Nosso contato diário com os guias espirituais
JOANNA DE ÂNGELIS – Divaldo Franco
Afliges-te, porque ainda não lograste o contato psíquico com os teus Guias Espirituais.
Reflexionas que buscaste a fé religiosa, abraçando a mediunidade, e, não obstante, tens a impressão de que navegas sem rumo, padecendo conflitos e experimentando desânimo.
Momentos surgem nos quais receias pela legitimidade do intercâmbio espiritual de que te fazes objeto.
Anseias por informações precisas sobre o teu papel nas tarefas da mediunidade.
Relacionas pessoas que te parecem menos equipadas, e, apesar disso, apre-sentam-se superprotegidas pelos Espíritos Nobres, assessoradas por Benfeitores Venerandos e Entidades outras, que na Terra deixaram nomes respeitáveis, famosos…
Planejas desistir, acreditando que as tuas são faculdades atormentadas, sem credencial ou recurso capaz de registrar a proteção dos Guias Espirituais.
Tem, porém, cuidado, e medita sem queixa.
A mediunidade é instrumento de serviço em nome do amor de Deus, para apressar o progresso dos homens e facultar o intercâmbio com os espíritos, deles recebendo a ajuda.
Candidataste-te ao labor socorrista, como recurso saudável para te recuperares moralmente do passado delituoso, por cuja contribuição terias, também, as dores lenidas ou alteradas no teu organograma para a evolução.
Honrado pelo trabalho de iluminação de consciência, estás colocado como veículo de bênçãos.
Buscam-te os sofredores, porque são trazidos a ti pelos teus Guias Espirituais, que confiam na tua ductibilidade, no teu sentimento de amor.
Porque não ouves os teus Benfeitores, não te creias abandonado, sem apoio.
Tem paciência.
Faze silêncio íntimo e entrega-te mais.
Quando desdobrado parcialmente pelo sono, eles te confortam e instruem, fortalecem-te e programam as atividades para as quais renasceste.
Se não o recordas conscientemente, ficam impressos nos teus registros psíquicos, esses salutares conúbios edificantes.
Se aprofundares reflexão, perceberás quantas vezes eles já te falaram, socorreram e apoiaram nos momentos rudes das provações e dos testemunhos.
Eles são discretos e agem sem alarde, não brindando recursos que induzam à vaidade, ao exibicionismo.
Amparam em silêncio, instruem em calma, conduzem com afabilidade.
Quando vejas, na mediunidade, o campeonato das disputas humanas e o calafrio que provoca a presença de seres nobres do passado, aureolando com pompa terrestre a memória, que pretendem manter rutilante, acautela-te e desconfia.
Importante não é o nome que firma ou enuncia uma mensagem, mas, sim, o seu conteúdo de qualidade e penetração benéfica.
Desse modo, trabalha no anonimato e, consciente das responsabilidades que te dizem respeito, deixa que os teus Guias Espirituais zelosamente te guardem e conduzam, não te expondo no palco da insensatez, onde brilha por um dia e se apaga de imediato a vaidade humana.