segunda-feira, 31 de julho de 2023

Esses seres maravilhosos que na verdade parecem ser os melhores amigos do ser humano não são apenas animais que servem para cuidar ou acompanha

 Esses seres maravilhosos que na verdade parecem ser os melhores amigos do ser humano não são apenas animais que servem para cuidar ou acompanha


Pode ser uma imagem de texto que diz "A função energética dos cães. @despertarodivino"

Esses seres maravilhosos que na verdade parecem ser os melhores amigos do ser humano não são apenas animais que servem para cuidar ou acompanhar – sua existência tem um significado muito mais profundo.

Diz-se que os cães descendem dos lobos, e de fato compartilham semelhanças genéticas, mas a variação tão diferente entre os cães leva a pensar que há algo além de uma simples “domesticação”.

Alguns mencionam que os cães são seres que foram enviados das estrelas para ajudar os seres humanos a aprender sobre o amor incondicional. Isso não é impossível, considerando o fato de que um metal como o ouro, segundo estudos recentes, foi trazido por meteoritos para a Terra há milhões de anos. Com efeito, o corpo do cão nasce nesta dimensão física, no entanto, a energia que corre nele, não é necessariamente daqui.

Podemos pensar que o cão é um ser menos evoluído, no entanto, essa é uma ilusão de nosso julgamento. A evolução não é proporcional ao intelecto, nem à funcionalidade social. A evolução é um sujeito da alma e do espírito. Quantos humanos amam como o cão ama o seu dono? Isso é evolução, embora não haja complexidade intelectual. Isso não quer dizer que o ser humano seja menos evoluído, mas o cão é o professor do humano no que diz respeito ao amor incondicional.

De acordo com o sistema de energia dos cães (chakras), o plexo solar e o coração são a maior área neles. São seres receptores de energia. Eles vêm para proteger energeticamente seu companheiro humano. É por isso que é tão comum que, de repente, um cachorro fica doente, ou que, se o amigo humano estiver em risco, ele sente, ou que, após a morte do humano, ele se deixará morrer. Porque eles vêm com uma missão e, embora acreditemos que o humano é aquele que encontra o cachorro, é o contrário – Eles é chegam em momentos determinados, e procuram ficar conosco, ou simplesmente através da sincronia eles vêm à nossa vida. O humano pode acreditar que ele escolhe o cão, mas através de seu olhar, o cão nos reconhece e isso faz com que a “zona de empatia” seja ativada no cérebro e decidimos ficar com ele.

Os cães vêm ensinar amor incondicional: não julgam, não criticam, não se ofendem e não guardam ressentimento. O cão perdoa, ama e se entrega. Se o abandonamos ou maltratamos, a parte genética da sua estrutura primitiva do “lobo” começa a surgir, e então tornam-se agressivos, desconfiados, etc., mas carinho e cuidado (embora leve tempo) traz de volta a sua vibração natural de amor incondicional.

No plano da energia, como já dissemos, são receptores. Eles gostam de extra-sensorialidade e percebem não só se alguém quer prejudicar fisicamente seu parceiro humano, como também energicamente. Então eles recebem a energia primeiro, para que isso não afete aos humanos.

O ser humano quando dorme, entra em outras frequências, assim como o cachorro. Temos desdobramentos ou viagens, (astral ou etérico). O cão, mais do que qualquer coisa, é um guardião no plano astral, e pode ser diferente do que é neste plano físico. Provavelmente assumirá alguma forma que nossa mente reconheça para que não temamos e nos sintamos seguros, ou simplesmente será como observador, cuidando do nosso campo de energia.

Há casos documentados em que, em casas que são muito carregadas de forma negativa, o cão não quer entrar e, se entrar, muitas vezes morre porque recebe todo o impacto de energia.

O movimento contínuo da cauda, ​​ativa e melhora os primeiros chakras (base e sacro), aumentando o campo vibratório da pessoa. Nestes chakras é onde reside a força vital e a percepção sensorial extra. Um cão sempre aumentará a frequência emocional do ser humano.

Os cães vivem em média 8 vezes menos do que o humano, porque, como já dissemos, eles chegam com uma determinada missão. Nosso corpo se regenera em ciclos de 7 a 10 anos, muito parecido com a vida média de um cachorro. Eles nos acompanham, nos ajudam a aumentar a frequência emocional, a compreender o amor incondicional, a transmutar informação celular, curar, etc.

A razão energética do uivar do cachorro é porque sua sensibilidade consegue detectar vibrações negativas e densas e depois a denuncia (pode até perceber eventos em outras partes do mundo ou eventos que poderão acontecer). É comum que muitas pessoas digam que antes de grandes terremotos, por coincidência, seus cães uivavam constantemente.

O cão goza de uma existência multidimensional. É por isso que eles sentem quando algo aconteceu com seu dono.
Por “estética”, algumas pessoas cometem a crueldade de cortar sua cauda e suas orelhas, e isso equivale a mutilá-los também no plano energético (embora eles se recuperem), é totalmente desnecessário fazê-lo. Nas orelhas há conexão com o chakra coronário (responsável pela conexão cósmica), é por isso que as orelhas são como “antenas” dos cães. E na cauda, ​​como dissemos, está a força vital.

Finalmente, deve-se mencionar que quando o cão deixa seu corpo, ele permanece aqui, em uma dimensão mais sutil, mas ele sempre acompanhará seu companheiro humano. Eles são leais não apenas na vida, mas também depois de cumprir sua missão na Terra. 🐶

https://www.serinfinito

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Tranca Ruas das Almas É o Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos,

 Tranca Ruas das Almas
É o Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos,


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Tranca Ruas das Almas

É o Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos, aparador entre os homens e os Orixás, lutador incansável, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado. Senhor tranca rua das Almas um espirito muito doutrinado atuando dentro de seus mistérios, regendo seus domínios e os caminhos por onde percorre a humanidade.

Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada. Senhor dos caminhos, orixá mensageiro e vencedor de demandas.

Na UMBANDA, Exu Tranca Ruas não é considerado como um guardião, mas como uma entidade em evolução que busca, através da caridade, a evolução de si mesmo. Nao é uma peculiaridade só dos Exus, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Não existe espírito evoluído,como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio e Absoluto, “DEUS”.

A falange de TRANCA-RUAS é dividida em 7 sub-falanges. Cada sub-falange tem a direção de um Tranca-Ruas específico, como se fosse um batalhão - cada batalhão, um general.
1ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Almas;
2ª Falange comandada por Tranca-Ruas de Embaré;
3ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Ruas;
4ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Encruzilhadas;
5ª Falange comandada por Tranca-Ruas das Porteiras;
6ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Luas;
7ª Falange comandada por Tranca-Ruas das 7 Giras;

...Em síntese, O grande agente Mágico do Equilíbrio Universal...

Dr. Tranca Ruas tem o poder de fechar e abrir os caminhos para o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as almas perdidas e formar uma hierarquia para que todas as almas perdidas fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar, receber as oferendas que são depositadas nas ruas de qualquer cidade aonde Exu Tranca Ruas tem o poder absoluto (Dono da Rua).

Seu vestuário... Cartola sofisticada de época, sua capa varia nas cores azul turquesa, roxo e negro tendo contrastes em vermelho (decorada de safira de preferência amarelo dourada que simboliza sua riqueza e a presença de seu reino). É extremamente educado e fino, poderoso e sinistro. Transita além dos limites monóculos da bondade e da maldade. Guardião das casas, das vilas, das pessoas. Exu não tem nada haver com demônios, pois ele é a própria alegria da vida.

Tranca ruas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.
"O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturbado significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas atribuições: Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos e pena dos libidinosos.
Senhor "Tranca-Rua das Almas", senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé, livrando-nos de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de todos os seres iluminados; fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo.

Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro que nossos próprios atos;

"Senhor (Pai) Tranca-Ruas das Almas" agradecemos por tudo que fizeste aprender nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para todos os inimigos. Abençoe e guarde esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.

Palavra de ordem de Exu é “compromisso”! Por tudo isso ele não é e nem nunca foi traidor ou do “mal”.

Exu não faz mal a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau o mau que essa pessoa fez a outra. Ele devolve, às vezes com até mais força, os trabalhos que alguns fizeram contra outros. Por isso, algumas pessoas consideram esse Orixá malvado. 

Pombo-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

 Pombo-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas


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Pombo-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

Foi uma Rainha no seu tempo na terra, diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha. Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer.
A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filhos para deixar o trono como herança e tampouco parentes sangue azul para substituí-la após a sua morte.
Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao reinado a paz e a tranqüilidade que já não tinham mais.
Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado incalculável no oriente e a pediu em casamento, a rainha preocupada com destino da sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se.
Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível. A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido.
Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era conhecido como Senhor das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com inimigos astrais...
O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha.
Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades subordinadas que fizeram do Reino das sete encruzilhadas o maior reino do astral médio superior.
Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi resgatado pelos soldados da Rainha das sete encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela. O homem ainda atônico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por ter-la envenenado
E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior.
A Pombo-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na mão um cedro de ouro. Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. A Pombo-Gira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como "Dona 7" Se apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada , educada, inteligente e culta
Ao contrários que muitas pessoas pensam... é uma entidade calma e tranquila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias. 

História da Pombo-Gira Maria Padilha Rainha das Sete Catacumbas

 História da Pombo-Gira Maria Padilha Rainha das Sete Catacumbas

História da Pombo-Gira Maria Padilha Rainha das Sete Catacumbas

Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse: - Precisamos do sangue de um inocente! - Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos.
Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.
Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.
Já traíra seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz. Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou: - Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você. - Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução: - Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!
Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil? - De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você! Mas não se preocupe eu cuido de tudo. - Foi aí que ela falou do sangue inocente. - A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho? - Para fazer omelete, quebram-se ovos... Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente.
Levantou-se e saiu correndo apavorada. A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem todo de preto que a apontava com uma bengala: - Agora você tem que fazer! - Em outras ocasiões ele dizia: - Você não presta mesmo, nunca prestou! - Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão. - Cale a boca garoto dos infernos! - A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo. Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta. Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.

Saravá Maria Padilha das Sete Catacumbas!

LENDA DA MARIA PADILHA DAS 7 ENCRUZILHADAS

 LENDA DA MARIA PADILHA DAS 7 ENCRUZILHADAS


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LENDA DA MARIA PADILHA DAS 7 ENCRUZILHADAS

Núbia estava satisfeita e feliz.
Depois de uma misteriosa doença, sua prima, a rainha Velma, havia sucumbido.
E ela sabia do que se tratava, fora ela quem, diariamente, pingara gotas de um poderoso veneno nas refeições da soberana.
O caso amoroso que mantinha com o rei Alberto finalmente teria um final feliz.
Para ela, claro! Mal pode conter a alegria quando foi notificada da morte da prima.
Fez um tremendo esforço para derramar algumas lágrimas durante o féretro, porém seus pensamentos fervilhavam, imaginava os detalhes de sua coroação.
Havia o período de luto de no mínimo três meses, mas isso era de menos, Alberto estava totalmente apaixonado e faria de tudo para casar-se com ela o mais rápido possível.
Aí sim, a glória e o poder que sempre foram daquela tonta seriam dela para frente.
Várias vezes tivera que cobrir o rosto com seu lenço negro para que ninguém percebesse o sorriso de satisfação que aflorava em seus lábios.
Terminadas as exéquias, Núbia procurou pelo amante para dizer-lhe que estava pronta para ser sua nova mulher, esperariam o luto oficial e poderiam começar os preparativos para o casamento e coroação.
A reação de Alberto fez seu coração gelar:- Núbia foi você que matou minha mulher? Negou peremptoriamente.
Ela jamais teria coragem de fazer qualquer mal à sua prima, mesmo amando seu marido, pelo contrário, perdera noites de sono para permanecer à cabeceira da doente.
Como podia ele pensar isso dela? – Núbia! – Alberto estava gritando – A casa tem criados, será que você é tão imbecil que não percebe que eu descobriria?
O desespero tomou conta da mulher, sentiu que a situação havia fugido de seu controle.
Jogou-se aos pés do homem implorando perdão: – Eu te amo demais, não aguentava mais ficar longe de você!
As lágrimas corriam livremente. – Ela não te amava, sou eu que o amo!
Sem pestanejar, Alberto chamou pelos guardas palacianos e mandou que a levassem a ferros para o porão do castelo onde ficaria até que ele decidisse o que fazer.
Durante três anos permaneceu presa.
Chorava muito e amaldiçoava a todos.
O pior, porém era o fantasma de Velma que todas as noites a visitava.
A imagem da rainha surgia ricamente vestida e a olhava com piedade balançando a cabeça em sinal de desaprovação.
Nesses momentos os gritos que dava ecoavam pelos corredores do palácio.
Da bela e arrogante mulher, nada mais restava.
Tornara-se um trapo humano.
Um dia veio o golpe fatal.
A criada que lhe trazia as refeições informou-lhe que o rei havia anunciado seu casamento com uma jovem duquesa.
As horas que se seguiram a essa descoberta foram de horror, a imagem da rainha falecida permaneceu sentada no fundo do cubículo e não desviava o olhar tristonho de acusação.
Num acesso de fúria avançou sobre o espectro.
Debilitada, tropeçou nas próprias vestes e caiu batendo a têmpora na pedra onde Velma estivera sentada.
Seu espírito vagou por anos.
Aprendeu muito e descobriu que havia sido rainha em outras encarnações, mas que nunca fora exemplo de bondade ou compaixão. Como Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, readquiriu o porte majestoso de antigas vivências e segue em busca de evolução.
Sempre que está em terra lembra que há muito a aprender, mas que tem muito a ensinar.
Laroiê as Pombo-giras! 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

A Historia de Tatta Mulambo da calunga

 A Historia de Tatta Mulambo da calunga


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A Historia de Tatta Mulambo da calunga

Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado.

Maria cresceu sempre bonita e delicada.

Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era.

Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse.

Os anos se passavam e Maria não engravidava.

O reino precisava de um outro sucessor ao trono.

Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada. Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país.

O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.

No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima.

A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.

Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.

Combinaram tudo.

Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.

O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.

Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz.

E engravidou.

A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei.

O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer.

Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.

Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d’água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram.

Sua roupa era de rainha.

Jóias cobriam seu corpo.

Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo.

O rei enlouqueceu.

Seu amado nunca mais se casou, cultuando-a por toda a vida, à espera de poder encontra sua Maria.
No dia em que ele morreu e reencontrou Maria, o céu se fez azul mais límpido e teve início a primavera.

Assim a nossa Maria, que agora era rainha Maria Mulambo, virou lenda; e até hoje é invocada para proteção dos amores impossíveis…