Falangeiros de Nanã Buruquê.
Nanã Burukú é o orixá dos mangues, do pântano, senhora da morte responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne) das almas.
Falangeiros de Nanã Buruquê.
Nanã Burukú é o orixá dos mangues, do pântano, senhora da morte responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne) das almas.
Frisando sempre, Falangeiro é aquela Entidade que está somente
abaixo do Orixá, ele comanda as legiões de Entidades e Espíritos que
se afinizam na vibração do Orixá que os governa.
Os Falangeiros de Nanã Buruquê vem divididos da seguinte maneira:
Asainán, Biodun, Borokun, Elegbe, Ologbo, Susure.
Esses Falangeiros tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os
seguintes Orixás:
Nanã Asainán:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os Orixás Iansã e Oxalá.
Nanã Biodun:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os Orixás Oxum e Xangô.
Nanã Borokun:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com o Orixá Omulú.
Nanã Elegbe:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os Orixás Oxossi, Oxaguiã (Oxalá novo) e Iemanjá.
Nanã Ologbo:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os Orixás Omulú e Oxalufã (Oxalá velho).
Nanã Susure:
Tem ligação e fundamento de Nanã Buruquê com os Orixás Obaluaiê, Ogum e Iemanjá.
Abaixo falaremos um pouco sobre as características e fundamentos de cada Falangeiro de Nanã Buruquê, mas antes frisaremos alguns detalhes que se apresentam igualmente entre todos os Falangeiros dessa Orixá, isso para não ficar repetitivo dentro das colocações individuais.
Todos os Falangeiros de Nanã Buruquê tem a característica e forma idosa, uns um tanto menos outros bem mais, mas sem exceção vem nessa forma de maturidade adulta/idosa.
Todos esses Falangeiros tem ligação com a chuva e lama, associando-os assim a agricultura, a fertilidade e aos grãos. Esses Falangeiros também estão ligados ao encaminhamento de desencarnados.
Em chegada em Terreiros e roças, todos os Falangeiros de Nanã Buruquê, dançam com a dignidade que convém a um senhor ou senhora idosa e respeitável. Os movimentos feitos lembram um andar lento e penoso, como apoiado em um bastão invisível. Chegam curvados para frente demonstrando o movimento de puxarem para si esse bastão.
Em certos momentos no ritual da dança, viram-se para os consulentes e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar o bastão. Com isso retiram as cargas negativas existentes no ambiente e na assistência.
Vou especificar abaixo também o significado de um artefato e símbolo, usado por esses Falangeiros para esclarecimento.
Ibiri:
Um feixe de ramos de palmeira com a ponta curvada. Assemelha-se ao Xaxará de Omulú, mas é voltado na ponta superior, forrado com as cores azul e branco ou roxo, incrustado de búzios.
Agora seguiremos com mais algumas informações, especificando cada um dos Falangeiros individualmente.
Nanã Asainán:
Além de todas as características descritas acima, essa Falangeira tem como característica a guerra e a paz. Um tanto inconstante, por muitas vezes em suas consultas escuta mais do que fala, e quando fala é direta e objetiva.
Sua roupagem vem nas cores branco e amarelo, podendo ter detalhes em roxo nas bordas. Em alguns casos traz uma pequena espada nas mãos e em outros casos o Íbíri.
Nanã Biodun:
Sua finalidade maior é trabalhar em favor da justiça, não aceita meias palavras, nem más intenções contra um semelhante. Seu modo de agir em prol da caridade é demonstrar a seus consulentes que tudo tem dois pesos e duas medidas. Portanto sempre gosta de saber dos dois lados do fato.
Sua roupagem vem nas cores lilás, azul e marrom. Traz o Íbíri nas mãos.
Nanã Borokun::
Entre todas as Falangeiras de Nanã Buruquê, essa é a mais velha. Até mesmo em conversas com seus consulentes vemos isso. De fala muito mansa, ar pesado, respiração fatigada, demonstram o excesso de tempo dessa Falangeira. Uma ótima ouvinte de problemas alheios, conselheira e amável. Diferente das outras Falangeiras, essa não traz o Íbíri nas mãos.
Sua roupagem pode ser toda na cor em roxo ou mesmo em lilás. Dizem que é a deusa das Falangeiras, a que domina a morte, a que encanta com sua experiência.
Nanã Elegbe:
Falangeira que tem o dom das ervas. Protetora das grávidas, senhora da gestação.
Normalmente muito procurada por seus consulentes por motivo de alguma dificuldade na gravidez. E essa os atende com carinho de uma verdadeira avó, dando conselhos, mostrando os melhores caminhos, cuidando do feto e da futura mamãe.
Sua roupagem vem nas cores branco, lilás, verde claro e azul claro, traz nas mãos o Íbíri.
Nanã Ologbo:
Tem a missão de encaminhamento de sofredores. Reina pela e para a paz desses desencarnados.
Em consultas fala pouco, sempre de cabeça baixa, sem olhar fixamente para o consulente, dizem que age assim para observar as intenções das pessoas. Quando nota alguma maldade no consulente manda encerrar a consulta, e não adianta tentar reverter a situação, pois essa Falangeira é muito radical.
Tem ação em Calungas pequenas, e dizem que se estaciona em portas de igrejas para aguardar espíritos desgarrados, e ao encontrá-los, leva-os para o entendimento e o encaminhamento.
Sua roupagem vem nas cores branco e preto, não admite outras cores. Sempre quando vai ter uma nova consulta, pede para acender uma vela branca, isso para iluminar todos os desencarnados da família do consulente. Traz nas mãos o Íbíri.
Nanã Susure:
Muito ligado a Iemanjá, tem tipos de trabalhos um tanto diferente um do outro. Pode estar esses trabalhos relacionados a gestação, a busca de paz em família, a quebra de magias, a cura de doenças do corpo físico, mental e espiritual.
Sua roupagem vem nas cores vermelho, azul claro, branco e amarelo. Sempre traz nas mãos o Íbíri, em alguns casos pode trazer uma pequena cruz em madeira.
Caboclos De Nanã
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu.
Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam. Muitos espíritos desta linha são elementares, ou seja, nunca tiveram uma encarnação terrena.
Esses são os Falangeiros dessa senhora dos Orixás, nossa amada Nanã Buruquê, que aqui estamos falando resumidamente, pois teríamos que aumentar uma centena de vezes para conseguirmos demonstrar a grandeza e o poder desses Falangeiros.
Saluba Nanã Buruquê.
Saravá a Falange e os Falangeiros de Nanã.