Tem um espírito do meu lado. O que faço?
Há Espíritos que em seu desencarne não compreendem seu estado espiritual. Em muitos casos, eles ficam presos em suas casas próximo de pessoas conhecidas.
Estes Espíritos não tão elevados moralmente não querem fazer o mal e nem se caracterizam pela obsessão. Nesses casos alguma ligação material ou com a família os prende a este mundo, dificultando sua passagem.
Os recém desencarnado podem ficar em busca de uma ajuda que os conduza ao socorro. Quando esses espíritos encontram algum tipo de luz eles a procuram como uma oportunidade.
As casas espíritas ou até mesmo pessoas mais elevadas podem contribuir com o socorro desses espíritos.
O conto abaixo relata uma situação com o personagem Mateus. O Jovem de 16 anos se comunica com um espírito de uma menina através dos sonhos e sua avó Clara irá auxiliá-los nesta situação.
Um Ponto de Luz
Mateus acordara naquela manhã de domingo com um pouco de medo de seu sonho. Sua mãe havia ido viajar a trabalho e sua avó estava na casa com o jovem.
Tada a família de Mateus era espírita e frequentavam um centro no bairro onde moravam. Porém, o que mais apresentou sinais de mediunidade foi o jovem que já participava de aulas no centro espírita, como indicado.
Ao acordar, Mateus foi até sua avó que preparava o café para lhe contar o sonho que havia tido.
-Bom dia querido.
-Bom dia.
Sua voz denunciava os sentimentos. Algo que Mateus queria falar.
-Você está bem? – Clara havia percebido e media as palavras para não deixá-lo incomodado. – Quer falar algo?
-É, preciso.
O jovem estava um pouco assustado, mas sabia que podia falar para sua avó Clara, ela o ajudaria.
-Pode falar, querido.
-Eu sonhei que estava no meu quarto, mexendo no computador e com a janela aberta. As cortinas começaram a balançar. Não estava ventando, mas ainda assim levantei para fechar a janela.
Sua avó sentara à mesa e ouvia atentamente. Mateus ficou até mais eufórico contando o sonho e dava pequenas pausas olhando para o quintal, era quando ele buscava em sua memória os detalhes. Continuou Mateus:
-Quando me virei para abrir a porta do quarto foi quando tomei o susto. Era uma menina com uma camisola fina na cor creme. Deveria ter por volta de 12 anos. Eu fiquei parado…
O jovem tivera que pausar mais uma vez, agora por emoção. Clara com toda a calma encheu as xícaras do café que acabara de passar e ainda exalava aquele cheiro de fazenda, que se completava com o pão quente que trouxera da padaria a pouco.
-Ela olhou para mim e disse que viu um ponto de luz e que precisava de ajuda, apenas por isso que veio. Foi quando acordei e ainda pude sentir sua presença.
Clara deu mais um gole de café, respirou e começou a falar:
-Então meu querido, há espíritos que desencarnam e não entendem sua situação ou precisam de ajuda para serem socorridos. Sua luz a trouxe para perto, e isso é um sinal que este espírito quer ajuda e que viu em você uma luz que ele precisa.
–Ela… – Interrompeu o menino.
A avó sorriu e percebeu que seu neto se preocupava, apesar de estar impressionado.
– Faça uma oração, sempre que acordar assim ou não conseguir dormir. E hoje antes de dormir faça uma prece para esse… para a menina do seu sonho. Ela receberá ajuda e será socorrida em breve.
O assunto do sonho se encerrou. O dia em que Mateus passou contribuiu para esquecer a conversa que teve com sua avó. Ambos receberam a mãe do jovem que voltava da viagem e no final da tarde Clara voltou para sua casa.
Quando a avó de Mateus acordou no dia seguinte viu em seu celular uma mensagem de seu neto. Ele tinha que acordar cedo para ir para a escola, mas não era comum mandar mensagens naquele horário. Clara então começou a ler o texto:
“Ontem eu fiz a prece como a senhora recomendou. Quando acordei hoje lembrei do sonho que tive esta noite. A jovem estava no meu quarto, como antes, mas desta vez com um moço de branco ao seu lado. Ela me agradecia pela ajuda, por ser o ponto de luz que a salvou. Obrigado vó.”