Uma mulher vitoriosa Quem é essa mulher que hoje trabalha para Deus como curadora dos humanos?
Vamos contar a história de uma mulher que se tornou médica às custas de uma família muito rica. Ela era casada com um homem de posses e esse homem a amava porém o fato dela ser pobre e ele não, causava nele a impressão de que ela era menor que ele. Ela era sim mais vulnerável pois não tinha mais ninguém por ela e naquela época, em torno de 1890, as mulheres mal tinham oportunidades.
Neste contexto social, ela se separou do marido e por isso sofreu o pão que o diabo amassou.
Apesar do diploma de médica ninguém na cidade queria contratá-la nem se consultar com ela por preconceito e porque a família do marido que havia lhe pagado os estudos eram muito poderosos e ficavam contra quem fosse a favor dela.
A família rica queira dificultar a vida da mulher a ponto de ela se prostituir como única saída para seu sustento. Quando chegou no limite e já estava morando na rua e passando fome, a família ofereceu à mulher que participasse de uma clínica clandestina que realizava abortos, fazia cirurgias e testes científicos bizarros. Eles disseram à ela "Essa é sua única chance."
O que você faria se fosse essa mulher?
Ela não aceitou. Ela se horrorizou e preferiu deixar a cidade, mas quem veio atrás dela? Homens que faziam todo tipo de trabalho sujo para a família. Eles a conheciam e disseram "Senhora trabalhe para eles ou teremos que te matar. Ninguém dará falta de você já que se despediu da cidade."
Chocada e ouvindo os próprios batimentos, ela resolveu aceitar. Aceitar a morte. E ali em frente aos homens mesmo ela foi morta e caiu.
Você sabe o transtorno que é desencarnar assim num susto e ainda ter que fazer este tipo de escolha e escolher morrer? Sabe o que é ser perseguida por pessoas perigosas e poderosas? Ser humilhada pelo marido? Ser mulher, estudar e pedir separação em uma época que não tínhamos escolha e nem dignidade? Eu sei... Eu vivi essas torturas.
Ao desencarnar passei por processos de tratamentos profundos no espírito e na alma. Aprendi muito com isso e também já tinha em meu espírito algum conhecimento sobre cuidar dos outros. Continuei trabalhando na parte espiritual como uma espécie de médica. Depois aprendi a me comunicar com médiuns em trabalhos diversos.
Hoje meu espírito faz parte de um categoria que chamam de Pomba-Gira e erroneamente muitos acham que somos prostitutas, que fazemos amarração amorosa ou bebemos álcool. Isso é um grande equívoco. Pombas-gira são espíritos ligados à Deus, de muito conhecimento nas questões emocionais e psicológicas dos humanos e demais espíritos. Nós trabalhamos a favor da melhoria de todos os nossos irmãos.
Aqui conto sobre minha história e busco desfazer preconceitos com relação às pombas-giras.
Nós não bebemos.
Nós não fumamos.
Nem precisamos que médium use determinada vestimenta para nos manifestarmos.
Não falamos palavrões e nem vulgaridades.
Bonecas, roupas, esmaltes e nenhum outro objeto em esquinas e encruzilhadas me agradam.
O que me agrada é coração que ama Deus e quer se melhorar. Eu sou médica, psicóloga, e terapeuta, o meu trabalho é de Deus. Isso é que é Pomba-Gira!
Maria Padilha das Rosas.