terça-feira, 19 de abril de 2022

Bruxa Maldita! Esse foi o último suspiro daquele soldado que a perseguia, o punhal cravado no peito, seu sangue corria, foi vingança. Ela sumiu mata a dentro, Corria como louca, a retaliação chegaria e ela sabia que não haveria escapatória.

 Bruxa Maldita! Esse foi o último suspiro daquele soldado que a perseguia, o punhal cravado no peito, seu sangue corria, foi vingança. Ela sumiu mata a dentro, Corria como louca, a retaliação chegaria e ela sabia que não haveria escapatória.


Pode ser um desenho animado de ao ar livreBruxa Maldita! Esse foi o último suspiro daquele soldado que a perseguia, o punhal cravado no peito, seu sangue corria, foi vingança. Ela sumiu mata a dentro, Corria como louca, a retaliação chegaria e ela sabia que não haveria escapatória. A sociedade sempre foi absurdamente hipócrita, julgava as pessoas que tinham algum saber, por inveja ou raiva, principalmente mulheres que detinham de alguns dons, arte de curar, enfeitiçar, poções, previsões do futuro. Tais dons a própria natureza pela criação faz com que alguns tenham esses saberes. os ricos e poderosos entortavam os pescoços ao verem essas mulheres, faziam o sinal da cruz como se vissem a imagem do diabo, mas na calada da noite as procuravam em segredo para os mais variados fins, amores, sede de poder, feitiços, infusões que faziam qualquer um falar a verdade. Ela sabia que a morte lhe aguardava mas não estava arrependida, aquele homem torturou suas irmãs e as queimou, inquisidores malditos, a justiça não era do feitio deles, era pra mostrar poder, pra amedrontar qualquer um que fosse contra aquele sistema abusivo e cruel. Ela parou diante de uma enorme Figueira colocou suas mãos sobre a copa da árvore, onde retirou um pequeno baú, dentro dele estava um Grimório de capa de madeira e uma pedra com uma escritura antiga e atirou no fundo do Rio. Eles queriam o saber dela, e isso já não seria possível, águas para sempre levariam à herança dos seus ancestrais. A lua começava a nascer e clareava levemente as árvores, foi quando ela sentiu um profundo calafrio, era uma emboscada, estava cercada por todos os lados, inúmeros soldados que queriam sua cabeça. O destino das feiticeiras é um só, a fogueira. Presa por correntes de ferro, olhava um a um do seus algozes enquanto as chamas subiam, e para o espanto de todos ela soltou uma estridente gargalhada, a sua pele ardia em dores, mas foi a maneira que ela deixou a vida, zombou dos tolos, que eram cegos por uma lei que massacrava, Fantoches tinham mais vida que eles. As suas cinzas o vento levou, e seu espírito partiu. A alma que guarda saberes tem força, e ela receberia uma missão, em vida sua companhia eram as almas a quem ela invocava, em morte suas aliadas, servas. A fogueira foi só mais um capítulo de uma história que acabara de começar, a calunga agora é meu lar, reinar sobre elas, mostrar o caminho, foi na calunga que fui coroada, e recebi o Nome de Pomba Gira das Almas, sou mulher pra um exército inteiro, não brinque com meu nome, não faça injustiça pois farei o possível para que você pague, a evolução é através do trabalho, e o meu jamais eu deixo para depois.
Saravá Pomba Gira das Almas 🌹

Texto Junior Pereira