VISÃO ESPÍRITA DO AUTISMO
VISÃO ESPÍRITA DO AUTISMO
O autismo é um transtorno de desenvolvimento do cérebro que costuma aparecer nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social da criança, bem como gera a tendência a movimentos repetitivos.
Para entender a visão do Espiritismo sobre o autismo, é preciso primeiro entender a finalidade da reencarnação.
Na pergunta 132 de “O Livro dos Espíritos” encontramos a seguinte pergunta: “Qual a finalidade da reencarnação?”.
Allan Kardec explica que a reencarnação é imposta por Deus para que os espíritos possam evoluir até alcançar a perfeição.
Para alguns, a reencarnação é vista como uma missão, para outros, uma expiação.
Para alcançar a evolução plena, muitos sofrem karmas de existências corpóreas.
Há ainda uma outra finalidade da reencarnação: a de colocar o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para fazer a sua parte que o Espírito toma um corpo.
Quando a reencarnação acontece de maneira compulsiva, o espírito reencarna mesmo que não deseje retornar à terra, com a sua vontade.
Digamos que a entidade espiritual decida com firme determinação não mais reencarnar-se, mas, de repente, se veja obrigada a fazê-lo.
Aquele espírito pode não desejar reencarnar nunca mais ou pelo menos não naquele momento, mas ele não tem escolha e é forçado a isso.
E o que ele faz então? Desinteressa-se pela vida e pelo mundo ao qual foi forçado a estar.
O espírito não deseja a interação com a matéria, com os outros seres, por alguma razão oculta, e não vem programado para se interessar pelo mundo.
Os nossos estímulos, atrativos, dores ou cansaços são desinteressantes, limitados para esses espíritos.
Por isso, para estes espíritos – que o espiritismo associa aos autistas – quanto mais rudimentar e precária a comunicação entre ele e o mundo ao seu redor, menor será o seu envolvimento com este mundo.
O autismo pode ser uma atitude de rejeição face à reencarnação.
A FUNÇÃO DOS PAIS DE UMA CRIANÇA AUTISTA
Para a visão espírita, a função dos pais de crianças autistas é criar uma ponte que desperte o interesse de seus filhos autistas para este mundo.
Esta ponte deve ser criada com base no amor, na paciência, nos estímulos, sem nunca desistir diante dos fracassos que devem aparecer.
A criança precisa sentir-se bem-vinda, amada, querida naquele seio familiar, e a família deve-se mostrar disposta a ajudar a criança a ter sucesso e alcançar a sua evolução.