São Francisco de Assis: História e Orações
São Francisco de Assis Protetor dos pobres, humildes e dos animais, quando precisa de uma graça esse é o santo importante para pedir sua benção.
Quem foi São Francisco de Assis?
Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis, foi um frade católico nascido na atual Itália.
Depois de uma juventude mundana, ele voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que inovaram o Catolicismo de seu tempo.
Quando começou a fundação das obras de assis?
Tomando ao pé da letra o que o crucifixo de São Damião ordenara, Francisco iniciou sua nova vida como pedreiro, ajudando a reconstruir diversas igrejas nos arredores de Assis – esta de São Damião, a de São Pedro e a da Porciúncula, que segundo São Boaventura era a que ele mais amava.
Nela descobriu, em 1208 ou 1209, na leitura de uma passagem do evangelho de Mateus, as linhas gerais que orientaram sua vocação:
Dessa forma, de devoto passou a ser missionário, e começou a pregação da palavra divina, fazendo seus primeiros conversos, entre eles Bernardo de Quintavalle, um rico burguês de Assis, que vendeu tudo o que tinha para dar aos pobres, Pietro Cattani, que foi mais tarde seu sucessor na Ordem, e o Irmão Giles.
Nesse período inicial, segundo Celano, teve uma revelação do futuro brilhante de sua Ordem, e ao mesmo tempo das provações que estavam pela frente.
São Francisco de Assis Tendo reunido mais um grupo de seguidores, dirigiu-se para Roma a fim de obter do papa a autorização da primeira Regra para a fundação de sua Ordem, a chamada Regra primitiva, que prescrevia uma pobreza absoluta para os monges e para a Ordem, em imitação literal da vida de Jesus Cristo e seus apóstolos conforme narrada nos Evangelhos, que não possuíam nada pessoalmente nem em comum.
Anos Finais de São Francisco de Assis
Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando, segundo seus biógrafos primitivos, seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo.
No Natal de 1223 São Francisco de Assis foi convidado pelo senhor de Greccio para celebrar a festa numa gruta com pastores e animais, desejando recriar o nascimento de Cristo em Belém, sendo a origem da tradição dos presépios.
Na primavera seguinte, viajou para a Porciúncula a fim de assistir a reunião do Capítulo Geral, e em seguida retirou-se para o santuário do Monte Alverne, acompanhado dos irmãos Leo, Ruffino, Angelo, Silvestre, Illuminato, Masseo e talvez também Bonizzo.
Muitas vezes os deixava e se embrenhava nas matas, a fim de meditar solitário, levando consigo apenas os Evangelhos e comendo muito pouco.
Durante uma dessas meditações, em 14 de setembro de 1224, no dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz, no Monte Alverne, acompanhado do Frei Leo, Francisco viu a figura de um homem com seis asas, semelhante a um serafim, e pregado a uma cruz, e à medida que continuava na contemplação, que lhe dava imensa felicidade mas era sombreada de tristeza, sentiu se abrirem em seu corpo as feridas que o tornaram uma imitação do próprio Cristo crucificado.
Foi, dessa forma, o primeiro cristão a ser estigmatizado, mas enquanto isso lhe trazia alegria, sendo um sinal do favor divino, foi-lhe motivo de muito embaraço e sofrimento físico. Sempre tentou ocultar os estigmas com faixas e seu hábito, e poucos irmãos os viram enquanto ele viveu.
Mas eles lhe causavam muita dor e com isso dificultavam seus movimentos, além de sangrarem com frequência. Muitas vezes teve de ser carregado por não poder andar, ou teve de viajar sobre uma mula, o que não era permitido aos irmãos por ser um luxo.
Também padeceu de outras enfermidades, ficou quase cego, e as suas dores de cabeça eram terríveis, mas apesar de receber ordem de procurar tratamento, os médicos nada puderam fazer para aliviá-lo.
São Francisco de Assis Passou algum tempo sob os cuidados de Clara, e ali deve ter composto, em 1225, seu Cântico das Criaturas, mas sua condição se deteriorava diariamente, e ditou seu Testamento.
Melhorou então, e viajou para um eremitério perto de Cortona, mas ali piorou novamente, e foi levado para Assis, hospedando-se na casa do bispo em meados de 1226. Pouco depois, pediu para ser levado à Porciúncula, para que pudesse morrer entre os irmãos.
São Francisco de Assis Sentindo a morte próxima, solicitou a uma amiga romana, a nobre Jacopa de’ Settesoli, que trouxesse o necessário para seu sepultamento, e também alguma comida bem preparada, que ele havia provado em sua residência em Roma e que deveria aliviar seu sofrimento.
Foi despedir-se de Clara e das irmãs em São Damião e voltou à Porciúncula, deu instruções para ser sepultado nu, e no pôr do sol de 3 de outubro de 1226, depois de ler algumas passagens do Evangelho, faleceu rodeado de seus companheiros, nobres amigos e outras personalidades.
As fontes antigas dizem que, nesse momento, um bando de aves veio pousar no telhado e cantou.
Logo em seguida, o Irmão Elias notificou a todos de seu desaparecimento e divulgou sua estigmatização, até ali mantida em sigilo, seu corpo foi examinado por muitas testemunhas a fim de comprová-lo, e o povo de Assis e dos arredores acorreu para prestar-lhe sua última homenagem.
São Francisco de Assis Foi enterrado no dia seguinte na igreja de São Jorge. Menos de dois anos depois, o papa Gregório IX foi pessoalmente para Assis para canonizá-lo, o que aconteceu em 6 de julho de 1228 com grande pompa.
Em 1230, foi inaugurada uma nova basílica em Assis, que recebeu seu nome e, hoje, guarda as suas relíquias e abriga o seu túmulo definitivo.
A basílica foi decorada no fim do século XIII por Giotto di Bondone com uma grande série de afrescos que retratam a vida do santo.
Oração para São Francisco de Assis
Senhor São Francisco de Assis,
Fazei de mim um instrumento de vossa paz !
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz !
Ó Mestre,fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado eé morrendo, que se vive para a vida eterna !