terça-feira, 2 de maio de 2023

Os Passes com os Caboclos

 Os Passes com os Caboclos


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Os Passes com os Caboclos

Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem ao arquétipo de “índios”, prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.

Como estavam aqui (Brasil) desde o início, conhecem bem tudo o que vem da terra e por este motivo são os melhores para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização é claro.

Costumam usar em seus trabalhos pembas, velas, essências, cristais, flores, ervas, frutas, água, penas, tranças e charutos; ajudam na vida material por meio de banhos, chás, e trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma revitalização para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso é MENTIRA! A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados.

O Caboclo é uma roupagem de uma Entidade de Luz, e portanto, jamais viria para chocar um paciente, vem ajudar e não atrapalhar o trabalho de um Preto Velho. A intensidade da energia propõe, no subconsciente do Apará (Apará=pessoa), a vontade de gritar para liberar essa projeção. Mas não é o Caboclo que grita, é o Apará! Todos nós sabemos que se você, Apará, “resolver” que não vai abrir a boca depois de incorporado, não sai nada! O Preto Velho não vai agarrar sua mandíbula e forçar que se mova. A mesma coisa é o Caboclo! O controle existe e é seu!

Existe sim a vontade, provocada pela energia que deseja se expandir, mas a Entidade respeita o médium, suas possíveis crenças, tabus, medos e preconceitos.

Gritar não é um sinal de “força” da Entidade e tão pouco é um sinal de desequilíbrio (atenção Doutrinadores), é uma falha no desenvolvimento, que deveria ser alertada no tempo correto. Bradar sim, gritar e berrar não!

Algumas vezes os “novatos” observam um médium mais antigo gritando e consideram isso como o “correto”, por isso devem ser alertados sempre sobre o quê é certo e o quê são “vícios de incorporação”. Cabe aos comandantes dos grupos de desenvolvimento, alertar para tal fato.

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.

A denominação “caboclo”, embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.

Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias) desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.

Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxóssi, mas eles são simplesmente trabalhadores da Umbanda que pertencem a linha de Oxóssi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá. Como caboclos de Xango, por exemplo.

A gira de caboclos é muito alegre, lembra as festas de tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, tem casas em que se é permitido os caboclos puxarem pontos. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.

Assim como os Pretos-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.

Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.

Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais inclusive até mesmo índios, os Caboclos vêm auxiliar no trabalho do dia a dia os nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.

Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (tem vezes que os Pretos-Velhos assumem esse papel).

Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um “kiumba” ou até mesmo contra um Exu com pouco ou quase nenhum esclarecimento espiritual.

Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também no Kardecismo, nas chamadas sessões de “mesa branca”. No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, “amarrando-o” em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.

Formas incorporativas e especialidade de alguns caboclos:

Caboclos De Oxum – Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar, Seus passes quase sempre são de alívio emocional.

Caboclos De Ogum – Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.

Caboclos De Iemanjá – Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

Caboclos De Xangô – São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

Caboclos De Nanã – Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

Caboclos De Iansã – São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.

Caboclos De Oxalá – Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os outros Caboclos.

Caboclos De Oxóssi – São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

Caboclos De Obaluayê – São espíritos dos antigos “pajés” das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho,em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

Atribuições dos Caboclos

Trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.

Assobios E Brados

Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós? Muitos pensam que são apenas uma repetição dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Mas não é. Os assobios traduzem sons básicos das forças da natureza. Estes sons precipitam, assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, afim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.

Os assobios

Assim como os brados, assemelham-se à mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.

O Estalar De Dedos

Por que as entidades estalam os dedos, quando incorporadas? Esta é uma das coisas que vemos e geralmente não nos perguntamos, talvez por parecer algo de importância mínima. Nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso corpo. O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e frequência do corpo astral; e a, descarga de energias negativas.

Alguns comentários:

Caboclo Cobra Coral

O mês de março é marcado pela reverência aos caboclos. Falemos um pouco do Caboclo Cobra Coral. Esta entidade pode-se dizer que faz parte das entidades mais conhecidas na Umbanda. Dificilmente encontra-se um umbandista que não conhece ou ao menos já ouviu falar deste caboclo. Há estudos que dizem que o “Seu Cobra-Coral”, chefe da falange é a encarnação de Galileu Galilei.

Uma discordância acontece quando fala-se do Orixá comandante deste Caboclo. Primariamente sua vibração é de Oxóssi, com cruzamento com a linha de Xangô, junto com outro caboclo que é seu irmão de falange, o Ventania.

Este caboclo é um dos caboclos que alguns dizem serem encantados. São aqueles que tem grande trabalho junto com os Exus.

Seus médiuns sofrem um pouco, pois sua vibração é pesada, perto da vibração de outros caboclos de Oxóssi. Normalmente usa cocar, variando suas cores entre verde, vermelho, branco, preto e amarelo.

Caboclo Rompe-Mato:

Descendente das antigas tribos Guaiacurús. É um caboclo chefe de legião, muito cultuado também no catimbó, vale lembrar que é um caboclo que atua com Oxóssi, Ogum e Xangô, ele traz o poder de Xangô juntamente com a capacidade de discernimento da Justiça, o poder de vencer as demandas provenientes dos atuantes da Centelha de Ogum e o dom da cura e capacidade de aconselhar de Oxóssi. É um guerreiro que atua na paz, a falange dos Rompe-Matos nunca se apresentarão como caciques, pois todos são austeros (rígidos) e destemidos guerreiros, isso é uma regra da falange, vale lembrar que não podemos confundir com Ogum Rompe-Mato um falangeiro do Orixá, mas o mesmo caboclo atua também nessa linha. Lembrando que foi um Caboclo Rompe-Mato que curou uma enfermidade séria do cantor Bezerra da Silva e o tirou de certos apuros na favela, aí podemos enxergar a força de Oxóssi atuando no caboclo, a cura e o conselho. É um caboclo que também trabalha na linha da esquerda quando preciso, como a grande maioria dos caboclos de Xango.

A seguir algumas representações de guias e caboclos nas 7 linhas de Umbanda, claramente alguns nomes podem parecer “distantes” por serem pouco ouvidos ou por serem mais falados nos terreiros chamados de “umbandomblé”:

Linha de Oxalá:

Caboclo Tupi – Representante de Oxalá na Linhas das Almas

Caboclo Guarani – Representante de Oxalá na Linha de Oxóssi

Caboclo Aymoré – Representante de Oxalá na Linha de Ogum

Caboclo Guaracy – Representante de Oxalá na Linha de Xango

Caboclo Ubiratã – Representante de Oxalá na Linha de Erê

Caboclo Ubirajara – Representante de Oxalá na Linha das Senhoras

Caboclo Urubatão da Guia – Comando na Linha de Oxalá

Linha das Senhoras:

Cabocla Janaina – Representante das Senhoras na Linha das Almas

Cabocla Jupissiara – Representante das Senhoras na Linha de Oxóssi

Cabocla Jupiara – Representante das Senhoras na Linha de Ogum

Cabocla Jussara – Representante das Senhoras na Linha de Xango

Cabocla Jacira – Representante das Senhoras na Linha de Erê

Cabocla Jandira – Comando da Linha das Senhoras

Cabocla Jupira – Representante das Senhoras na Linha de Oxalá

Linha de Erês:

Yarirí – Representante de Erês na Linha das Almas

Crispiniano – Representante de Erês na Linha de Oxóssi

Crispim – Representante de Erês na Linha de Ogum

Orí – Representante de Erês na Linha de Xango

Doum – Comando da Linha de Erês

Damião – Representante de Erês na Linha das Senhoras

Cosme – Representante de Erês na Linha de Oxalá

Linha de Xango:

Xangô Abomi – Representante de Xangô na Linha das Almas

Xangô Aganjú – Representante de Xangô na LInha de Oxóssi

Xangô Alafim – Representante de Xangô na Linha de Ogum

Xangô Kaô – Comando na Linha de Xango

Xangô Agojo – Representante de Xangô na Linha de Erês

Xangô Alufam – Representante de Xangô na Linha das Senhoras

Xangô Agodô – Representante de Xangô na Linha de Oxalá

Linha de Ogum:

Ogum Megê – Representante de Ogum na Linha das Almas

Ogum Rompe Mato – Representante de Ogum na Linha de Oxóssi

Ogum Guerreiro – Comando da Linha de Ogum

Ogum de Nagô – Representante e Ogum na Linha de Xango

Ogum Dilê – Representante de Ogum na Linha de Erês

Ogum Beira Mar – Representande de Ogum na Linha das Senhoras

Ogum de Malê – Representande de Ogum na Linha de Oxalá

Linha de Oxóssi:

Caboclo Arruda – Representante de Oxóssi na Linha das Almas

Caboclo Pena Verde – Comando da Linha de Oxóssi

Caboclo Araribóia – Representante de Oxóssi na Linha de Ogum

Caboclo Cobra Coral -Representante de Oxóssi na Linha de Xango

Caboclo Guiné – Representante de Oxóssi na Linha de Erês

Caboclo Jurema – Representante de Oxóssi na Linha das Senhoras

Caboclo Pena Branca – Representante de Oxóssi na Linha de Oxalá

Linha das Almas:

Vovó Maria Conga – Comando na Linha das Almas

Vovó Arruda – Representante das Almas na Linha de Ogum

Pai Benedito – Representante das Almas na Linha de Xango

Pai Tomé – Representante das Almas na Linha de Oxóssi

Pai Joaquim – Representante das Almas na Linha de Erês

Pai Congo – Representante das Almas na Linha das Senhoras

Pai Guiné – Representante das Almas na Linha de Oxalá