quarta-feira, 20 de abril de 2022

Um homem havia acabado de falecer. Logo depois de deixar seu corpo físico, viu uma luz branca, muito bela, calorosa, viva e acolhedora no céu. Sentiu que deveria seguir esta luz.

 Um homem havia acabado de falecer. Logo depois de deixar seu corpo físico, viu uma luz branca, muito bela, calorosa, viva e acolhedora no céu. Sentiu que deveria seguir esta luz.


Nenhuma descrição de foto disponível.AS PORTAS DO CÉU

Um homem havia acabado de falecer. Logo depois de deixar seu corpo físico, viu uma luz branca, muito bela, calorosa, viva e acolhedora no céu. Sentiu que deveria seguir esta luz.

Assim que se integrou a luz branca, percebeu que se encontrava num local imenso, com suntuosas catedrais e templos, num vasto e verdejante jardim muito florido. As ruas eram de pedras preciosas, e havia abundância de cristais de quartzo. Pessoas vestidas de branco passeavam calmamente pelos jardins, junto com animais. Era um local belíssimo que só poderia ser chamado de "paraíso".

No entanto, o homem percebeu que havia um portal imenso, feito de pedras preciosas, separando este local abençoado do local onde ele estava. Dessa forma, o homem entendeu que deveria cruzar este portal para ter acesso a esse sublime reino celestial.

Caminhou em direção ao portal, e assim que chegou, um ser o abordou, era o guardião do portal. O guardião disse que, antes de cruzar o portal, o homem deveria responder algumas perguntas, pois ele deveria demonstrar sua dignidade e pureza de coração e intenção para merecer sua entrada.

O guardião então lhe fez as seguintes perguntas:

- Você praticou boas ações?

- Você pensou egoisticamente em si mesmo, ou soube compartilhar suas coisas com os outros?

- Você amou a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo?

- Você respeitou os animais e todas as obras da criação?

- E, por fim, você foi uma pessoa humilde em sua vida?

O homem pensou e disse:

- Procurei sempre praticar boas ações. Sempre coloquei a caridade em prática e ajudei muitas pessoas. Sempre amei a Deus sobre todas as coisas e amava os seres humanos. Sempre procurei respeitar os animais e todas as obras da criação.

- E quanto a última pergunta? questionou o guardião do portal. Você é uma pessoa humilde?

O homem refletiu, e chegou a conclusão de que, apesar de todo o bem praticado, ele não se julgava humilde suficiente para merecer todo aquele paraíso. Ainda se via como um ser humano falho, instável, e com vários defeitos. Não se sentia apto a integrar aquele local paradisíaco do reino celeste.

- Não… respondeu o homem com toda a sinceridade. - Não creio ser alguém humilde. Portanto, sei que não mereço o paraíso.

- Está bem – disse o guardião do portal – Que assim seja!

O guardião desapareceu, e o portal do paraíso permaneceu fechado. Quando o homem deu a volta para ir embora, o portal começou a se abrir. Raios luminosos começaram a sair de dentro e um anjo veio busca-lo. Assim que o ser angelical chegou, o homem disse:

- Espere, mas eu não sou uma pessoa humilde, eu inclusive admiti isso ao guardião. Não creio merecer este reino celeste.

O anjo respondeu:

- Meu querido filho. Se você tivesse admitido ser uma pessoa humilde, essa seria a maior evidência de que você não o é. Quem se acha humilde, não é humilde de verdade. O sábio não faz propaganda de sua sabedoria; o humilde não arroga sua humildade; o homem puro não faz alarde de sua pureza. Não admitir a sua humildade é uma demonstração de humildade, pois pessoas que se julgam humildes, no fundo, são pessoas orgulhosas de sua humildade. A frase “Sou bom porque sou humilde” não cabe no reino celeste. Você tem um coração puro, e portanto, os portais deste plano superior estão abertos a você.

O homem chorou… O anjo estendeu-lhe a mão, e o conduziu ao paraíso.
Autor: Hugo Lapa