quinta-feira, 28 de abril de 2022

A Força dos Elementos dentro da Umbanda Cada elemento tem sua força única e deve ser utilizado dentro de seu campo de atuação, o uso dos elementos é de fundamental importância, mas não se deve a eles alma própria.

 A Força dos Elementos dentro da Umbanda
Cada elemento tem sua força única e deve ser utilizado dentro de seu campo de atuação, o uso dos elementos é de fundamental importância, mas não se deve a eles alma própria.


Nenhuma descrição de foto disponível.A Força dos Elementos dentro da Umbanda

Cada elemento tem sua força única e deve ser utilizado dentro de seu campo de atuação, o uso dos elementos é de fundamental importância, mas não se deve a eles alma própria.

Não são espíritos pensantes, são forças a serem manipuladas e acima de tudo respeitadas.

Portanto, o fogo, a água, a terra e a luz não são elementos que possuem alma, mas sim energias que são utilizadas em favor das almas carentes e necessitadas de proteção.

E não subestime irmão a força vibracional que possuem os elementos, mas isso, em absoluto quer significar que são eles, seres constituídos por encarnações e alma.

Como forças despidas de espiritualidade devem ser utilizadas e nunca evocadas, errônea a noção de muitas religiões que evocam pelas águas os poderes do mar.

É simples compreender porque os elementais não podem estar representados por esse ou aquele espírito, não são eles seres personalizados, sob pena de perderem seu grande fundamento; a força que só uma rocha bruta, uma onda rolando, uma chama em brasa podem ter.

Esta energia é tão grande e tão fundamental aos trabalhos que não pode ser personificada, perguntam os irmãos como podem utilizar tais forças, se não se pode trazer ao trabalho, ao terreiro, o mar, a luz ou a terá, é exatamente por isso que são chamadas as linhas e espíritos que utilizam o elemental específico.

Tais espíritos têm a autorização de utilizar a força de determinado elemental para agir sob este ou aquele trabalho, e então, invocando as entidades, dentro das linhas a elas afeitas, se pode utilizar o poder dos elementos.

A Força do Elemento Terra

Como elemento mais próximo e que tem sua força experimentada dia a dia por nós encarnados ou não, está entre um dos mais atuantes dentro do trabalho.

É com sua força que se produzem outras força, é do seu interior que muitas energias derivam e é nela que se alimentam, é da terra, que deve ser retirada a força para as labutas do dia a dia, por que dela todos estão tão perto, e tão necessária, que local de nascimento e de morte das dores, local de meditação e de formatação de vidas que nutrem o corpo e transformam força em energia, energia em suor, é dela que brota o estimulo tão fundamental ao dia a dia dos homens, a força que se transforma e se representa em brotos, em vida nascente, é a terra que nutre e é para ela que voltam os elementais, a vida e a morte.

O poder de criar a vida, nas pétalas de uma rosa, e absorver os restos da morte, em um grande tumulo, um grande nascedouro, um grande matadouro.

Por que é a terra que absorve a morte física é nela que a vida física inicia, para a terra o que vem da terra, é sua energia detentora da grande emanação da humildade, através de seus grãos lembram os homens de suas fragilidades enquanto encarnados, a pequenez da matéria e a grandeza do espírito, é esta a força presente no dia a dia dos filhos, em suas verdades e sofrimentos, é ela que mesmo mal tratada, mal adubada, consegue sobreviver e morrer todos os dias.

O deserto tem vida, o pântano tem vida.

A mãe terra, a grande mãe terra, que em sua força, e não em sua evocação, pode trazer aos mortais e ao físico, a matéria e da matéria reabsorver a energia, portanto, a terra deve ser utilizada sempre que necessária à proteção da vida, do corpo, a morte das dores, o alento das aflições da ferida, a terra em sua mais pura energia é utilizada para unguentos, para as mazelas do corpo, absorção das dores e aonde há falta da esperança, para levar energia onde só se vê tristeza.

Lembrem sempre irmãos, no deserto da matéria, na inexistência de força, a vida floresce, no adeus ao apego material, na absorção dos resquícios da morte, no desespero da dor, ainda assim a terra se fará vida, por mais arida que seja à alma, por mais improvável que se faça à recuperação, dela o ser absorvera e utilizara, sempre, a energia primordial, a força da matéria e da sua inexistência.

Por que a vida veio e vai para suas entranhas e o corpo material volta ao pó. Sempre.

A Força do Elemento Água

Tão lindo o mar em sua imensidão, tão forte e ao mesmo tempo tão frágil, a vida em forma liquida, a modificação, a possibilidade de eterno molde, de incrível adaptação, de força em constante movimento.

A água e sua força de mudança.

A força em estado líquido, sólido ou vaporoso, adaptação, o vergar sem quebrar, o transformar sem perder a essência, a possibilidade de represar a força em seu estado mais puro, a energia da água, purificando a limpeza da alma, sofrem aqueles que desprezam sua força, por que esteja ela onde estiver, sempre fará parte do todo e para o todo voltara, de uma forma ou de outra.

Enganam-se aqueles que acham que tem o poder de separar a água em um copo, a água veio e ira voltar para o mar, a força do todo, sempre, em um copo de água, pode se ter à energia dos mares, a limpeza das ondas, o movimento em sua mais pura representação, demonstrando que tudo sempre ira passar, mas que eterno será o espírito, por que ele veio e voltará para seu lar, ele é parte do todo represado em uma casca, a água é fluido que não pode negar sua origem, seu movimento em busca da força inicial.

É o espírito que não pode negar que veio de um todo maior, de um todo infinito, que, apesar de percorrer caminhos diferentes, das mais diversas formas, ira voltar ao seu estado bruto, ao estado da beleza, ao estado da bondade, por que Oxalá é em sua essência a bondade e desta bondade derivam, com o mesmo grau de evolução, os espíritos.

Mas, como a água, cada qual toma um destino diferente, uns se fazem onda, outros chuva, uns vão direto a grande força, outros devem subir montanhas, para depois desce-las, alguns devem se misturar com impurezas e parecerem sujos, enlameados, para em algum momento realizarem a decantação, tornam-se então fluídos indo de encontro ao todo.

E a alguns homens é dado ficar rolando em pedras, levando da sua vida, pedaços de tristeza, lembranças de terras distantes e pela vida passam, como flui um rio que, entre enchentes e secas, leva consigo as dores da alma, observe irmãos, enquanto o corpo corre para a terra, o espírito vai à água, enquanto o corpo morre e retorna ao pó o espírito não termina sua jornada até voltar a Oxalá, ao grande mar, ao seu ponto de partida, e em vidas, acumula conhecimentos e vai, em metamorfoses se transformando e acabando por descobrir, de um modo ou de outro, que faz parte de um todo e não pode negar este fato, não pode negar a beleza primordial, a verdade inicial, a bondade fundamental.

Observem irmãos os rios, tenham sempre noção de que fazem parte desta grande verdade inicial, o ato de lavar a cabeça, deriva em muito deste fato, os orixás, mesmo que diversos, são, em sua essência, parte de um mesmo todo, as setes linhas fazem parte de uma mesma verdade e respeitam a mesma lei, erram, portanto aqueles que descriminam a Umbanda, por que apesar dos diferentes recipientes a água pura, sempre será água pura, independente do nome que se de a vasilha, que, se faz o bem, traz a cura da alma, não pode ser rotulada pela roupagem, mas somente igualada pelo fundamento eterno.

Se isso fosse observado por aqueles que criticam a Umbanda, tão menores seriam os preconceitos, de tão mais fácil entendimento se fariam as verdades, qualquer religião que pratique a bondade, o bem, que cultue a força suprema da verdade é igualmente importante e sabia, lavam, portanto, todos os seres, umbandistas ou não, suas cabeças, quando bebem da água pura, da sabedoria eterna e imutável.

Cultuam, mesmo aqueles que assim não admitem, a grande força, a energia da água pura, o elemento está presente com a mesma força tanto na água benta quanto nos vapores do álcool, ela será absorvida na pinga ou nas beberagens, quando utilizada em trabalhos, por que, sendo água, sempre veio e sempre ira para o mesmo todo.

Assim entendido e nestes termos, por obvio a água possui grande utilidade nos trabalhos das casas de Umbanda, ela retida, represada, traz consigo a força da mudança, a força do movimento eterno, deve ser utilizada para a cura dos males da alma, das dores do espírito, e em sua força de movimento é que se tem a certeza que não ha mal que dure para sempre, dor que seja eterna ou aflição perene, por que o belo é o estado original, por que o bem é a energia primordial, portanto, irmãos, se a dor parece não mais abandonar a alma, se a aflição se mostra enorme, se a noite parece eterna é na força de movimento da água, que se consegue a energia da transformação, da mudança que permite ao espírito ir em frente, que traz a necessidade do movimento.

Necessária se faz a água para limpeza, modificação, movimento, ou ainda quando obrigatório se tornar enviar espíritos não iluminados a sua evolução, quando estes irmãos, sim, porque, por menos evoluídos que sejam, ainda continuam sendo irmãos pois temos a mesma matriz espiritual, se negam a seguir seu fluxo, quando pretendem ir contra a força natural, o movimento eterno de bem, abram-se caminhos estreitos com a energia das águas, curem-se visões errôneas e distorcidas com a verdade intacta à água pura, que no rolar das ondas se envie o mal para o bem, que na realidade da aflição se mostre à verdade da cura.

Por que o inicial é perfeito e eterno, por que o bom, o bem, o belo é toda a verdade e o local que, como as água, os espíritos se elevam, por acaso duvidam irmãos, do poder da correnteza, que sem medir esforços passa por terras, matas e se faz ao rio, para depois se debruçar ao mar?

Acaso duvidam que o mal possa ser retirado com tal energia?

Que poder atribuem a este para que possa combater tal realidade?

Por óbvio é impossível, por que ao final os córregos, por mais estreitos que sejam, turvos que se tornem, curvilíneos que se apresentem, levarão ao mesmo caminho, ao caminho do bem, da verdade, infusões, beberagens, bebidas, líquidos em movimento se fazem ao mar, em busca da força inicial, portanto irmãos lembrem que um copo de água não é apenas um copo, mas sim, parte de um todo, represado temporariamente, que ao final ira voltar à sua força fundamental, ao seu movimento para o eterno bem.

A Força do Elemento Fogo

Controvertida a questão, por que o pavor da destruição e extinção, intacto em todo o ser humano, leva ao medo do fogo, como se tal elemental fosse mais perigoso, transformador ou necessário que a terra e a água, irmãos deixem o medo natural da extinção de lado, o fogo não extingue e sim transforma, transmuta, consome, e então repõe, ignorantes são aqueles que temem o fogo mais que a terra, ou menos que a água, não subestime filho a frieza da terra, os temperamentos da água, por causa do calor do fogo, os elementos queimam iguais, mesmo que queimar signifique apagar.

O fogo consome e transforma e deve ser utilizado quando há necessidade de alterar as matérias, consumi-las e delas liberar sua vibração, matérias diferentes, vibrações transformadas, por que o fogo se apaga com a força da água? porque muitas vezes se faz necessário antes de enviar a matéria para seu retorno, realizar sua transformação, queima-se para depois, com a força da água, se enviar a vibração para seu movimento natural.

Água é movimento que se molda, enquanto o fogo é elemento que modifica, consome, na dureza de sua dança, encontra-se a força da transformação, a alquimia dos elementos, a fusão de uma energia em outra, a liberação necessária aos átomos, química irmãos, pura química, o fogo não apenas destrói estruturas, mas constrói outras, tão perfeitas e harmônicas quanto as primeiras.

Queimar significa modificar e não extinguir, consumir significa transformar em outro, e não acabar, desmistifiquem irmãos, portanto, o fogo e o respeitem com a mesma força que respeitam a sobrevivência da terra, a movimentação da água, devem, pois os irmãos utilizarem o fogo nos trabalhos, para transformações de padrões vibracionais dos diferentes tipos de matéria, para a quebra de magias.

O ato de fundir uma energia em outra e conseguir uma terceira, caracteriza o dom fundamental, o dom da criação, que deriva de algo anterior, sempre, retirem os materiais dos alquimistas e tem-se apenas luz, não a transformação, na alquimia da chamada magia, intrínseco o poder do fogo que modifica, como mágica fosse, elementos, fundindo-os, transformando-os, alterando-os e repetindo, em ato subsequente, o ato da suprema criação.

Quando se precisa alterar a forma inicial, o fogo é fundamental, tome-se, por exemplo, trabalhos de paixão, se transformará a dor da paixão, na beleza da vida, na tranquilidade do amor, na paz do sentimento, mas lembrem-se irmãos, que após todo o trabalho de transformação obrigatória a utilização da água, para que a nova matéria seja regida sob a verdade do todo.

Sempre.

Estes são, os elementos naturais de principal atuação dentro da Umbanda e conforme as explicações básicas podem ser utilizados em sua total força por espíritos, encarnado ou não, que deles necessitem para a prática do bem.

O Elemento Ar

O ar é um elemento da natureza considerado ativo e masculino, em geral é considerado como o primeiro dos elementos dos elementos, possui natureza dupla e é ao mesmo tempo atmosfera tangível, volátil, que pode ser chamado de Ar espiritual, esta essencialmente relacionada com três conjuntos de ideias, o respiro criativo da vida, a palavra criadora; o vento como ar dinamizado, conectado em muitas mitologias, como ideia de criação, e, finalmente, o próprio espaço como meio onde se produzem os movimentos e de onde emergem os processos de criação e desenvolvimento da vida.

No campo humano o Ar esta relacionado aos pulmões, purificando e vitalizando o sangue que conduz o elemento vital ou Agente Mágico Universal, o sentido do olfato esta relacionado com o importante simbolismo do ar, cuja representação mágica é a espiral, ele é ainda o hálito que respiramos e que se acha simbolizado nas fumaças que usamos na Umbanda.

A força mágica da fumaça reside no fato dela representar o ato de libertação da forma como imediata dissolução do ar, em forma espiralada, isso permite ao elemento ar atuar como intermediário entre o mundo da forma e o mundo espiritual envolvente e invisível, tornando-se assim um agente mágico capaz de transformar em resultado eficaz a intenção com que a fumaça é libertada para dissolver-se no ar.

Portanto, pode-se explicar o poder da magia pela sua própria condição de se fortalecer pela transmutação e pelo retorno a plenitude, uma vez fortalecida por sua identificação com o global, a intenção do ato mágico vai refletir-se como retorno do outro mundo formal para alcançar o objetivo mágico com eficácia, estas são as raízes do pensamento mágico.

O Elemento Éter

O Éter é o princípio essência cósmico, o éter do quinto elemento cósmico, quintessência, a quinta ponta do pentagrama, é o substrato espiritual primordial, aquele que pode se diferenciar, segundo a teosofia relaciona-se com uma força chamada Kundalini, Eliphas Levi o chamou de luz astral.

No paganismo, o Éter, também chamado de Princípio Etérico, corresponde ao espírito, à força dos Deuses, é representado no Hermetismo, segundo Franz Bardon, pelo Ovo negro, sendo um dos cinco Tattwas constituintes do Universo.
Na filosofia hindu, é um lugar, o elemento éter, também significa energia universal, na Psiquiatria, designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios, é a memória da humanidade, corresponde ao inconsciente coletivo de Carl Gustav Jung, no Espiritismo, é chamado de fluido cósmico universal. André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos também o chama de hausto divino.

Os Cinco Elementos da Natureza e o Pentagrama, segundo a crença de algumas religiões pagãs, como a Wicca, todo o universo foi criado a partir dos Cinco Elementos da Natureza, Ar, Fogo, Água, Terra e Éter espírito, todo os demais elementos foram originados do Éter, o princípio original,
correlacionando o Éter com o pentagrama, ele seria a 5º ponta do pentagrama, a ponta apontada para cima,
aquela que representa o espírito divino, a chamada quintessência e representada pelo ovo, símbolo da origem, negro, símbolo do mistério, por isso ele é considerado o mais elevado dos cinco elementos, o mais poderoso e inimaginável; é a base de todas as coisas da criação

Assim, o Éter é isento de espaço e de tempo, o não-criado, incompreensível e indefinível, segundo Franz Bardon, é o que as religiões chamam de Deus, energia criadora,
ele é o que contém tudo o que foi criado e é ele que mantém Tudo em equilíbrio, é o espaço onde se originam todos os pensamentos e ideias, e matéria na qual se mantém tudo o que foi criado, sua cor representativa é o violeta, cor que representa a energia transcendental da energia criadora dos cosmos, quando invocamos os quatro elementos para um ritual, invocamos a força do quinto elemento para trazer a força suprema, o sopro da vida, para sermos canal da energia vital e mantenedora.

É altamente recomendável que em todo ritual, celebração, encantamento, magia em geral se invoque os cinco elementos para uma devida proteção, eficácia no resultado e força energética adquirida pelo magista, o Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos.

O círculo que muitas vezes circunscreve o pentagrama é visto como a união harmoniosa dos elementos, o Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses.

É o mais alto símbolo da Arte, Magia, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que é a estilização de uma estrela, homem, assentada no círculo da Lua Cheia, Deusa.

O Éter é o quinto elemento, a quinta essência, o amor, de onde nasceram todos os outros elementos, ele é o quinto elemento, o espirito, rege a imanência, transformação, transcendência, mudança, o vazio, dentro e fora,

É a Própria espiritualidade.