quarta-feira, 27 de abril de 2022

Estudo Sobre as linhas dos Exus Ao bondoso Pai Amantíssimo, aqui estou, novamente, com a gloriosa Umbanda. Vou tratar de um assunto dos mais delicados, e também dos mais perigosos, quando praticado por pessoas carentes de esclarecimentos e prisioneiras da maldade.

 Estudo Sobre as linhas dos Exus

Ao bondoso Pai Amantíssimo, aqui estou, novamente, com a gloriosa Umbanda.
Vou tratar de um assunto dos mais delicados, e também dos mais perigosos, quando praticado por pessoas carentes de esclarecimentos e prisioneiras da maldade.


Pode ser uma imagem de 2 pessoas
Estudo Sobre as linhas dos Exus

Ao bondoso Pai Amantíssimo, aqui estou, novamente, com a gloriosa Umbanda.

Vou tratar de um assunto dos mais delicados, e também dos mais perigosos, quando praticado por pessoas carentes de esclarecimentos e prisioneiras da maldade.

Por nossa fé e por vossa fé.

Para fazer estes estudos que serram postados consultei os meus Guias Espirituais, pedindo suas proteções e permissão do meu protetor e amigo Espiritual, pois a nossa querida Umbanda precisa ser divulgada em todos os sentidos, no lado bom da vida espiritual, e no seu lado oposto, precisa de esclarecimento.

Caros irmãos em meus estudos sempre busquei auxilio dos meus guardiões e sempre busquei respeitar suas orientações pois temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira.

Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela sentinela que guarda e toma conta das ruas

Obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa.

Podemos também ver os Exús como aqueles trabalhadores alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”.

Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido.

E as Pomba-giras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação.

Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos...

Isto é uma coisa absurda e vulgar...

O trabalho da Pomba Gira é sério.

É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas.

De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O papel desse guias tão conhecidos da nossa Umbanda é o de fazer a limpeza espiritual e também são mensageiros de Orixás e Caboclos, muitas vezes podendo trazer recados diretos de algum desse guias.

A função da obrigação de Exú é basicamente para fazer com que o Exú assuma no campo a função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a altura de sua amizade e respeito.

São espíritos de luz em busca de evolução.

Que estão altamente compromissados com as esferas superiores, com os guias e protetores do médium e com toda a egrégora de luz da Casa na qual o médium está inserido.

Trabalhando diretamente com esta egrégora eles auxiliam no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do terreiro que fazem parte.

Sendo assim também ressalto que Exu não trabalha por trocas, ou seja, não irá auxiliar você somente se lhe der algo, uma "marafa", um "pito" ou qualquer presente que seja do gosto desse guia, estão aqui para adquirir evolução, e isso não se compra, se adquiri, por isso deixo aqui bem claro que o serviço desses guerreiros da nossa umbanda é divino e muito sério, porém os métodos diferem de casa e de ritual.

Sua energia também é mais densa. Consequentemente a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou mais similar) a vibração de terra, exigindo do médium um nível de elevação diferenciado do que quando vai incorporar um Caboclo ou Preto Velho ou até mesmo outro Guia.

Ou seja, quando o médium se prepara para a incorporação, ele tem que se concentrar e elevar a sua própria vibração, enquanto a entidade incorporante baixa a sua.

Quanto mais evoluída for a entidade incorporante, mais sutil é a sua energia e mais exigirá do médium concentração e elevação para a incorporação.

Cada exu (ou pomba-gira) tem sua companhia, o seu par, atuando como seu braço direito, a qual, sempre acompanha seu companheiro.

Este "casamento" é um casamento espiritual, que tem como função o equilíbrio do médium e dos serviços realizados pelos seus Exus, também deixo claro que não é possível em caso de obrigação (assentamento de Exu), fazer a mesma só para um, ou seja, sentar somente o Exu ou somente a Pomba Gira ( como já foi explicado é o casal).

Caso isto ocorra resultará em um desiquilíbrio na vida pessoal e espiritual do medium.

Também deixo entendido que se uma mulher tiver o Exu como seu Guia frenteiro ou vice-versa, isto não tem nenhuma ligação com a sexualidade desta pessoa, também como a entidade que é grosseira, ou que confunde o trabalho espiritual, e acredita que pode encontrar durante uma sessão um par material, entre outras coisas, me desculpem médiuns, mais isto não é da Entidade, Guia ou como queiram chamar e sim falta de doutrina do médium.

Exemplo: uma Pomba Gira não está em uma sessão para se relacionar com um Exu, para ficar embriagada ou para qualquer outra coisa material, que não tenha ligação com o plano espiritual, pois o trabalho que é feito é algo muito sério.

Exu, identificado comumente com um ser matreiro e amoral para os padrões ocidentais, sofreu modificações importantes desde a sua vinda da África, com os escravos, até a sua apropriação pela Umbanda.

Essa entidade ocupa uma função ímpar entre as demais divindades cultuadas pelo Candomblé e pela umbanda, possivelmente o culto que ainda mantém a representação de Exu mais próxima da originária.

Nessa representação é ele quem tem o papel/poder de servir como elo de comunicação entre os demais orixás e desses com os homens.

Sua função é o próprio estabelecimento e manutenção da ordem do mundo espiritual.

Além disso, desempenha tarefas específicas determinadas pelos orixás, servindo como uma espécie de mensageiro/ instrumento.

Sua identificação histórica com o diabo cristão se estabeleceu, portanto, não devido a suas características funcionais, mas sim a aspectos relativos a sua aparência.

A rejeição do culto aos orixás e as perseguições empreendidas pelos senhores brancos criaram nos escravos a necessidade de encontrarem entidades cristãs que os representassem.

Como Exu é uma divindade do fogo, à qual eram atribuídos chifres, membro viril e sexualidade sem freios, assemelhando-se à representação do diabo cristão, a entidade escolhida foi o demônio.

Na Umbanda, a figura de Exu vai ser construída num amálgama de suas funções no Candomblé e sua percepção como demônio cristão.

Em princípio existem quatro gêneros de espíritos que compõem o panteão umbandista; podemos agrupá-los em duas categorias:

a) espíritos de luz: caboclos, pretos-velhos e crianças - eles formam o que certos umbandistas chamam de 'triângulo da Umbanda';

b) espíritos das trevas - os exus.

A ordem de apresentação também se constitui em ordem de valor.

Pode-se, através dos atributos de cada entidade, relacioná-las, de forma geral, às seguintes imagens: índio idealizado romanticamente, negro escravo e ainda submisso, criança branca e homem da classe baixa, cuja falta de valores de nobreza o tornam propício às funções braçais e inferiores.

Além desses quatro grupos principais, também podem ser encontrados baianos, boiadeiros, marinheiros, ciganos e médicos, entre outros.

Deve-se observar que a posição subalterna de algumas entidades é compensada por um fator fundamental para a sua valorização: são justamente essas que dão consultas e, por consequência, exercem contato e influência mais próximos aos fiéis do que aquelas que se encontram em mais alta posição na hierarquia espiritual.

No caso dos exus essa proximidade deve ser entendida, sobretudo, como afinidade, uma vez que eles são as entidades mais próximas do homem comum, com suas aflições e incertezas.

Essa afinidade pode ser reafirmada pelas características da possessão na Umbanda.

Segundo definição, a possessão é a ... forma de contato com o sobrenatural através da incorporação de entidades espirituais nos iniciados que, momentaneamente despojados de suas características individuais, passam a agir sob a influência daquelas entidades; em alguns contextos o mesmo que transe.

Na Umbanda, onde o transe se encontra entre as representações individual e mítica, atualizando personagens que se encontram presentes no cotidiano e na memória popular, as entidades se encontram mais próximas do mundo dos homens, uma vez que já viveram e possuem, assim, história objetivada em locais, funções desempenhadas e características pessoais.

Aquelas entidades que não possuem uma vida objetivamente localizada constituem o que podemos chamar de categorias vazias, papéis sem personagens.

Essas personagens podem, assim, ser construídas pelo próprio médium, utilizando a sua própria história para gerar categorias com sentido.

Esse fato faz com que seja possível o estudo de determinadas relações sociais que considere a análise da dinâmica que se estabelece no interior da prática umbandista, através da própria interação entre suas entidades, por exemplo, nos pontos cantados.

Nas religiões afro-brasileiras, todo cerimonial é cantado ao som dos atabaques, e quase todo também dançando.

Os pontos-cantados da umbanda são instrumentos de identidade das entidades.

Considerando que as cantigas se constituem em instrumentos que atualizam a identidade das entidades a partir de elementos e personagens do cotidiano, o presente trabalho tem como objetivo a caracterização dos Exus e Pombas-Giras, através dos pontos cantados da Umbanda, destacando os aspectos que possibilitam uma articulação com componentes do imaginário social brasileiro.

A saudação aos Exus

A saudação ao Exú é Laróyè= salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”.

Exu Vigia as passagens, abre e fecha os caminhos.

Por isso ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar caminhos para progredir, além disso, protege contra perigos e inimigos.

Os Exus, Seus Nomes e Seus Significados ou Representação

Linha- Oxalá;
Exu Guardião - Sete Encruzilhadas;

Significado do Nome

Representa os diversos caminhos abertos em nossas vidas; representa ainda o livre-arbítrio professado na religião de Umbanda e consequentemente nossa liberdade na escolha de nosso próprio caminho.

Linha- Iemanjá e Nanã
Exu Guardião - Marabô

Significado do Nome
MA: Verdadeiramente
RA: envolver
ABÔ: proteção
Aquele que envolveu perfeitamente com sua proteção ou Salve aquele cuja força protege.

Linha- Xapanã/ Omolu
Exu Guardião - Caveira

Significado do Nome
Representa nossa mais profunda transformação, aquela onde nossa parte material já se encontra em profunda degradação e, no entanto, nossa alma permanece em evolução.

Linha - Ossanha
Exu Guardião - Sete Capas

Significado do Nome
Representa o momento de transição final; é o Exú da hora da passagem; responsável pelo corte do cordão fluídico no momento final dos filhos de Umbanda.

Linha - Xangô e Iansã
Exu Guardião - Tiriri

Significado do Nome
TI: com grande força
RIRI: valor e mérito.
Aquele que protege com grande força aos que tem valor e mérito.

Linha- Oxum
Exu Guardião - Veludo

Significado do Nome
Representa a doçura, a delicadeza mas também a força, a resistência. Representa ainda a riqueza material e espiritual trazidas pela Linha à qual serve.

Linha - Ogum e Ibeji
Exu Guardião - Tranca- Ruas

Significado do Nome
Representa um grande poder de defesa para aqueles que a ele se dirigem; defesa contra aqueles que nos desejam o mal, contra nós mesmos e contra aqueles pensamentos e ações que tendem a impedir nossa evolução.

Assim como há as sete linhas que regem e organizam as forças existentes dentro da Umbanda, dentro da Quimbanda o mesmo acontece e processa, pois como se sabe, "tudo que há em cima, há em baixo."

1ª Linha - Linha Malei - Chefe - Exu Rei, é composta por 7 falanges, cada qual com seu chefe, e seus sete respectivos subordinados.

1 - Exu Rei das Sete Encruzilhadas
2 - Exu Marabô
3 - Exu Mangueira
4 - Exu Tranca Ruas das Almas
5 - Exu Tiriri
6 - Exu Veludo
7 - Exu dos Rios ou Campinas
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha das Sete Encruzilhadas

2ª Linha - Linha das Almas - Chefe - Omulu, encontra-se nesta linha espíritos vulgarmente conhecidos como omulus.

1- Exu Mirim
2- Exu Pimenta
3- Exu 7 Montanhas
4- Exu Ganga
5- Exu Kaminaloá
6- Exu Malê
7- Exu Quirombô
Pomba Gira - Pomba Gira das Almas

3ª Linha - Linha do Cemitério ou dos Caveiras - Chefe - Exu Caveira

1- Exu Tatá Caveira
2- Exu Brasa
3- Exu Pemba
4- Exu do Lodo
5- Exu Carangola
6- Exu Arranca Toco
7- Exu Pagão
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha dos Cemitérios

4ª Linha - Linha Nagô - Chefe - Exu Gererê

1 - Exu Quebra Galho
2- Exu 7 Cruzes
3- Exu Gira Mundo
4- Exu dos Cemitérios
5- Exu da Capa Preta
6- Exu Curador
7- Exu Ganga
Pomba Gira- Pomba Gira Maria Padilha

5ª Linha - Linha de Mossorubi - Chefe - Kaminaloá

1- Exu dos Ventos
2- Exu dos Morcego
3- Exu 7 Portas
4- Exu Tranca Tudo
5- Exu Marabá
6- Exu 7 Sombras
7- Exu Calunga
Pomba Gira - Pomba Gira Maria Molambo

6ª Linha - Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Chefe - Exu Pantera Negra

1- Exu 7 Cachoeiras
2- Exu Tronqueira
3- Exu 7 Poeiras
4- Exu da Matas
5- Exu 7 Pedras
6- Exu do Cheiro
7- Exu Pedra Negra
Pomba Gira - Pomba Gira da Figueira

7ª Linha - Linha Mista - Chefe - Exu dos Rios ou Campinas.

Sendo esta Linha composta por Kiumbas, é esta apenas regida pelo Exu dos Rios ou Campinas, tendo como polo passivo da linha, Pomba Gira, ou seja todas as Pomba Giras.

EXÚ MIRIM
Existe na Umbanda, uma linha de "Crianças ", conhecida como "Exús -Mirins", pouco abordada por autores umbandistas e muito pouco conhecida, sendo tabu para muitos Templos que muitas vezes , chegam a duvidar da existência dessas entidades.

Os Exús-Mirins são "crianças desencarnadas comuns", são Almas de Crianças que estão ligados aos Exús , entretanto com um poder de realização muito forte e atuante quando utilizado em favor dos que trabalham na luz ou para ela.

Encontramos em alguns Exús de Lei ( Exús que trabalham dentro da Lei da Umbanda) o conhecimento de como lidar com essas misteriosas e intrigantes Entidades, pois Eles têm como ajudar em sua evolução.

Os Exús Mirins apresentam-se muitas vezes um pouco arredios e nota-se a total despreocupação com o perigo, o que os tornam as vezes presas fáceis de manipular em algumas situações, no entanto, quando corretamente doutrinados por uma chefia séria.(tanto no Plano Astral, como no Plano Físico , se mostram excelentes no trabalhos.

Devemos ter respeito absoluto por essas Entidades e o não preconceito quanto à sua manifestação.

Como todos nós sabemos, nenhuma manifestação que ocorra sob um amparo de luz, foge ao bom senso de seus praticantes, por isso, essas Entidades por mais "espuletas" que possam parecer não atravessam os limites de conduta impostas pelos Guardiões de Luz de um Templo.

Costumam beber licor, pinga com mel, Coca Cola, depende do ritual realizado no terreiro.