quarta-feira, 27 de abril de 2022

Os sete Orixás Linhas e Vibrações (3º parte de 4 partes) Verifica-se que vários estudiosos das religiões da raça negra, inclusive os já citados atrás, encontraram nas práticas religiosas desses povos concepções que por certo não lhes vieram ao conhecimento nos últimos séculos

 Os sete Orixás Linhas e Vibrações

(3º parte de 4 partes)
Verifica-se que vários estudiosos das religiões da raça negra, inclusive os já citados atrás, encontraram nas práticas religiosas desses povos concepções que por certo não lhes vieram ao conhecimento nos últimos séculos


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Os sete Orixás Linhas e Vibrações
(3º parte de 4 partes)

Verifica-se que vários estudiosos das religiões da raça negra, inclusive os já citados atrás, encontraram nas práticas religiosas desses povos concepções que por certo não lhes vieram ao conhecimento nos últimos séculos, pois são tão antigas como a própria humanidade.

A prova disso é a crença corrente entre os Nagôs sobre Obatalá e Odudua; na concepção de Obatalá, o céu-Deus, o rei dos Orixás, a quem coube promover a fecundidade, a criação, torna-se mais claro o reflexo de uma tradição quando dão o mesmo nome de Odudua a Obatalá, para significar o Céu e a Terra tocando-se, juntando-se no horizonte para gerar, isto é, a compreensão do Dois em Um, Divindade Andrógina, o mesmo que Obatalá o Princípio ativo, o Eterno Masculino, e Odudua o Princípio passivo, o Eterno Feminino.

Simbolizavam ainda essa junção, ora pela justaposição dos dois órgãos em funcionamento, ora por duas meias cabaças em forma de prato ou de cuia superpostas, a junção, dos termos Obatalá-Odudua é um reflexo de Schua-Y-Am-B uva, que significa, o Ser que existe por si próprio, que passou para a Etiópia da primitiva Raça Vermelha, e se ainda consultarmos Michel Manzi, verificamos que ele demonstra a existência de um continente submerso Atlântida, que possuía uma civilização e uma Religião, que, se compararmos, vamos encontrar a mesma de Rama, difundida pela Índia, África, Egito, etc.

Assim, chegaremos a compreender que uma Lei, uma Religião Original, foi a fonte de cuja água beberam os antigos sacerdotes negros que conheciam o valor integral da palavra, depois perdida, que sintetizava essa mesma Religião, essa mesma Lei e suas manifestações, ou seja, por suas Vibrações.

Vamos começar, portanto, demonstrando que Sete são realmente as Vibrações Originais ou Linhas e de Sete em Sete são os Orixás de cada uma.

Antes, porém, vamos dar uma definição do que sejam Vibrações: São as Manifestações de uma Lei em harmonia, que afere o Número, o Peso, a Quantidade e a Medida, do Átomo aos Turbilhões, emanadas em origem pelos Sete Seres de pura luz espiritual, ou seja, os Sete Espíritos de Deus.

São as Exteriorizações do Absoluto; não é Ele em si, vêm Dele, são Dele, mas ainda não são Ele Próprio, porque a Luz Indefinida, Indivisível, não é somada, nem subtraída, nem multiplicada.

Os Sete Espíritos de Deus coordenam essas vibrações que regem o movimento no Cosmos para todos os sistemas planetários, ou seja, do original, o Universo Máter, esta definição está clara e hermética, depende do evolutivo de quem a leia.

Quanto à palavra Orixá, queremos que fique bem claro ao leitor e umbandista, que identifica realmente o espírito que tem Uma Chefia.

Assim admitiam também os próprios africanos que viveram no Brasil e têm dado margem às mais disparatadas opiniões, por desconhecerem o significado real da palavra, pois, para os africanos, o Orixá podia ser, também, um espírito superior um guia que invocavam com cânticos e palmas, até a sua Manifestação, isto é, sua incorporação nos médiuns dos seus terreiros ou candomblés.

Este Orixá era expoente de uma força da natureza, de uma divindade.

Vamos recorrer, mais uma vez, a Nina Rodrigues: Mostrei, no Animisme Fetichiste, que a missa do sétimo ou do trigésimo dia do falecimento de uma filha de santo ou melhor, de pai ou mãe de terreiro, constitui um misto de práticas africanas e católicas, à missa católica, segue-se o candomblé funerário, em que se invoca o morto para conhecer suas deliberações últimas, a manifestação do espírito, ou é a do próprio morto, ou a do Orixá a que ele era votado e reproduz um dos Estados de Santo comuns.

Se o Orixá não encontra quem aceite as responsabilidades de prosseguir no culto que dirigia o morto, ou se não acha, nos presentes, alguém digno dessa honra, as insígnias e ornamentos, os ídolos e seus altares são levados, a horas mortas, em misteriosa procissão, a uma água corrente, a fim de que o regato, rio ou maré vazante os conduzam à África, onde, estão certos, os negros, infalivelmente irão ter.

Cremos que, pelo exposto, a concepção sobre Orixá não era, exclusivamente, a de um Deus ou a própria força divinizada da natureza que vinha se Manifestar, Incorporar.

Agora que situamos bem o que são Vibrações, Linhas e Orixás, vamos determinar o sentido real da palavra Orixá.

Esta palavra, que é Orishá ou Orisá, foi por contração, extraída da primitiva Orishalá ou Orisá-Nlá e tem sua origem nas línguas Árabes, Persa, Egípcia, Sânscrita, Vatan ou Adâmica etc., que havia chegado à raça negra, de outros povos, especialmente dos Árabes, assim ela foi abreviada para melhor aferir na pronúncia, o S yorubano ou nagô tem o som de CH ou X, e vejamos então o que ela traduzia pela original Orishalá ou Orisá-Nlá ou ainda suas variações Orinchamallah ou Orichalah, que gerou Orixalá, da maneira que pronunciamos.

Façamos a divisão em sílabas deste termo sagrado: a primeira, Ori, que é a mesma Orin, vem de Ilorin e esta, de Elohim, que significa a mesma Ori e interpreta-se como divindade, mas em sentido de astralidade.

Exemplo: Luz-Reflexo.

A palavra Aelohim do hebraico, que traduziram como Deuses, na Gênese, de Moisés, tem o seu sentido real de Luz, Astralidade, etc.

A segunda, Sha ou San ou ainda Cham ou Cha, que gerou Cha ou Xã, que é igual ao Sa sibilante do nagô, traduz-se como Fogo-Senhor-Dirigente.

A terceira, Allah au Alah ou Nla ou La, que os árabes chamam Deus e, nos alfabetos primitivos, têm o mesmo significado, até na língua Kanúri, dos ditos africanos, Alá quer dizer o Céu, em sentido místico.

Juntando-se essas sílabas falantes, verificamos que os africanos, e nós também, a pronunciamos assim: Orixalá, que significa A Luz da Fogo Divino ou Luz do Senhor Deus , que corresponde a Iluminados pela Divindade, pelo Conhecimento, pelo Saber, etc.