RAMATÍS FALA SOBRE OS TRÊS REIS MAGOS
(Extráido do livro Mensagens do Astral pelo Espírito Ramatís, psicografia de Hercílio Maes)
RAMATÍS FALA SOBRE OS TRÊS REIS MAGOS
(Extráido do livro Mensagens do Astral pelo Espírito Ramatís, psicografia de Hercílio Maes)
(...). Precisais saber, primeiramente, que os reis magos eram avançados astrólogos, testamenteiros da sabedoria dos sacerdotes lemurianos, atlantes, semurianos, babi-lônicos, caldeus, egípcios e outros. Muitos documentos com-probativos do que acima ficou dito — que virão à luz no
momento oportuno e que provam a sabedoria dos reis magos, foram salvos pelos profetas brancos, após o grande dilúvio atlante, e levados por eles para as regiões próximas da atual Arábia, da Judéia e do Egito. Certa parte desses documentos foi depois encaminhada aos santuários secretos do Himalaia. Devido à sua longa experiência e ao conhecimento da tradição na esfera astrológica,os reis magos sabiam que a poderosa conjunção de Saturno, Júpiter e Marle, no campo
astronômico da Terra, facilitaria a manifestação, em vosso inundo, de Alta Entidade, vinda dos planos excclsos. Compulsando os livros sagrados de todos os povos, verificaram, emocionados, que a época por que passavam coincidia, perfeitamente, com a do advento do esperado Messias, o Sublime Príncipe da Paz, aguardado pela fé dos homens aflitos. Sabiam que angélica entidade, cuja aura envolvia o orbe terráqueo, deixar-se-ia oprimir, em angustio-sa descida, para se submeter ao "sacrifício cósmico", e sua refulgência íntima poder aflorar com êxito à superfície da
crosta onde atuava o homem-came. E a soberba conjunção, a mais poderosa e eficaz de todos os tempos, forneceria o "quantum" magnético desejado, para que o Sublime Anjo, através de fluidos astrais já balsamizados, pudesse atravessar com êxito a aura da Terra, obscurecida pela densa
cortina das paixões inferiores.
Melchior, Gaspar e Baltazar — como se chamavam — sábios e poderosos magos brancos, cujos conhecimentos já os notabilizara em reencarnações anteriores na Atlântida, previram com exatidão a chegada do Avatar Divino, cuja Luz Salvadora se transfundiria, através da carne, na pessoa de Jesus de Nazareth, filho de José e de Maria. A humanidade terrícola, escrava ainda das forças primárias animaliza-das, que estruturam o corpo físico, poderia — graças ao sublime
esponsalício do Cristo Planetário com a humanidade terrena — receber o tão esperado socorro divino e apressar a sua libertação por meio desse elo mais eletivo do Criador. Impelidos pela força de sua convicção iniciática, alicerçada na ciência astrológica, os três reis magos se puseram a caminho, decididamente, para o local em que a divina criança desabrochara para o holocausto salvador do homem!
Eis o que diz Mateus, no capítulo II, versículos l e 2, do Evangelho segundo o seu nome:
— "Tendo pois nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que vieram doOriente uns magos a Jerusalém, dizendo: "Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Viemos adorá-lo, pois vimos a sua estrela no Oriente".
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PERGUNTA: — Por que motivo os denominam "reis magos"?
RAMATIS: — Porque conheciam o lado oculto das coisas, ainda desconhecido do homem comum. Eram magos no sentido (*) real da palavra, pois dominavam com facilidade os
quatro elementos da natureza. Mas a significação do vocábulo "mago" era ainda mais extensa, pois abrangia aquele que conhecia a fundo os segredos da Astrologia.
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(...)graças ao conhecimento que possuíam nos vários setores da pesquisa esotérica e nos domínios da Astrologia. Embora residindo em localidades opostas, e desconhecendo-se entre si, puderam assinalar, conco-mitantemente, o momento da portentosa mensagem sideral. Sabiam ser aquela memorável conjunção astrológica de Saturno, Júpiter e Marte a mais sublime oportunidade para descer um Messias à Terra, sob a mais requintada dosagem de magnetismo de que já se tivera conhecimento em toda a tradição astrológica. Assim
como os astrônomos terrestres, através de exaustivas observações e de cálculos complexos, prevêem a aproximação de astros ou determinam os minutos exatos de cada eclipse no céu, os três reis magos, como astrólogos consumados, também sabiam que, por detrás daquela conjunção inigualável, preparava-se a mais sublime revelação ao homem! Oriundos de países diferentes — Arábia, Pérsia e índia — o seu encontro pessoal coincidiu nas adjacências de Jerusalém, quando repousavam nas tendas de mercadores. E, como se harmonizassem dentro de outro admirável
símbolo, reproduziram, nesse encontro inesperado, realizado na superfície terráquea, a miniatura da mesma conjunção majestosas dos três astros que purificavam o magnetismo do ambiente para que o Avatar Divino se ajustasse ao mecanismo biológico do homem-carne.
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PERGUNTA: — Os reis magos eram, então, uma espécie de cinacoretas, afeitos tão somente aos estudos esotéricos e aos das ciências antigas;' Suas missões na Terra consistiam
apenas em visitar o menino Jesus, embora cooperassem invisivelmente no plano astral, como nos dissesses?
RAMATIS: — Eles foram os criadores, na Terra, de uma extensa "aura mental" favorável ao advento de Jesus, assim como as escolas dos Vedas, na índia, ampliaram o campo
mental para êxito de Buda. Inúmeros discípulos que, no futuro, multiplicaram os conceitos crísticos, já haviam recebido desses excelsos reis magos, antes da vinda do Cristo, as noções precisas para a cooperação no campo evangélico do Mestre.
Melchior descendia de linhagem principesca, de velhos reis árabes, que dominavam faustosos agrupamentos na Arábia e, em sua mocidade, fizera profundo voto de renúncia ao
mundo profano. Fundou magnífica instituição iniciá-tica de conhecimentos do Cosmo, situada no monte Horeb, espécie de templo e escola ao mesmo tempo, sob cujo teto algumas dezenas de discípulos elevaram as suas vibrações mentais até às esferas eletivas de Jesus. Junto ao rio Indo,
nos montes Zuleiman, o mago Gaspar, conhecido como o príncipe de Bombay, dirigia outra avançada instituição de aprimoramento espiritual, ensinando como desenvolver esforços heróicos para se vencer o"Maya", a ilusão da matéria, em troca do conhecimento da Verdade Eterna. Os ensinamentos ministrados por Gaspar também entravam em sintonia com as vibrações do Avatar Jesus. Os adeptos cultuavam a meditação contemplativa e a busca do "Eu Sou", — 164 —enquanto perpassavam as suaves brisas impregnadas do misterioso perfume do "lotus"
imaculado, que desabrochava nos pequeninos lagos incrustados nos tapetes de vegetação aveludada da região que habitavam. Finalmente, Baltazar, o mais velho dos reis magos, era o gula experimentado de um punhado de homens solitários, habitantes da Pérsia, estudiosos dos mistérios iniciáücos das tradições de Zoroastro e do culto firmado no Zend Avesta. Junto ao golfo Pérsico, ante o quadro poético dos regatos que desciam das colinas de Sagros, eles criavam
poderosas fontes de energias espirituais, que em divina sublimação se casavam com a vibração do campo magnético em que o Cristo haveria de descer, para o grande momento sacrificial! Disseminados pelos templos habilmente disfarçados, nos montes tradicionais, só conhecidos de
adeptos da "iniciação interna", os Essênios também vibravam, alimentando as correntes energéticas ,que favoreceriam a manifestação do Cristo à aura externa do orbe terráqueo.
Estudando as tradições esotéricas dos Profetas, os ensinamentos de Crisna, na índia, de Pitágoras, na Grécia, dos sacerdotes de Osíris, no Egito, e dos remanescentes das Fraternidades organizadas por Samuel, os Essênios "internos" viviam a vida contemplativa, em sintonia mental
com o tem-plo-escola de Gaspar, obedecendo a disciplinas muito parecidas com a dos Pitagóricos. Apenas os Terapeutas, da Ordem Exterior Essênica, é que operavam diretamente entre os povos, desempenhando as obrigações comuns de agricultores, carpinteiros, cientistas ou artistas, exceto a mercância ou os ofícios de magarefe, caçador ou agiota.