A Segunda linha de Evolução: A Fé.
Deus e fé são intrínsecos aos Seres inteligentes desde o princípio da existência humana.
Até meados do século passado, a fé era quase exclusivamente derivada dos dogmas religiosos, os quais inibiam qualquer forma de questionamento ou comprovação.
A Segunda linha de Evolução: A Fé.
Deus e fé são intrínsecos aos Seres inteligentes desde o princípio da existência humana.Até meados do século passado, a fé era quase exclusivamente derivada dos dogmas religiosos, os quais inibiam qualquer forma de questionamento ou comprovação. Ao longo de milênios essa credulidade cega vem sendo utilizada como instrumento de manobra das massas e de subjugação.
É importante não confundir fé com presunção. Enquanto a fé é calma, paciente e voltada para o bem, a presunção tem pressa e agressividade, e também pode ser voltada para o mal. Enquanto a fé produz os melhores resultados dentro das condições e do merecimento de cada um, a presunção leva a efeitos diversos que podem ou não estar em conformidade com a harmonia universal.
A fé não é uma blindagem contra os males, posto que a Terra é um planeta de provas e expiações e cada Espírito aqui reencarnado tem provas pelas quais deve passar para ter a oportunidade de evoluir. Mas, se não livra do infortúnio, confere coragem para superar os maiores obstáculos, pois quem crê sabe que, ao trabalhar conforme os ensinamentos de Jesus, colherá os melhores frutos para o seu desenvolvimento espiritual.
Quando Jesus disse que “a fé remove montanhas”, falava no sentido moral e não de uma montanha de pedra, que sabemos impossível remover. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências. O preconceito, o orgulho, os interesses materiais, a cegueira, são outras tantas montanhas que atravessam nossos caminhos, mas não nos iludamos, na grande maioria das vezes somos nós mesmos que as colocamos, e o que é pior, na falta de um culpado, culpamos a Deus!!
E quando, pelo medo de pecar, não O culpamos, nos sentimos desprotegidos, achamos que Deus não é assim tão amoroso e justo! Então dizemos, embutindo nossa decepção: Porque justo comigo? Ou Deus quis assim! Como se Deus pudesse querer que coisas ruins nos acontecessem! Não! Somos nós que atraímos a devolutiva do que fazemos, desejamos e até pensamos, pois que, sempre.
O resultado do que fazemos nos espera mais adiante.
Nem sempre queremos nos inteirar realmente e não buscamos esclarecimento para o entendimento das coisas espirituais porque, além de trabalhoso, aumentaria a responsabilidade de nossos atos... E ISTO, NÃO QUEREMOS! É tão mais fácil e cômodo ter alguém, ainda que seja Deus, para responsabilizar pelos nossos problemas e até pelos nossos desatinos!
A fé raciocinada ilumina demais! ... Não gostamos de encarar nossas falhas, muito menos de trabalhar com elas. Preferimos ficar no desconhecimento de nós mesmos, e não percebemos que a fé que sem raízes se faz fraca, sem o poder de “remover nossas montanhas”, de nos levar à compreensão da justiça de um Deus que não pune, mas que instituiu entre Suas leis, a justíssima “Lei do Retorno”, ou “Carma”, que significa “Ação e Reação”. Na verdade...
Somos nós mesmos que atraímos como devolutiva, a consequência inexorável daquilo que fazemos.
Na ignorância das Leis de Causa e Efeito, usamos de nosso livre arbítrio do jeito que queremos, o que vale dizer; do jeito que, certo ou errado, no momento nos seja mais prazeroso ou conveniente, sem pensar que há uma justiça no Universo que nos trará como retorno o resultado bom ou mau daquilo que fazemos! Não é Deus! Somos nós que colhemos o que quer que tenhamos plantado, porque não há conta de chegar nas Leis de Deus, ela é justa, inexorável, imutável e eterna, como tudo que Ele criou!
Se aceitarmos uma fé que nos é imposta, sob a qual não temos o direito de raciocinar, passamos a professar uma fé cega, que aceita sem controle o falso e o verdadeiro, mas que cedo ou tarde se choca com a verdade e a lógica, e que, se ainda não for fanática, vacila, não satisfaz, não acalma nossas inquietudes, não alivia nossas dificuldades. Por isso muitas vezes vivemos infelizes e sofredores, sem o conforto, sem o alívio daquela fé, que raciocinada e entendida, nos confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória, ou superação dos obstáculos das nossas Montanhas Pessoais!
Na medida em que persistentemente se dedica à pratica do bem, o Homem passa a ter, em seu íntimo, a certeza de estar trilhando o melhor caminho dentre as alternativas que seu livre-arbítrio lhe concede. Essa certeza é chamada de fé raciocinada. Ela proporciona a paz interior de quem sabe que não importam os desafios postados à frente, a escolha da sua conduta não deve ser outro senão aquela pautada na caridade, na gentileza, na tolerância e na paciência.
Na medida em que persistentemente se dedica à pratica do bem, o Homem passa a ter, em seu íntimo, a certeza de estar trilhando o melhor caminho dentre as alternativas que seu livre-arbítrio lhe concede. Essa certeza é chamada de fé raciocinada. Ela proporciona a paz interior de quem sabe que não importam os desafios postados à frente, a escolha da sua conduta não deve ser outra senão aquela pautada na caridade, na gentileza, na tolerância e na paciência.
“A fé raciocinada, que se apoia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis porque ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIX, item 7)
Tal certeza vem da compreensão de que quando os valores humanos estão centrados no Amor, a recompensa é imperecível, pois as conquistas estarão relacionadas à própria evolução e ao cultivo de uma família espiritual, instrumento Divino de orientação e socorro.
A fé auxilia ao Ser Humano galgar os degraus da moral, pois habilita escolhas edificantes que inibem os maus hábitos e vícios, e coloca em perspectiva adequada os valores materiais. Os bens passam a ser entendidos como recursos para viver e para realizar, e não o fim em si mesmo.