Hoje vamos conhecer um pouco sobre a Deusa Rainha das Bruxas na Stregheria (bruxaria italiana) ....A sra Feiticeira
Hoje vamos conhecer um pouco sobre a Deusa Rainha das Bruxas na Stregheria (bruxaria italiana) ....A sra Feiticeira
Aradia é na Stregheria a perpetuadora do Culto de Sua Mãe, Diana que é vista como a Rainha do Céu e da Terra, Senhora da Magia e a Deusa que criou o mundo.Em algumas vertentes da bruxaria italiana o culto triplicie se marca na Familia:
Na Mãe vista como a criadora do mundo e Deusa primordial, o pai que é seu irmão Dianus Lucifero ou simplismente Lucifer (Portador da Luz) que era o Deus da Beleza força e conhecimento e por fim, vem a Filha, Arádia. Enquando Diana personifica a lua, a escuridão e o feminino, Dianus personifica o sol, luz e o masculino. Arádia nasce como o equilíbrio destas duas polaridades, mas ainda assim na forma feminina, como a Deidade Primordial que era Diana. Arádia, antes de tudo, é o Sangue, a tradição gerada da união de seus pais. Dentro da Stregheria, o papel de Arádia é instruir, ensinar, e fazer a velha religião florescer, ou seja, perpetuar o culto, a tradição, o "Sangue dos Deuses".
De Diana, ela traz a maternidade e a sabedoria; de Dianus, ela carrega a força e o conhecimento. Como descendente de Diana e Dianus, ela é a representação da própria ancestralidade, a importância de cultuar aqueles que vieram antes de você. Ela é a Filha - e portanto nossa Irmã - que vem ensinar a Antiga Tradição.
Aradia viveu nos montes de Alban e florestas perto do lago Nemi, na Itália, junto aos escravos que haviam se libertado de seus senhores. Ali ela ensinou-lhes a Antiga Religião e pregava o amor pela liberdade. Sua forte presença e suas palavras cheias de amor, trouxe esperança para os camponeses que eram explorados pelos senhores feudais. Desta fora ela aumentou-lhes a auto-estima, deu-lhes o devido valor e ensinou-lhes a terem respeito por si próprios. Aradia colocou-os em harmonia com a natureza através de seus ritos sazonais e rituais da Lua Cheia. A Igreja Católica a perseguiu como "Rainha das Bruxas" e colocou-a na prisão. Lá foi torturada e sentenciada à morte. No dia da execução, não foi encontrada em sua cela. Tinha escapado milagrosamente e voltou a ensinar sua religião ao povo.
Pelas tradições orais referentes a Aradia, com base na Antiga religião da Itália, sabe-se que Ela viveu e ensinou durante a última metade do século XIV. O inquisidor italiano Bernardo Rategno documentou em seu Tractatus di Strigibus (escrito em 1508 d.C.) que uma "rápida expansão" da "seita das Bruxas" tinha começado 150 anos antes de sua época. Ratgeno estudou muitas transcrições referentes à Bruxaria nos julgamentos da Inquisição e pesquisando através dos anos, ressaltou o começo dos julgamentos de Bruxas, notando um rápido aumento deles por um período de ano. Seguindo um detalhado estudo desses registros (mantidos nos Arquivos da Inquisição em Como, Itália), Ratgeno fixou a época deste reflorescimento das Bruxas por volta de 1358, a última metada do século XIV.
No séc. XIV, Aradia ensinou que os poderes "tradicionais" de uma Bruxa pertenceriam àqueles que seguissem a Velha Religião. Ela os chamou de Dons, porque ela colocava que são apenas "um adicional" aos poderes de uma verdadeira bruxa, e não a razão pela qual alguém deveria se tornar uma bruxa.
Seu símbolo, após sua partida era, e ainda é, a Chama Sagrada que é acesa no meio do altar. Ela é o fogo perene de seus ensinamentos e de nossa ligação com o Espírito do Caminho Antigo.
Seus discípulos também foram perseguidos e muitos mortos e acredita-se que os pergaminhos, nos quais seus ensinamentos foram registrados, trancados no Vaticano. Alguns documentos históricos indicam a passagem de uma mulher peregrina pelo norte da Itália e indicam que talvez ela tenha passado seus últimos anos na Romênia.
Os ensinamentos de Aradia têm um cunho de simples entendimento e observação completa da Natureza. Ela fala sobre a Deusa Diana e o Deus Dianus ou Lúcifer; discorre como a Natureza é a maior de todas as professoras; deixa para os camponeses o valor e a importância do casamento baseado no amor e no respeito; sobre a força da sexualidade e sua magia; ela deixa um alerta sobre os cristãos, um cuidado que deveria ser tomado naquele momento de perseguição; e deixa um elenco de 13 "conselhos", que são conhecidos como "Covenant of Aradia": visando a convivência harmoniosa entre todos os seres da Criação.
Aradia é considerada uma "Avatar" feminina; uma Deusa que encarnou na Terra para trazer a liberdade para as classes oprimidas pelo clero e pela nobreza. Sua história foi contada de geração em geração pelos Clãs e famílias de Streghe. Parte de sua história pode ser encontrada na obra do folclorista Charles G. Leland, Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane.
Aradia era a doutrinadora da Antiga Religião da Deusa e também a protetora das bruxas. Era uma Deusa intelectualizada com a chama de uma Amazona em seu interior. É uma Deusa associada com a Lua Cheia, apresentando o espírito de uma "Donzela", somada à habilidade e presteza herdada de sua Mãe Diana e também a sabedoria de uma "Anciã".
Aradia é um símbolo para as bruxas atuais. Através de seus ensinamentos nós nos transformamos e nos unimos ao céu, à terra, à lua e ao universo.
Invocação à Deusa Aradia:
"Luna Mater dona Eros,
Mater Luna dona Eros
aperio, aperio
Noctis mysterium
Aradia, Aradia, Aradia, Aperio!
Edoceo Incantata!"
Tradução:
" Lua Mãe nos dê amor
Lua Mãe nos dê amor
Revele, revele
Os mistérios da noite!
Aradia, Aradia, Revele-se!
Nos ensina a magia!"
Beijos Encantados.....
#EncantodaLua