na realidade, um animal.
Depois disso; logo que Ogum saiu para o campo, as mulheres insultavam Iansã: “- Você é um animal! Você é um animal!!”
Elas cantavam enquanto faziam os trabalhos da casa: “- Coma e beba, pode exibir-se, mas sua pele está no celeiro de milho!”Um dia, todas as mulheres saíram para o mercado. Iansã aproveitou-se e correu para o celeiro. Abriu a porta e, bem no fundo, sob grandes espigas de milho, encontrou sua pele e seus chifres. Ela os vestiu novamente e se sacudiu com energia. Cada parte do seu corpo retomou exatamente seu lugar dentro da pele. Logo que as mulheres chegaram do mercado, ela saiu bufando. Foi um tremendo massacre, pelo qual passaram todas. Iansã poupou seus filhos que a seguiam chorando e dizendo: “ Nossa mãe, nossa mãe! É você mesma? Nossa mãe, nossa mãe!! Que você vai fazer? Nossa mãe, nossa mãe! !! Que será de nós?”
O búfalo os consolou, roçando seu corpo carinhosamente no deles e dizendo-lhes: Eu vou voltar para a floresta; lá não é um bom lugar para vocês. Mas, vou lhes deixar uma lembrança.” Retirou seus chifres, entregou-lhes e continuou:
“Quando qualquer perigo lhes ameaçar, quando vocês precisarem dos meus conselhos, esfreguem estes chifres um no outro. Em qualquer lugar que vocês estiverem, em qualquer lugar que eu estiver, escutarei suas queixas e virei socorrê-los.” Eis porque dois chifres de búfalo estão sempre no altar de Iansã.

Iansã rouba as folhas de Ossaim, Ossaim recebeu de Olorum o segredo das folhas. Somente ele sabia como manipular e obter o poder de cada erva. Ossaim sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras; a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidentes.
Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta.
Todos os orixás dependiam de Ossaim para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas. Xangô irrita-se pelo domínio exclusivo de Ossaim, Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar de Ossaim, a propriedade das folhas. Falou dos seus planos à sua esposa Iansã. Xangô explicou que, em certos dias; Ossaim pendurava, num galho de Irôko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. – Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias. Disse Xangô a Iansã, que aceitou a missão com muito gosto. Iansã espalha as folhas de Ossaim, então, o vento de Iansã soprou grandes rajadas, levando o telhado das casas. Iansã soprou e seus ventos arrancaram árvores, e a ventania saiu quebrando tudo por onde passava e, por fim; soltou a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe, e todas as folhas voaram em todas as direções. Neste dia, os orixás se apoderaram das folhas e, assim; cada um tornou-se dono de algumas delas. Mas Ossaim permaneceu “senhor do segredo das folhas“, guardando as virtudes que se desprendem das ervas, apenas quando as palavras certas, forem pronunciadas, para libertar sua ação mágica.

Iansã veio em seu socorro
Você foi tocada pela boa energia de Iansã.
Iansã veio em seu socorro nas tempestades da vida.
E todas as dificuldades serão vencidas com Iansã.
Guerreira que não abandona seus filhos nas batalhas da vida.
Permita que a bênção e o axé de Iansã entre em sua vida.