LUZ OU SOMBRA? Somos centelhas Divinas, faíscas de Deus em pleno estágio evolutivo, envoltas em uma matéria densa chamada corpo físico ou corpo de carne, que limita todos os nossos sentidos.
LUZ OU SOMBRA?
Somos centelhas Divinas, faíscas de Deus em pleno estágio evolutivo, envoltas em uma matéria densa chamada corpo físico ou corpo de carne, que limita todos os nossos sentidos.
O envoltório de carne nos deixa totalmente frágeis e adormecidos. Esse adormecimento é totalmente necessário, pois não é prudente que saibamos de toda a nossa existência anterior, o que fizemos, o que sentimos, os erros e acertos praticados.
Por isso é crucial que sejamos vendados com o véu do esquecimento, para que assim, possamos ter uma reencarnação equilibrada e cumprir com os planos traçados antes de voltarmos a essa escola chamada "Terra".
Certo está que, na maioria das vezes, conseguimos cumprir muito pouco do programado, mas muito pouco mesmo. E por que isso? Porque estamos abertos a influenciações de todas as hordas de espíritos, uns bons e outros nem tão bons assim.
Essas influências vão depender muito da nossa vibração energética, pois, atraímos o que vibramos, afim atrai afim, é assim que acontece.
O Cristo Jesus nos deixou um belíssimo presente. Ele nos deixou as palavras "vigiai e orai". Um ensinamento muito precioso, porque a vigilância constante de nossos pensamentos e atitudes é primordial, e a oração é um meio de falarmos e nos conectarmos com o Pai Criador e toda a espiritualidade que nos assiste. E se seguirmos à risca essas duas "palavrinhas", não entraremos em ressonância vibratória com irmãos que não tem boas intenções em relação a nós e também aqueles que fazem parte de nossa jornada.
Porque ao longo de muitas encarnações criamos muitos laços de afeto, amor e amizade, mas também, muitos desafetos. Desafetos esses que nos perseguem por séculos a fio, com a máxima intenção de se vingarem, de nos fazer sofrer por todo martírio que outrora lhes causamos.
Então, como podemos escapar desses irmãos que nos odeiam tanto?
Certa vez, ouvi de um mentor espiritual de um dirigente de uma Casa de Umbanda, um doce e amoroso Preto Velho, que se eu elevasse a minha "vibração" meus inimigos de outrora - que me perseguiam há séculos - não me encontrariam, não me enxergariam, pois as trevas não conseguem enxergar a Luz (a não ser que a Luz queira ser vista).
Na teoria me pareceu muito simples, era só elevar minha vibração, dar um salto quântico e pronto, eu estaria salva, protegida, eles não iriam me pegar. Mas, como tudo na teoria é bem fácil, na prática as coisas não são fáceis assim, ahhhh, não são mesmo.
Porque, no decorrer de nossos dias, nos deparamos com tantas turbulências e obstáculos - na maioria das vezes provocados por nós mesmos - que o desânimo, a tristeza e a dor acabam se instalado em nós, como "hóspedes indesejados".
Então, o desespero toma conta. Abalando toda a nossa estrutura, estremecendo o nosso alicerce e, às vezes, provocando rachaduras. Rachaduras essas, que por vezes são difíceis de consertar.
Nos sentimos tão pequenos, tão frágeis e inúteis que a nossa única vontade é se esconder no mais profundo buraco, longe de tudo e todos.
Mas nesse momento, quando a tristeza chega ao seu ápice, num ato de total desespero clamamos ao nosso Pai Criador que nos tire da escuridão, que nos resgate das trevas de nossa consciência, das sombras que habitam os nossos corações.
Sim, sombras que nos consomem dia após dia, que nos sufocam e nos fazem enlouquecer quando não conseguimos controla-las.
E então, Deus, com todo o seu amor e misericórdia, envia os seus mais fiéis servidores para nos resgatar, para nos tirar das trevas de nossa insipiência.
Mas por que nos permitimos descer tanto assim?
Essa pergunta tem muitas respostas. E cada resposta vai depender do grau de entendimento de cada um. E quando digo "entendimento" me refiro ao entendimento sobre nós mesmos, sobre o quanto nos conhecemos.
Será que realmente nos conhecemos? Será que sabemos quem somos? Será que sabemos do que gostamos, do que nos faz feliz? Quem somos de verdade?
A autoavaliação, o autoconhecimento e a reforma íntima doem, machucam, assustam, às vezes causam até pânico, porque de forma alguma queremos mergulhar e encarar as sombras que existem em nós.
Porém, esse mergulho se faz necessário para que possamos amadurecer espiritualmente meus irmãos. Dado que, é somente através da reforma íntima, da renovação interior que poderemos retornar ao nosso Criador, não existe outro meio.
Todavia, como foi dito anteriormente, também somos luzes, temos em nós uma centelha, uma faísca, uma chispa Divina de Deus.
Somos feitos de sombra e luz. Um diamante bruto esperando a lapidação para poder brilhar intensamente. Essa é a beleza que nos une.
Por Danúbia Damasceno/@danpsdamasceno