Que tal iniciar nossa amanhã com uma prática respiratória?
BHASTRIKÁ PRÁNÁYÁMA
Que tal iniciar nossa amanhã com uma prática respiratória?
BHASTRIKÁ PRÁNÁYÁMA
Bhastriká em sânscrito significa fole. O nome provém da comparação entre o movimento do abdômen durante a respiração acelerada e o de um fole funcionando.
Esse respiratório ocupa um lugar muito importante dentro do Yoga. Produz uma oxigenação muito mais intensa que todos os outros, limpa os pulmões e as vias respiratórias e é altamente energizante e vitalizante, podendo eliminar o cansaço e a depressão em poucos instantes.
O bhastriká é um exercício que também pode utilizar-se associado à permanência nos ásanas, para acentuar os seus efeitos. Sugere-se usá-lo nas posições que permitam uma permanência mais prolongada, como anteflexões, torções ou ainda exercícios musculares.
Sentado no dhyánásana da sua escolha, com as costas bem eretas, faça por alguns instantes a respiração abdominal. Aos poucos, comece a acelerar o ritmo, contraindo ao máximo o abdômen a cada exalação. Isso deve produzir um ruído bem alto e forte. A inspiração acontece espontaneamente, quando o diafragma e o ventre se expandem.
Ao exalar, o diafragma se eleva e a musculatura reta abdominal se contrai vigorosa e rapidamente. Ao inspirar, o abdômen se projeta para fora. Ao exalar, ele se contrai com força.
Você poderá fazer vários ciclos desse respiratório, contando o número de exalações. No início serão algumas dezenas, que você irá progressivamente aumentando até vários centenares.
Após um certo tempo de prática, quando houver eliminado aqueles sinais de desconforto decorrentes do exercício (no início poderá sentir dores nos flancos, na região abdominal ou nas costas), você conseguirá aumentar ainda mais a duração de cada ciclo.
É aconselhável fazer uma retenção com pulmões cheios combinada com bandha no final de cada ciclo de bhastriká. Durante as primeiras vezes que o fizer, a fim de fortalecer e treinar a sua capacidade vital, sugerimos que você faça o kúmbhaka juntamente com jihva bandha (contração da língua no céu da boca) e ashwiní mudrá (contração ritmada dos esfíncteres do ânus e da uretra). Quando começar a fazer retenções prolongadas, utilize o jalándhara bandha (contração do queixo no tórax) combinado com múla bandha (contração dos esfíncteres).
Bhastriká pránáyáma feito com kúmbhaka deve ser praticado especificamente para ativar a kundaliní. De onde pode o medo da morte surgir ao yogi que realiza tapas (esforço sobre si próprio) e pratica diariamente com regularidade?Hatha Yoga Pradípika, III:122.
Preste atenção para não contrair a musculatura da fisionomia nem movimentar os ombros durante o exercício.
Efeitos: fortalece a parede abdominal, aumenta a circulação sangüínea e tonifica o sistema nervoso. Normaliza as funções dos aparelhos digestivo e excretor. Oxigena todo o organismo e revitaliza os tecidos.
No plano sutil, provoca um aumento relevante da consciência de si próprio e da força de vontade.