domingo, 28 de maio de 2023

ENSINAMENTOS DE MARIA PADILHA DA ENCRUZILHADA DE FÉ

 ENSINAMENTOS DE MARIA PADILHA DA ENCRUZILHADA DE FÉ


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Em certo terreiro de Umbanda, num dia de gira de esquerda, o guia chefe do terreiro, convidou uma moça que havia ido visitar o terreiro, para fazer parte da gira, tudo corria normal quando a sua pomba gira de frente, antes de ir embora pediu permissão para falar a todos os presentes.
Permissão dada, ela começa a falar, deixando assistência e alguns médiuns, diria eu encucados, enquanto o guia chefe, o Sr. Capa Preta, apenas pedia para que escutassem com atenção, ela amparada por ele, teceu este pequeno discurso:
  • Andei meio indignada com tantas futilidades, não imaginam como fica difícil, seguir a nossa missão de ensinar que a Umbanda é uma religião.
Quando muito desanimo, penso nos Orixás amados, que em nós confiaram a importante missão, eles por sua vez quando estes filhos lhes ferem a sensibilidade, lembram-se de Pai Oxalá, lembram-se do Cristo Jesus, e em uma muda prece cicatrizam seus corações.
Porque julgam vocês que os guias foram feitos para satisfazer suas vontades, facilitar-lhes a vida, concretizar suas vinganças mesquinhas?
Porque acreditam os médiuns que são melhores que os outros só porque incorporam, ou tenham qualquer outro tipo de mediunidade?
Porque alguns julgam que raspando a cabeça e deitando, irão se tornar pais ou mães de terreiros?
Quem lhes disse que coisas materiais, ou qualquer sincretismo irão torná-los à altura de um líder religioso? Não sabem que para se tornar um líder tem-se que primeiramente obter evolução espiritual e que esta só vem através de reforma íntima?
Não sabem que o que importa é cumprir uma missão voltada para as necessidades espirituais de cada um, que muito útil é o médium que fica naquele cantinho do terreiro, simples, humilde, mas dono de uma grande firmeza que mesmo não atendendo nenhum consulente dá suporte para que o templo possa funcionar que sua firmeza proporciona condições de muitos serem atendidos sem mesmo terem aberto suas bocas.
Não imaginam que existem infinitos atendimentos feitos fora do terreiro, de tantos e tantos irmãos que por um motivo ou outro não podem se dirigir a um templo ou então não são umbandistas, mas são antes de tudo filhos de Deus Pai, e que nós espíritos trabalhadores sendo de qual seara for, que trabalhamos nas Leis do Pai, não nos importamos com a crença religiosa de cada um, vendo apenas a sua necessidade, e muito precisamos das energias positivas que devem ser emanadas durante os trabalhos espirituais, também aproveitamos os trabalhos para levar para ali espíritos trevosos ou não, endurecidos no ódio, muitos dos quais tão embrutecidos que precisamos do ectoplasma dos médiuns umbandistas, às vezes até da incorporação para que possam mais rapidamente tomar a forma humana, para então depois levá-los para as vias de evolução, ou seja entregá-los a Lei Maior.
Filhos procurem na Umbanda a evolução espiritual, esta é a primordial função de qualquer religião, vocês dirão então quando temos problemas materiais, quando uma faca nos atravessar o peito, não poderemos contar com os guias? Eu lhes responderei, claro que sim, sempre passaremos a força necessária, sendo permitido lhes abriremos os olhos, afastaremos as energias negativas segundo o merecimento de cada um, mas jamais poderemos interferir em seus carmas no direito de cada um do livre arbítrio.
A caridade deverá ser sempre a primeira preocupação de cada filho e as suas atitudes no dia a dia deverão sempre refletir o seu amor ao próximo.
Bem, já falei demais, existe muito trabalho a ser feito, sei que muitos escutaram sem ouvir, outros tantos ouviram, escutaram, mas duvidam que estas palavras partam realmente de mim, outros poucos escutaram, ouviram e estão a refletir, nestes o solo é fértil, e se ao menos um dentro desses poucos tentarem por em prática eu já me sentirei muito agradecida.
Aos que duvidam que estas palavras partam de mim, os convido a fazer um estudo sério sobre evolução na luz e evolução nas trevas, de qualquer forma sempre haverá médiuns sérios cujos guias os poderão esclarecer.
Com uma gostosa gargalhada, Maria Padilha da Encruzilhada de Fé, girou e se foi.
No templo um silêncio, seu aparelho que era apenas uma visitante que havia sido convidada para participar, notou algo estranho, demoraram-se alguns minutos para o ritmo dos trabalhos voltar ao normal.
Quando após a gira alguém comentou sobre o acontecido, o aparelho de Maria Padilha sorriu, a conhecia há mais de trinta anos, ela não perderia a oportunidade, como dizia toda hora é hora de plantar, e a semeadura se faz urgente.
Ditado por Maria Padilha das 7 Encruzilhada de Fé
"Deixem seu Axé para quem conhece está entidade de muita luz"