Olodumare, Olorun
Deus dos céus
Olorum, também conhecido por Olodomaré ou Olórun, ou ainda Senhor do Órun (céu), isto no Camdomblé.
Pouca gente sabe o significado desse nome e dessa entidade, mas vamos esclarecer tudo neste estudo.
Deus dos céus
Olorum, também conhecido por Olodomaré ou Olórun, ou ainda Senhor do Órun (céu), isto no Camdomblé.
Pouca gente sabe o significado desse nome e dessa entidade, mas vamos esclarecer tudo neste estudo.
Vai ficar sabendo quem é ele, tanto na Umbanda como no Candomblé. Além disso vamos revelar pra você algumas das suas características, as oferendas e até mesmo a oração.
Como se isso não fosse suficiente vamos trespassar uma linda oração pra você lhe fazer. Se pretende saber tudo o que precisa sobre esta preciosa entidade basta continuar lendo .
Na tradicional religião ioruba e nas afrodescendentes, o ser supremo é Olódùmarè, que vive numa dimensão paralela à nossa, conhecida como Òrun. Por isso, também é aclamado como Olórun, Senhor do Òrun, ou Olorum. É o Criador do Òrun e do Àiyé, o universo conhecido ou ainda desconhecido por nós. É o Ser Superior e Criador dos orixás e do Homem, que estabeleceu a existência e o Universo.
Olorum não é propriamente um orixá. Não tem filhos na Terra e, por isso, não se manifesta, isto é, não “baixa”, em ninguém. Não participa do cerimonial do Candomblé, não exige oferendas nem comidas caprichadas ou vestimentas especiais. Na verdade, Olorum, que alguns chamam de Olodumaré, está acima dessas e de outras necessidades materiais.
Senhor de todas as coisas, ele é o princípio criador. Sem sua permissão, Odudua, orixá que ora se apresenta como homem, ora como mulher, não teria gerado o mundo, nem Oxalá poderia dar vida aos homens.
Olorum não é homem nem mulher, não tem características humanas, nem se envolve nos problemas do dia-a-dia. Sua única ligação com os homens acontece por intermédio dos orixás e do arco-íris, que, segundo a lenda, ele criou especialmente para esse fim, em apenas quatros dias.
Por suas características de Deus (ao contrário dos Orixás, que são considerados forças da natureza, Olorum é considerado o Deus Único dentro da Umbanda, o que a torna uma religião monoteísta), Olorum esta relacionado à Esfera de Kether, embora alguns o coloquem como sendo mais aproximado de Ain-Soph, ou o Deus imaterializado
A criação do mundo
1. No princípio, Olorum, o ser supremo, governava o Orun, o céu. A Terra não era nada mais que uma imensidão de pântanos governada por Olokun, a grande mãe, guardiã da memória ancestral. Então, Obatalá, a divindade da criação, teve a ideia de colocar terra sólida sobre os pântanos
2. Instruído por Orunmila, divindade das profecias e do destino, Obatalá trabalhou quatro dias e construiu Aiyê, o nosso mundo, com montanhas, campos e vales. Para que o novo lugar tivesse vida, Olorun criou o Sol, enviou uma palmeira de dendê e fez chover, para que a árvore brotasse. Surgiram as florestas e os rios
3. Para povoar o lugar, Obatalá modelou os humanos no barro com a ajuda de Oduduá, com quem formou o casal propulsor da vida. Terminados os bonecos, colocaram neles o emi, o sopro da vida. A primeira cidade em que os humanos viveram se chamava Ifé. Obatalá voltou ao Orun e contou a novidade aos òrìsà
4. Os òrìsà (ou orixás) são seres divinos que personificam os elementos da natureza e são indispensáveis ao equilíbrio e à continuidade da vida. Eles foram viver com os humanos, e Olorum os orientou: só haveria harmonia se os orixás ouvissem os humanos e os orientassem – eles seriam seus protegidos
5. A harmonia em Ifé ficou monótona, e as pessoas passaram a desejar casas maiores e colheitas mais férteis. Pediram a Olorum, que alertou que o fim desse equilíbrio traria conflitos. O povo insistiu e Olorum deu o que pediam. A cidade se encheu de contrastes. Incapazes de dialogarem, as pessoas se separaram em tribos
Quem é Olorum na Umbanda?
Na Umbanda apenas Olorum, ou às vezes em algumas casas Zambi, porém Ele é o criador de tudo e de todos nós.
O princípio de tudo e de todos, o eterno movimento da vida e de tudo que há nela.
Imutável, imaterial, único e infinito em suas perfeições.
Deus, o nosso Deus na Umbanda, que é mesmo no Candomblé, no catolicismo.
Só existe um Deus, que pode ter vários nomes, mas apenas um Deus que a tudo comando e governa, Olorum. A partir Dele tudo foi criado e organizado, na Umbanda dizemos que os Orixás foram criados para ajudar a Deus a governar o mundo, e para que ninguém fosse esquecido ou abandonado, nada e nem ninguém. Na igreja Católica existem alguns sincronismos com os nossos Orixás, e sabemos que só foram criados para que os escravos vindos da África, pudessem cultuá-los sem serem castigados.
Olorun não é um Orixá de incorporação, seria impossível o corpo humano suportar tamanha força e energia.
Assim como não incorporamos os Orixás, e sim espíritos que trabalham para as linhas dos Orixás, um exemplo, não incorporamos Ogum e sim um espirito que trabalha na linha de Ogum. Porém no caso de Olorun e Oxalá, não existe incorporação direta e sim dos espíritos que trabalham para os Orixás. Olorum então criou os Orixás para que eles pudessem cuidar do mundo e das pessoas com o auxílio direto Dele.
E distribuiu reinos e axés para os Orixás, e comanda a tudo e a todos. Nem todos os mistérios são conhecidos por nós, ainda estamos em um estado de evolução que não entenderíamos ainda que nos fosse dito. Olorum e os Orixás
Diz a lenda, que Deus precisava de mais espíritos de Luz trabalhando para a Lei Maior, que é o código do Umbandista, servir a todos por amor e caridade sem esperar nada em troca. Deu a Jesus seu filho, o nome de Oxalá, que na Umbanda se reverência assim como no Candomblé, mas não existe incorporação, a energia e força deste Orixá, como de qualquer outro acabaria com o ser humano.
A Oxalá, deu a paz e o amor incondicional pela humanidade, a Fé e a Paz são os principais Axés de Oxalá, mas a Ele podemos pedir tudo.
A Exu, deu a missão da mensagem, Ele é responsável por levar os pedidos dos homens aos Orixás, abertura de caminhos.
A Ogum, deu o poder das batalhas, domínio do ferro e das armas, protetor dos militares, e dos caminhos (estradas)
A Xangô, deu a justiça, e o domínio das pedreiras, o trovão.
A Oxóssi, deu o conhecimento, o domínio sobre a caça, e provedor da fartura.
A Iemanjá, deu o domínio dos mares, da fertilidade, mãe de todos os filhos de Umbanda, ainda que cada filho tenha a sua mãe espiritual, Iemanjá é conhecida também como mãe de todos os Orixás (Yoruba)
A Oxum, deu a beleza, o domínio sobre rios, fortuna e riqueza, quando falo sobre riqueza não me refiro apenas a material, mas sobretudo a riqueza espiritual. Mas pedimos a Mamãe Oxum por ouro.
A Iansã, deu o poder sobre as chuvas e tempestades, Orixá guerreira, que cuida também dos Eguns (espíritos que ainda vagam).
A Nanã, o poder da morte e das águas das chuvas, as que ficam paradas.
Aos Ibejis, Cosme e Damião, deu a alegria da criança, o poder da cura.
Estes são os Setes Orixás cultuados na Umbanda, mas Olorum também distribuiu para vários outros Orixás suas funções e contribuições para o bem maior da humanidade.
A Longun Edé, deu o poder da caça e da pesca.
A Oxumaré, o poder da chuva e do arco-íris.
A Ossaim, o poder das ervas e das curas por elas.
A Yewa, deu a vidência e o poder de caçar
Enfim, existem muitos outros, sabemos que existem mais de 100 Orixás, mas na Umbanda não cultuamos a todos, e às vezes nem saudamos a todos.
Mas quando é preciso pedimos ao nosso pai maior Olodomaré que nos permita recorrer a ajuda dos outros Orixás, cultuados em outras nações.
E sempre somos atendidos, porque Olorum é Deus de todos nós seres viventes. Não existe uma imagem que o demonstre, assim como não existe uma imagem que represente a Deus. Onipresente e onipotente, está em todos os lugares ao mesmo tempo, não precisa de nada de nós seres humanos, nós é quem precisamos muito Dele e de Seus Orixás Sagrados.
Através da Umbanda, e nos trabalhos de caridade feitos na Umbanda, evoluímos assim como nossos Guias de proteção, os Orixás, não precisam mais de Luz, Eles já as têm.
Saudação para Olorum
Todo mundo gosta de dar uma boa saudação de acordo com determinadas entidades da Umbanda. Neste caso as coisas são ligeiramente diferentes…Ele não tem qualquer tipo de saudação, em vez disso saudamos Oxalá, Epá Babá Oxalá/ Exê Babá: “O senhor realiza” “Obrigado Pai”
Características dos seus filhos
Todos somos filhos de Olorum, não existe uma característica própria, precisaríamos ser deuses para ter alguma característica com ele, o que temos são as características de nossos Orixás de cabeça. Portanto não existe um filho desta entidade, somos todos. Tendo em conta isso não lhe podemos dizer qualquer tipo de características.
Afinal, estamos sempre aprendendo, é por isso que o nosso esta pagina existe, para ensinar aquilo que você não sabe!
Oferendas para Olorum
Também não existe, na verdade a única oferenda que espera de nós, seus filhos, é a doação do coração ao próximo, não acendemos velas para Olorum, pedimos para os Orixás e Guias protetores. A vela branca que fica em nossos congas são para Oxalá (Jesus), para que nos traga a paz, amor e paciência em nossas vidas.
Esse conjunto de crenças que inspirou o candomblé e a Umbanda é baseado na vida em harmonia e em comunidade. Não há separação entre homens e animais, que inclusive agem como humanos. A solidariedade e a prosperidade vêm do trabalho no campo. Também é importante o culto à ancestralidade, por isso louva-se a continuidade da vida, por meio da figura feminina. Humanos e divindades são igualmente suscetíveis às incertezas. Não há o “mal”, mas há consequências para as ações que não contribuem com o equilíbrio pessoal e do todo.
ORAÇÃO AO PAI OLORUM(DEUS)
Amado Senhor Deus, hoje estou aqui para louvá-lo, aclamá-lo, adorá-lo e reverenciá-lo com todo o meu amor e minha fé em vosso poder.
Acolha-me neste momento, em vosso amor divino e envolva a mim e a todos os meus familiares e amigos, em vosso manto de luz viva, vivificando nossa alma imortal e inflamando em nosso íntimo a vossa centelha viva que anima o nosso espirito.
Pai amado, misericordioso e amoroso, nós vos amamos por serdes amoroso conosco e vos louvamos por serdes nosso Divino Criador e Pai Eterno. Faça de cada um de nós os vossos templos vivos, para quem quer que se aproxime de nós possa sentir a vossa presença sagrada.
Purifique-nos das impurezas, adquiridas quando caminhamos pelos desvios que nos afastaram do Senhor, colha as chagas de nossa alma ferida, quando caminhávamos na ausência do vosso amor e nos perdemos nos sombrios labirintos dos nossos desejos profanos.
Fortaleça nosso espírito, cansado e esgotado, por ter-nos afastado da vossa luz viva. Envolva-nos com vossas luzes vivas, purifique e regenere nossa alma, nosso corpo, nosso espírito e nossa mente, fortalecendo-nos no vosso amparo divino.
Conduza-nos para dentro dos vossos mistérios sagrados e unja a nossa alma imortal com os vosso dons divinos e eternos. Transborde em nosso íntimo o vosso amor e torne-nos uma extensão consciente do vosso poder para que, assim, transbordando-o em todos os nossos sentidos, sejamos acolhidos no seio do vosso mistério sagrado, Senhor nosso. Conceda-nos a honra e a satisfação de senti-lo em nossa alma, em nosso espírito e em nosso corpo, para que nessa vossa trindade possamos glorifica-lo e adorá-lo.
Que vós, que sois o espírito dos espíritos, santifique o nosso espírito para que santificados pelo Senhor manifestemos o vosso poder.
Conceda-nos a honra excelsa de manifestá-lo a partir de nosso amor e de nossa fé para que as pessoas ao se aproximarem de nós sintam a vossa presença sagrada.
Pai amado e misericordioso não se aparta de nós nenhum minuto se quer, mostre-nos o caminho o qual devemos percorrer até vós, livre-nos da emboscadas de nossos inimigos e de todas as suas más influências, proteja-nos de todas as energias negativas e espíritos obsessores, abra nossos caminhos espirituais, sentimentais e financeiros de acordo com nosso merecimento e necessidade. Amém.