sexta-feira, 26 de maio de 2023

O simples gesto de ofertar qualquer elemento ao sagrado, por meio de sua fé, denomina-se OFERENDA.

 O simples gesto de ofertar qualquer elemento ao sagrado, por meio de sua fé, denomina-se OFERENDA.


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O ser humano sempre fez oferendas aos "deuses" e divindades ao longo da história, fosse com o objetivo de agradecer a vitória de uma guerra ou para realizar pedidos de fartura e prosperidade na próxima colheita.

Não só na Umbanda (e nas religiões afros) se praticam oferendas, mas também em diversas outras, que, no entanto, não as denominam como tal. O simples fato de acender uma vela, posicionar um copo d'água em algum local especial da casa ou colocar flores ao lado de uma imagem de gesso - com o pensamento em orações - já é uma oferenda.

Na Umbanda, a oferenda tem uma função muito simples e especial: a ligação espiritual e energética do encarnado com os Guias e Orixás.

O umbandista utiliza-se do gesto de oferecer determinados elementos (em sua maioria de origem natural) para agradecer, fazer pedidos, quebrar demandas, abrir caminhos e até mesmo para rituais de firmezas e assentamentos (criação de um ponto de proteção, defesa, descarga, irradiação...).

Esta técnica magística de relação com o plano astral é milenar e não é liturgia exclusiva da Umbanda. É fundamental esclarecer que o Orixá ou Guia Espiritual NÃO COME NEM BEBE os elementos ofertados. Isso é um conceito preconceituoso e ultrapassado de quem não conhece a liturgia da Umbanda. Tais entidades são superiores e elevadas, não necessitando, em hipótese alguma, de alimentar-se da matéria da Terra.

Em termos simples, a oferenda funciona como uma bateria de energia concentrada doada por quem faz a oferta. Nas velas, frutas, comidas, bebidas, ervas, flores ou qualquer elemento oferecido, estão contidos toda a força de sua fé, com seus pedidos e/ou agradecimentos mentalizados (orações) e direcionados a determinado Orixá ou Entidade. O plano superior, ao receber esta "bateria energética", a utiliza em benefício do próprio ofertante, aproveitando o que muitos denominam PRANA - ou Fluido Vital - de sua duplicata plasmática, para o auxílio/equilíbrio do mesmo.

Todo esse processo é auxiliado pelos ELEMENTAIS - criaturas da dimensão espiritual, de inteligência ainda não individualizada, em estágio anterior ao nosso, as quais trabalham para o equilíbrio da natureza e de tudo que nela opera, em benefício do bioma Terra. Assim, toda a oferenda deve ser realizada respeitando o Ecossistema. Do contrário, toda a energia da oferenda será dissolvida no universo perdendo seu efeito, desviando-se da bênção dos Orixás. É imprescindível que o umbandista troque os recipientes de vidro, as toalhas, as moringas e os pratos por folhas de bananeira, cascas de frutas, cabaças etc. É seu dever fazer a coleta devida da oferenda a fim de evitar a poluição e a proliferação de vetores.

É preciso ter muito conhecimento e muito cuidado ao realizar uma oferenda. O alcance de nossos pensamentos e de nossas vontades é extremamente poderoso. Nossas orações podem moldar as mais lindas realizações do universo, como também podem culminar na mais terrível destruição. Em ambas, colheremos os frutos das consequências de nossas escolhas. Utilizar os serviços divinos dos Elementais para ofertar e barganhar com entidades malignas, a fim de satisfazer nossas ambições e prejudicar nossos semelhantes, pode gerar consequências terríveis não só para quem comete tal insanidade, mas para todo o equilíbrio da Terra.

Na realidade, como ainda não alcançamos uma evolução espiritual mínima, necessitamos de um mecanismo material para canalizar nossa energia/pensamento ao astral superior, o qual acaba sendo muito eficiente e fundamental para a realização do bem aos que necessitam. É por esse e tantos outros motivos que as Entidades tanto nos pedem a prática da oração.

A prece sincera e fervorosa, feita com amor, é uma oferenda que alcança os Seres mais poderosas e iluminadas do universo, seja qual for sua religião.

Guardem a fé, irmãos!