Avalon é uma ilha sagrada.
Antes, há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens.
Avalon é uma ilha sagrada.
Antes, há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens.
É composta por sete ilhas:
*Inis Witrin, a Ilha de Vidro, onde fica o sagrado Tor;
*Ilha de Briga;
*Ilha do deus alado, que fica perto da grande aldeia do povo do pântano;
*Ilha que defende o vale de Avalon;
*Ilha perto do lago onde fica outra aldeia do povo do pântano; *Ilha onde vive o deus selvagem das colinas, chamado de Pã pelos romanos e a
*Ilha que é uma montanha, Atalaia, o portão de entrada para Avalon.
Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. E agora, mais humanos, se transformando em Povo das Fadas, conseguirão fazer isso.
Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos.
Antes mesmo da comunidade de sacerdotisas chegar à ilha já havia ali um povo antigo. E antes, outros viveram ali; eram um povo sábio que saiu das Terras Alagadas, Atlântida, a ilha que submergiu há milhares de anos no Oceano Atlântico, devido a um grande cataclisma. Instalaram-se em Avalon e a fizeram uma ilha sagrada, levando seus conhecimentos e transmitindo-os a seus descendentes. Construíram círculos de pedras que marcavam as linhas de poder da Terra, onde realizavam seus cultos. Um desses círculos fica no topo do Tor (o círculo de pedras foi destruído e hoje há no local uma igreja), a colina sagrada onde as sacerdotisas servem à sua Deusa e os druidas fazem seus rituais.
Quando Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo. Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e nas tradições antigas.
Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice Graal contendo o sangue de Jesus para lá, na Britannia, na ilha de Avalon.
Entretanto, com o passar do tempo, os padres começaram a ver os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demônio era adorado, condenando-os.
Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e a partir de 391, com a consolidação do cristianismo como religião oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os cultos pagãos foram totalmente proibidos.
Apesar disso, hoje podemos notar que os cristãos incorporaram muitos elementos da cultura pagã, como podemos ver em diversos ritos.
A comunidade de Avalon adorava deuses, vivia em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, seguindo as mudanças das estações do ano, os ciclos da lua com seus antigos rituais. Eram sábios: conheciam a magia, as ervas para curar, os segredos do céu e das estrelas, conhecimentos antigos, música....E passavam tudo isso aos mais jovens.
Hoje, o que ficou foram as poucas informações que eram passadas de geração para geração. Cada vez mais Avalon tornou-se distante do mundo, envolta em suas brumas, invisível para os mortais humanos.
Todavia, Avalon há de continuar existindo enquanto ainda houver pessoas que busquem o conhecimento, as tradições, a magia.
Há de continuar a existir, sempre, nos corações daqueles que buscam um sentido para suas vidas, para aqueles que sabem que a alma é imortal e que um dia iremos todos voltar, pois a vida é um ciclo que nunca pára, está sempre a girar, é eterno. Assim como esse lugar sagrado a que chamamos de Avalon.
OBS: Segundo alguns escritos, Avalon localiza-se ao sul da Britannia, que era uma província do Império Romano, hoje chamada Inglaterra. Muitos autores citam a atual cidade de Glastonbury como sendo a Ilha Sagrada. Avalon era conhecida também como o País do Verão. E é dentro desse ambiente fantástico que, por volta do século V, passa-se a história do lendário Rei Arthur, o tão esperado Rei que uniria toda a Britannia sob as duas religiões: a pagã e a cristã.
Avalon (do celta abal: maçã) é uma ilha lendária que estava em algum lugar da Ilhas Britânicas, relacionada com diversas lendas sobre o Rei Arthur. Alguns a chamam de Insulis Avallonis (Galês: YnysAvallach), que pode ser traduzida por Ilha das Maçãs, num claro simbolismo paradisíaco.
A ilha é ainda associada às míticas Ilhas Afortunadas, mas que situa-se em águas ocidentais.
Sonas Ort