segunda-feira, 25 de abril de 2022

Um pouquinho sobre o Caboclo Tupinambá Caboclo Tupinambá é um espírito singular que personifica bem o Orixá Oxóssi.

 

Um pouquinho sobre o Caboclo Tupinambá
Caboclo Tupinambá é um espírito singular que personifica bem o Orixá Oxóssi.


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, ao ar livre e texto que diz "A lagarta não precisa de um milagre para virar borboleta. Ela precisa de processos. Não fuja dos seus processos necessários. Vivencie cada processo e suba um degrau de cada vez, na vida e na espiritualidade... Okê Caboclo!"Um pouquinho sobre o Caboclo Tupinambá

Caboclo Tupinambá é um espírito singular que personifica bem o Orixá Oxóssi.

De humor sereno e constante, é firme e combativo sem deixar de ser alegre e carinhoso.

Sábio, paciente e carismático, é realmente um paizão! Ou como ele mesmo diz, "Tupinambá é como o bambú: sabe se vergar e por isso não pode ser quebrado".

Eu tenho a honra de servir essa entidade e assim já se vão uns anos de parceria e confiança com esse Caboclo sensacional.

Sua maneira de pensar é extremamente otimista e para ele tudo sempre tem uma perspectiva positiva.

Ele nos diria que a vida é como um rio, com suas quedas de cahoeiras que limpam, purificam e fortalecem. Ensina ainda que quando deprimimos, quando revoltamos ou estamos desacreditados em relação à vida, é porque somente estamos desligados de seu fluxo. Basta voltar ao rio e a renovação ocorrerá quando menos percebemos.

A falange de Sr Tupinambá é imensa, o que não é de se estranhar se considerarmos o contigente de indivíduos dessa nação indígena que estiveram encarnados no Brasil do século XVI (cujo tronco ocupava quase todo o litoral do país).
E é essa grandeza que faz essa linha de Umbanda ser tão respeitada, seja pelos amigos, seja pelos inimigos.

Conhecidos por sua potencialidade guerreira, os Caboclos Tupinambás, ironicamente, conseguem como poucos evitar a guerra aberta contra falanges negativas, pois ninguém quer conflito com esta falange, senão em último caso, desafiar um povo tão forte, quantitativo e aguerrido. Assim, por seu próprio potencial de "vencer demanda", essa linha de Oxóssi é muito requisitada para alcançar as soluções "diplomáticas" que evitam o embate direto com o astral negativo.

E ainda que isso eventualmente não se faça possível, eles estarão lá com seus valentes guerreiros para garantir a vitória do bem sobre o mal no plano astral brasileiro.

A energia desses Caboclos, quando chamados nos terreiros, é intensa e muito agradável.

É tão vibrante a presença deles que quando seu ponto é cantado é comum ver vários médiuns incorporem ao mesmo tempo.

O chacra cardíaco se expande e se agita fortemente, fazendo o médium postar-se de forma bastante altiva ao final da corimba.
Aliás, a corimba é outra de suas características distintivas, marcada por uma sessão de giros continuados que, se são muitos, ao final dos trabalhos não deixam qualquer tontura no médium.

O espírito que, especificamente, tomou-me como cavalo, tem como principal roupagem, Penacho colorido e algumas vezes apenas verde e amarelo, de penas longas e brilhantes, colar de ossos ou dentes, braçadeiras de corda natural e uma pele sobre as costas. Corpo alto e atlético, cabelos longos e um grande alargador de orelha feito de bambu.

Assim ele se apresenta normalmente, mas em ocasiões festivas usa um cocar enorme que vai até os pés e pode ser verde, alaranjado ou colorido.

Já quando está em trabalho propriamente dito, sua indumentária muda completamente, assim como suas feições ficam mais marcadas e rústicas. Nessas situações sua fala fica mais difícil de ser compreendida (predominando o tupi guarani sobre o português), surgem mais adereços no rosto, em especial um grande osso atravessando o nariz, além de pinturas pelo corpo.

Por fim, a outra forma de apresentação que conheço dele (e, sinceramente, não faço questão de que ele a use) é quando está em guerra (demanda).

Aí é o seguinte: uma pena preta e verde na cabeça, um grosso traço de tinta preta sob os olhos, dobro de tamanho, as armas e nada mais.

Sr. Tupinambá está sempre acompanhado, seja por seus guerreiros, suas crianças, suas caboclas curadoras ou pelos velhos pajés feiticeiros da tribo.

São incontáveis trabalhadores espirituais que permitem que essa linha seja eficiente em quaisquer tipos de trabalhos (demanda, cura, energização, equilibrio, psicologia). E não posso deixar de mencionar seus inseparáveis animais: as jibóias, as onças e os javalis.

Sempre com ele os dois primeiros, fazem um trabalho único e precioso. As cobras limpam a sujeira do perispírito das pessoas e do ambiente da gira, as onças protegem e combatem o que é mais grosseiro e animalizado. Javalis são chamados quando o buraco é mais embaixo.

A quem conhece Caboclo Tupinambá espero ter colaborado com um pouco mais dessa entidade tão conhecida e importante da corrente astral de Umbanda.

A quem não o conhece ainda, e estiver a precisar de força, proteção, alegria ou de uma simples sensação de paz e bem estar, experimente cantar assim:

"Estava na beira do rio sem poder atravessar, chamei pelo Caboclo, Caboclo Tupinambá.
"Estava na beira do rio sem poder atravessar, chamei pelo Caboclo, Caboclo Tupinambá
Tupinamba Chamei tornei chamar
Tupinambá Chamei, chamei tornei chamar, êah".

Poderíamos definir o Sr Tupinambá em uma simples frase. “Grande Pai Caçador de Almas".

Axé