Olá me chamo Ana Júlia, mas podem me chamar de Menina do Cabaré! E essa é a minha história encarnada! Nasci e vivi num vilarejo simples, que pela sobrevivência, com apenas 10 anos, minha própria mãe, sim, minha mãe me ofereceu a um senhor por troca de algumas moedas.
Olá me chamo Ana Júlia, mas podem me chamar de Menina do Cabaré! E essa é a minha história encarnada! Nasci e vivi num vilarejo simples, que pela sobrevivência, com apenas 10 anos, minha própria mãe, sim, minha mãe me ofereceu a um senhor por troca de algumas moedas. Ele me violentou e em um minuto de distração, consegui fugir. Escondida no matagal, avistei uma moça com um vestido vermelho e cabelos negros se banhando na cachoeira, a coisa mais linda.
De repente ouço uma mulher lhe chamar, "Dona Padilha, já está tudo pronto"!Segui a moça de vermelho até um casarão onde ela adentrou. Bati na porta, a mesma me atendeu, pedi água e comida, e ela me deu.
Comecei a desabafar sobre o que tinha acontecido, ela me pediu detalhes do Senhor, e pasmem, ele era cliente da tal moça!
Depois do banquete me oferecido, ela me colocou num porão, passaram-se horas, ela voltou e disse que tava tudo resolvido (ela o matou).
Implorei pra ficar morando lá pois não queria ser vendida novamente, a noite ouvia músicas tocando e várias pessoas conversando, só saía de lá na luz do dia pra ajudar na limpeza.
Quando completei 15 anos fui ver quem eram aquelas pessoas, um homem me viu e disse a Dona Padilha que me queria, eles conversaram e ela foi até mim.
Eu por gratidão atendi o pedido de quem tanto me cuidou. Eu havia sido oferecido por 100 conto de réis, o preço que nenhuma outra e nem mesmo Dona Padilha nunca havia ganhado.
Pronto, era hora de começar a trabalhar!
Completei 15 anos e Dona Padilha me deu jóias de presente, na manhã seguinte fui agradecê-la e Dona Padilha estava debilitada, pois havia contraído a peste que rondava a Vilarejo.
Depois de 7 luas, Dona Padilha chamou todas ao seu quarto e disse que iria partir, deixando em carta carimbada o Cabaré e o seu trono em meu poder.
Pronto, começaram os olhos maléficos sobre mim. As 11:59 da noite daquele dia, Dona Padilha de foi. Esmeralda Vancez, eterna Dona Padilha.
No dia seguinte comecei meu comando deixado por Dona Padilha. Inocente e invejada, sem perceber me fizeram uma grande festa pra nova Rainha do Cabaré, as outras mulheres me deram jóias, vestidos, me abraçaram, organizaram tudo. Ela tinham ódio por eu ter herdado o trono, mas pra mim suou como respeito a nova direção.
A festa começou, sentei ao trono, e me foi oferecida uma garrafa de vinho, só pra mim. Aquele era o meu dia.
Na terceira taça comecei a sentir dores e tontura, me levantei, logo caí, e nunca mais meu corpo ficou de pé.
Ela me envenenaram com apenas 15 anos de idade.
Em meu velório teve festa, sim, festejaram minha morte. Eu com ódio de vingança e sem aceitar o fim voltei ao cabaré, com ajuda de alguns eguns tranquei as portas e derrubei todas as velas sobre os panos.
O cabaré estava em chamas, e eu recebendo o espírito de cada uma delas dando boas vindas.
Não é de hoje a traição, o orgulho, a soberba, a obsessão. Sempre vigiem quem está ao seu lado. Judas é íntimo e não estranho!
Tenho Dona Padilha Rainha do Cabaré como Mãe, apesar de não trabalharmos juntas ela sabe da minha gratidão! Laroyê Dona Padilha! Laroyê Menina!