quinta-feira, 28 de abril de 2022

As sete linhas da Umbanda A Umbanda trabalha com linhas de trabalhos espirituais, qualquer trabalhador espiritual da Umbanda sempre estará vinculado a uma linha. Uma linha de trabalho é formada por um conjunto de falanges espirituais.

 As sete linhas da Umbanda

A Umbanda trabalha com linhas de trabalhos espirituais, qualquer trabalhador espiritual da Umbanda sempre estará vinculado a uma linha.
Uma linha de trabalho é formada por um conjunto de falanges espirituais.


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As sete linhas da Umbanda

A Umbanda trabalha com linhas de trabalhos espirituais, qualquer trabalhador espiritual da Umbanda sempre estará vinculado a uma linha.

Uma linha de trabalho é formada por um conjunto de falanges espirituais.

As sete linhas da Umbanda:

Como mencionamos acima, todos os trabalhadores espirituais da Umbanda sempre estão vinculados a linhas espirituais de trabalho.

Estas linhas de trabalhadores da Umbanda são conhecidas como sete linhas da Umbanda.

O conceito das sete linhas da Umbanda é muito antigo, mas até hoje muito pouco compreendido. Vários foram os autores e pesquisadores umbandistas que tentaram explicar este conceito das sete linhas da Umbanda, infelizmente interpretações equivocadas acabaram gerando uma grande confusão.

Atualmente existem muitas “sete linhas da Umbanda”, algumas versões com 10, 14 e até 21 linhas. Para que todos possam entender de forma bem simples, acreditamos que precisamos voltar a origem da Umbanda no principio do século XX.

A primeira codificação das sete linhas:

A primeira codificação das sete linhas da umbanda foi apresentada em 1932, pelo escritor Leal de Souza. Leal de Souza era dirigente de uma das sete primeiras Tendas de Umbanda criadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Em 1932, Leal de Souza publica o livro “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda” onde apresenta pela primeira vez as Sete Linhas da Umbanda.

Observando as várias entidades espirituais que se manifestavam nos terreiros de umbanda daquela época, Leal de Souza agrupou todas as entidades nas seguintes linhas:

Linha de Oxalá, Linha de Ogum, Linha de Oxóssi, Linha de Xangô, Linha de Iansã, Linha de Iemanjá e a Linha das Almas.

Em 1941 no primeiro congresso de umbanda estas sete linhas foram ratificadas como as sete linhas da Umbanda.

Na doutrina dos sete reinos sagrados adotamos exatamente estas sete linhas de trabalho, como as sete linhas da umbanda.

Entrecruzamento energético:

Como já estudamos existem sete forças primordiais na natureza que estão vinculadas aos sete reinos sagrados e que possuem propriedades físicas, itéricas, mentais, emocionais e espirituais.

Estas sete forças primordiais se mesclam na natureza e na dimensão espiritual formando os pontos de força.
A este processo chamamos de Entrecruzamento energético.

Pontos de força:

Pontos de força são regiões espirituais onde as sete forças primordiais se cruzam, formando regiões energéticas vibracionais com as características das forças constituintes. A imagem abaixo apresenta os pontos de forças espirituais e os entrecruzamentos energéticos. Para facilitar o entendimento as sete forças primordiais foram numeradas e desenhadas com as cores correspondentes. Linhas horizontais e linhas verticais e no cruzamento os diversos pontos de força, para ajudar no estudo adicionamos os números de cada reino sagrado e os orixás regentes.

À partir das Sete Linhas da Umbanda encontramos quarenta e nove (49) pontos de forças

As falanges espirituais:

Falanges são agrupamentos de espíritos que possuem afinidades espirituais e vibracionais.

Cada pontinho preto da imagem acima é um ponto de força e a cada ponto de força vibracional se associam as falanges espirituais.

Em cada ponto de força podem existir varias falanges associadas àquela natureza vibracional espiritual.

Uma linha de trabalho espiritual nada mais é do que um conjunto de pontos de força espiritual. Da geometria sabemos que uma linha é definida como um conjunto de pontos, da mesma forma na umbanda, cada uma das sete linhas da umbanda é formada por um conjunto de pontos de forças onde existem as várias falanges de trabalho.

Vamos exemplificar, descrevendo em detalhes a Linha de Ogum. A linha de Ogum é uma das sete linhas da Umbanda e é representada na imagem pela linha vermelha horizontal.

Formação espiritual da linha de Ogum:

Para facilitar o entendimento as forças primordiais foram numeradas de um (1) a sete ( 7).

A linha de número um (1), que tem a cor vermelha representa a força primordial Tatá pyatã, que é uma força vinculada ao reino do fogo e tem como regente o orixá Ogum.

É fácil perceber que a linha vermelha se cruza com as demais linhas, formando os diversos pontos de forças (entrecruzamento energético) e de onde são formadas as diversas falanges espirituais.

(1,1) Ponto de força formado pela força tatá pyatã pura Este ponto de força dará formação às falanges de Oguns, que comandam a linha de Ogum na Umbanda.
São falanges deste ponto de força:
Ogum Sete Espadas, Ogum sete Escudos, Ogum Sete lanças etc... Estas falanges atuam com a energia primordial pura do reino do fogo que é regida pelo Orixá Ogum.

(1,2) Ponto de força formado pela força tatá pyatã e yby pyatã Este ponto de força dará formação a falanges de Oguns, que atuam no reino da terra.
São falanges deste ponto de forças aquelas que se identificam como Ogum das pedreiras, Ogum sete pedreiras, Ogum sete montanhas, Ogum das Cavernas, Ogum de Lei etc...
São as falanges de Ogum que trabalham no reino de Xangô.
Os pontos cantados falam de Ogum e Xangô e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Xangô.

(1,3) Ponto de força formado pela força tatá pyatã e ybytu pyatã. Este ponto de força dará formação a falanges de Oguns, que atuam no reino do ar.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum ventania, Ogum dos Ventos, Ogum Tempestade, Ogum sete raios etc... São falanges de Ogum que trabalham no reino de Iansã.
Os pontos cantados falam de Ogum e Iansã e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Iansã.

(1,4) Ponto de força formado pelas força tatá pyatã e y pyatã. Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino das águas.
Iemanjá é a regente deste reino, é responsável pelas águas salgadas e oxum pelas águas doces.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Iara, Ogum Beira Mar, Ogum Sete Ondas etc... São falanges de Ogum que trabalham no reino de Iemanjá (Oxum).
Os pontos cantados falam de Ogum e Iemanjá (oxum) e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Iemanjá.

(1,5) Ponto de força formado pelas forças tatá pyatã e Caá pyatã.
Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino das matas.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Rompe Mato, Ogum das Matas etc... São falanges de Ogum que trabalham no reino de Oxossi.
Os pontos cantados falam de Ogum e Oxossi e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Oxossi.

(1,6) Ponto de força formado pelas forças tatá pyatã e Abá pyatã.
Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino da humanidade.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Sete Estrelas, Ogum Matinata, Ogum de Malê etc... São falanges de Ogum que trabalham no reino de Oxalá.
Os pontos cantados falam de Ogum e Oxalá e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Oxalá.

(1,7) Ponto de força formado pelas forças tatá pyatã e Anga pyatã.
Este ponto de força dará formação a falanges de oguns, que atuam no reino das Almas.
São falanges deste ponto de força aquelas que se identificam como Ogum Megê, Ogum de Ronda, Ogum Naruê, Ogum Xoroquê etc... São falanges de Ogum que trabalham no reino de Omulu (Obaluae).
Os pontos cantados falam de Ogum e Obaluae (ou Omulu) e os pontos riscados possuem sinais que identificam os dois orixás.
São falanges de espíritos que trabalham sob a supervisão de Ogum e Omulu.
A linha de Ogum que é uma das sete linhas da Umbanda possui portanto sete pontos de forças, que darão formação a várias falanges.

Este raciocínio é entendido a todas as sete linhas da Umbanda, totalizando 49 pontos de energia vibracional.

Uma linha de trabalho na Umbanda é formada, portanto por falanges de espíritos que possuem afinidades espirituais com aquela energia da linha.