Ossaim - Orixá das Folhas

 Ossaim - Orixá das Folhas

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Na Umbanda cultuamos Oxóssi como senhor de todo o verde, de toda a cura através das ervas, folhas.

Poucos conhecem a Divindade Ossaim, Orixá das folhas que curam e que atua junto à Oxóssi, por esta razão, confundi-los é comum.

Há uma lenda de que, no Orum, Ossaim levava consigo todas as folhas, até que Iansã lhe soprou bem forte fazendo com que elas voassem, ao caírem, cada Orixá foi pegando folhas enquanto Ossaim reclamava a si a propriedade das mesmas. Procurando Olorum, recebeu a orientação de que cada Orixá ficasse com as folhas que adquiriu, no entanto, quando seus filhos fossem usar do mistério dessas folhas, deveriam pedir a Ossaim. 

Mesmo que você, ou o terreiro no qual trabalha, não cultuem Ossaim, é recomendável que; ao fazer uso das folhas, peça por sua benção e proteção, agradeça pelas folhas que curam, defumam, purificam e alimentam. Peça a Ossaim que derrame seu Axé nas folhas que irá utilizar com respeito e fé.

Ossaim é também considerado o Grande Feiticeiro, conhecedor de todas as fórmulas e segredos. 

Fumo de Corda, Pinga e Mel, são usados como oferenda à esse Orixá. Para a oferenda o melhor local é na mata, num cantinho protegido e com todo o cuidado com a preservação e segurança do local. Nunca devemos poluir a natureza ou provocar incêndios.

 Anna Pon

 

Segue texto sobre Ossaim de Vânia Nogueira Martinez: 

Òsányìn é o detentor do segredo de todas as ervas existentes. Sua atuação é fundamental para a realização das cerimônias e rituais que envolvem ervas. 

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Através das rezas apropriadas, esse Orixá consegue despertar o poder das folhas, que são detentoras de um poderoso axé. A simbiose entre água e terra resulta na fertilidade e renovação da natureza. As plantas, portanto, possuem os poderes desses dois elementos. 

 

Cada divindade tem as suas ervas e folhas particulares, mas só Òsányìn conhece profundamente o poder ou axé das folhas. 

O poder de Òsányìn está num pássaro que é o seu mensageiro. Este pássaro voa por toda parte do mundo e pousa em cima da cabeça de Òsányìn para lhe contar todos os acontecimentos. Este pássaro é um simbolismo bastante conhecido das feiticeiras frequentemente chamadas de elewú-eiyé, ou seja, “proprietárias do pássaro-poder”. 

Òsányìn vive na floresta em companhia de àroni, um anãozinho de uma perna só que fuma um cachimbo feito de casca de caracol enfiado num talo oco cheio de suas folhas favoritas. 

Os Oloòsányìn ou Babalòsányìn são também chamados de ònìsegun, “curandeiros”, em virtude de suas atividades no domínio das plantas medicinais. Um Babalòsányìn quando vai colher as plantas está num total estado de pureza: abstém-se de relações sexuais na noite anterior, e vai para floresta durante a madrugada sem dirigir a palavra a ninguém. Além disso, arreia uma oferenda a Òsányìn na entrada da floresta no intuito de pedir licença, para colher as ervas para seus trabalhos. Ainda ao entrar na mata mastiga durante algum tempo elementos mágicos como obì ou pimenta da costa. 

As folhas e as plantas constituem a emanação direta do poder da terra fertilizada pela chuva. São como as escamas e as penas que representam o procriado. O sumo das folhas é também chamado de èjé ewé ou “sangue das folhas” e é um dos axés mais poderosos que traz em si o poder do que nasce e do que advém. 

No ato de se macerar as folhas, entoam-se cânticos chamados de sàsányin. 

Dia da semana: terça-feira. Cores: verde-mata, branco e preto. 

Gêge: nesta nação, denomina-se Neossun. 

Angola: Katende. Domínios: matas, florestas, raízes e folhas. 

Oferendas: mandioca ou inhame, folhas de fumo, folhas de café etc. 

 

Olá, sou Anna Pon