quarta-feira, 27 de abril de 2022

Nanã Buruquê, Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buruku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu ou Nanamburucu é um vodun e orixá da sabedoria e dos pântanos.

 Nanã Buruquê,
Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buruku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu ou Nanamburucu é um vodun e orixá da sabedoria e dos pântanos.


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Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buruku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu ou Nanamburucu é um vodun e orixá da sabedoria e dos pântanos.

Nanã é sem dúvida muito antiga, suas características são muito diversas, Orixá dos mistérios é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, pois quando Oduduá separou a água parada, que já existia, e liberou o saco de criação a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama dos pântanos, local onde se encontram os maiores fundamentos de Nanã.

Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza em si a morte, fecundidade e riqueza.

Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jêje, da região do antigo Daomé, significa mãe. Sendo a mais antiga divindade das águas, ela representa a memória ancestral.

Ela é a dona do Axé por ser o orixá que dá vida e a sobrevivência, a senhora dos Ibás que permite o nascimento dos deuses e dos homens.

As águas paradas e lamacentas dos pântanos têm uma aparência morta a primeira vista, mas existe a vida de plantas, micro organismos que como as plantas buscam nas profundezas das lagoas, na lama, a vida e o sustento.

Senhora da morte, geradora de Iku, morte. Deusa dos pântanos e da lama. Nanã é o encantamento da própria morte.

Seus cânticos são súplicas para que leve Iku, a morte, para longe e quem permite que a vida seja mantida.

É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.

Responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). Identificada no jogo do merindilogun pelo odu ejilobon e representado materialmente no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba nanã.

Afirma-se que Nanã era a rainha de um povo e que tinha poder sobre os mortos. Para roubar esse poder, Oxalá desposou-a, mas não ligava para ela. Nanã, então, fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do feitiço, o filho, Omolu nasceu todo deformado. Horrorizada, Nanã jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando Nanã engravidou de novo, Orunmilá disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. Assim, nasceu Oxumaré, que, durante seis meses do ano, vive no céu como o arco-íris, e nos outros seis é uma cobra que se arrasta no chão.

Sabendo do que Nanã fez, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Iroko, Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a expulsou do reino, ordenando-lhe que fosse viver num pântano escuro e sombrio.

Em outra lenda, conta-se que, na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore. Nanã, então, chamava os Eguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu a sua entrada no Jardim dos Eguns. Oxalá então espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela" (ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir, mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido. Hoje, no Culto aos Egungun, só os homens são iniciados para invocar os Eguns.

Uma terceira lenda refere que, certa vez, os orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o orixá do ferro, o que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não era tão importante assim, torceu com as próprias mãos o pescoço dos animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.

Suas roupas parecem banhadas em sangue. Ela mata de repente, mata uma cabra sem usar faca. É considerada o orixá mais antigo do mundo.

Quando Orunmilá chegou aqui para frutificar a terra, ela aqui já estava. Nanã desconhece o ferro por se tratar de um orixá da pré-história, anterior à idade do ferro.

O termo "nanan" significa "raiz", aquela que se encontra no centro da terra.

Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que, em algumas tribos, quando seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolu.

É protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais. É um vodun, segundo alguns pesquisadores, originário de Dassa-Zoumé. É uma velha divindade das águas. Pierre Verger encontrou um templo Dassa-Zoumé e o sacerdote do seu culto.

Acredita-se que Nanã Burukê foi a primeira Yaba (Orixá Feminino) a surgir. Por isso mesmo, é tida como Cacurucaia dos Orixás, ou seja, uma Orixá velha, idosa.

Nanã Burukê ou Buruku como também é conhecida, tem uma origem diferente dos demais Orixás até aqui já estudados. Conta-se que Nanã Burukê é uma Vodun (divindades da nação Jeje) que foi adotada como Orixá pelos Yorubás.

Nanã Buruku é cultuada no candomblé jeje como um vodun e, no candomblé queto, como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada, lama e considerada a mãe dos orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyin, Oxumarê e Yewá. é respeitada como mãe de todos os outros Orixás, nesse caso pela antiguidade.

Nanã é o princípio, meio e o fim, o nascimento, a vida e a morte. Nanã é chamada carinhosamente de "Avó", por ser usualmente imaginada como uma anciã. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a morte que reside no âmago da vida, que possibilita o renascimento.

É cultuada em todo o Brasil nas religiões afro-brasileiras. Seu emblema é o ibiri, que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como "Mãe-Terra Primordial" dos grãos e dos mortos, Nanã Buruku poderia ser equiparada à Titã Gaia.

Nanã Burukê representa a maturidade, a experiência e a sapiência. É representada como a grande avó de energia amorosa e feminina. É a protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.

Fato curioso, é que no culto de nação essa Orixá não se manifesta em homens, apenas em mulheres. Na Umbanda, os terreiros que possuem influência do culto de nação mantêm esse impeditivo.

Não gosta de homens, e é praticamente assexuada, possuindo grande capacidade de trabalho, e autossuficiente, tem hábitos austeros e intolerante a preguiça, falta de educação, desordem, desperdício.

Previdente, organizada e rigorosa nos princípios morais.

Zeladora dos bons costumes e princípios morais, não perdoa mentirosos, traições, desonestidades.

Todavia, em outras casas os falangeiros de Nanã se manifestam normalmente, sejam em homens ou mulheres.

Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência. Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento.

A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita.

Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.

Os búzios que simbolizam morte por estarem vazios e fecundidade porque lembram os órgãos genitais femininos, também pertencem a Nanã.

Contudo, o símbolo que melhor sintetiza o caráter de Nanã é o grão, pois ela domina também a agricultura e todo o grão tem que morrer para germinar.

Seus adeptos dançam com a dignidade que convém a uma senhora idosa e respeitável.

Seus movimentos lembram um andar lento e penoso, apoiado num bastão imaginário. Em certos momentos, viram para o centro da roda e colocam seus punhos fechados, um sobre o outro, parecendo segurar um bastão.

Em determinada atribuição cuida dos mortos enquanto seus corpos se decompõem no lodo, se preparando para formarem novos seres.

Protege contra feitiços e perigos de morte.

Nanã, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outras

Nanã é a sacerdotisa que, segura de suas experiências sabe o momento de agir. Seu mundo é a natureza viva e morta, ela é capaz de sentir quando o peso da realidade exterior bloqueia as possibilidades de concretizar suas intenções, por isso quando a realidade está obscura, ela se senta, recolhe suas lembranças, medita e escuta o caminho a seguir.

MITOLOGIA

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia ioruba, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé, atual República do Benin, assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá, mito ioruba ou nagô, continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá, mito igualmente ioruba, é a mãe de seus filhos nagô e Nanã jeje assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá não existia.

Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs, pois vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo.

A melhor maneira para entendimento e estudo futuro antes de se perder totalmente, foi acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.

Nanã é uma velhíssima divindade das águas, vinda de muito longe e há muito tempo.
E Ogum é um poderoso chefe guerreiro que anda, sempre, à frente dos outros Imalés.
Eles vão, um dia, a uma reunião.

É a reunião dos duzentos Imalés da direita e dos quatrocentos Imalés da esquerda.
Eles discutem sobre seus poderes.
Eles falam muito sobre Obatalá, aquele que criou os seres humanos.
Eles falam sobre Orunmilá, o senhor do destino dos homens.
Eles falam sobre Bará, um importante mensageiro!
Eles falam muita coisa a respeito de Ogum, que graças a seus instrumentos podem viver. Declarando que é o mais importante entre todos.

Nanã contesta então:

-Não digam isto. Que importância tem, então, os trabalhos que ele realiza?
Os demais orixás respondem:

-É graças a seus instrumentos que trabalhamos pelo nosso alimento. É graças a seus instrumentos que cultivamos os campos. São eles que utilizamos para esquartejar e guerrear.

Nanã conclui que não renderá homenagem a Ogum.
Por que não haverá um outro Imalé mais importante?

Ogum diz:
-Ah! Ah! Considerando que todos os outros Imalés me rendem homenagem, me parece justo, Nanã, que você também o faça.

Nanã responde que não reconhece sua superioridade.

Ambos discutem assim por muito tempo.

Ogum perguntando:
-Você pretende que eu não seja indispensável?

Nanã garantindo que isto ela podia afirmar dez vezes.

Ogum diz então:
-Muito bem! Você vai saber que eu sou indispensável para todas as coisas.

Nanã, por sua vez, declara que, a partir daquele dia, ela não utilizará absolutamente nada fabricado por Ogum e poderá, ainda assim, tudo realizar.

Ogum questiona:
-Como você fará? Então não sabe que sou o proprietário de todos os metais? Estanho, aço, chumbo, ferro, cobre. Eu os possuo todos.

Os filhos de Nanã eram caçadores. Para matar um animal, eles passaram a se servir de um pedaço de pau, afiado em forma de faca, para o esquartejar.

Os animais oferecidos a Nanã são mortos e decepados com instrumentos de madeira.

Não pode ser utilizada a faca de metal para cortar sua carne, por causa da disputa que, desde aquele dia, opôs Ogum a Nanã.

Nanã, Senhora de Dassa Zumê, elegante senhora, nunca se meteu ou se preocupou com o que este ou aquele fazia de sua própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo.

Arquetipo

Pessoas muito calmas, e muito lentas. Gostam de crianças. Sempre aparentam mais idade. São pessoas de ímpeto boas, decididas, simpáticas, mas que quando em vez se tornam ranzinzas e rancorosas, do tipo que guardam rancor.

Às vezes, porém, exige atenção e respeito que julga devido, mas não obtido dos que a cercam.

É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, manter sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejando a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram.

Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás.
Reclamam dos novos costumes, da nova moralidade.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas.
Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência.

Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.

Sensatez, perseverança, ordem, objetividade ou inverso: estupidez, preguiça, conservadorismo extremo, medo, avareza.

Aparência física pesada, truculenta, desgraciosa, fracasso na sexualidade e no amor pela falta de habilidade no trato social e pela agressividade.

Sem beleza, sem vaidade.

Apesar da aparência, tem extraordinária resistência física.

0 tipo psicológico feminino tem um temperamento severo e austero. Rabugenta, é mais temida do que amada.

Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

CURIOSIDADE

• Frase de impacto: Sálù bá nàná burúku
• Divindade que separa os espíritos trevosos da morte
• Animais: Rã, galinha branca, pata branca, cabra branca, rã.
• Bebida: Água da chuva, água de coco, mel e dendê.
• Comida: Acaçá, pipoca, farofa de dendê, peixe cozido com pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim cozido no dendê, Aberem, mugunzá, efó, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa.
• Cor: Branco com traços azuis ou roxos, cor anil, branco e roxo, também pode ser lilás, roxo ou azulão.
• Dia: Quarta-feira.
• Doenças :Erisipela, artrite, estomatite.
• Domínios: Pântanos, chuva, morte.
• Elemento: Água – e terra +.
• Emblema: Iberim, cetro da nervura do dendezeiro.
• Ervas: Avenca, alfavaca, hortência, sempre-viva roxa. folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melão de São Caetano, manacá.
• Essências: Guiné, noz moscada, camomila, cravo.
• Flores: Crisântemo branco e lilás, campânula, hibisco, violetas, flores do campo de cor lilás, lírio, orquídea, narciso, begônias.
• Fruta: Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura, melão, limão, fruta do conde, coco seco, banana da terra, abacaxi, jaca.
• Função: Criação e transformação.
• Quizilas: multidões, instrumentos de metal.
• Metal: Ouro branco, estanho, latão.
• Morada: Cemitério, pântano, lamaçal.
• Natureza: Pântanos, lama.
• Números: 06 e 13.
• Partes do corpo: Barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes.
• Pedra: Ametista.
• Ritmo: O toque Jêje sató, um ritmo vagaroso e pesado, apropriado aos lentos movimentos dessa deusa que dança curvada, "varrendo" o mal. No Ketu, seu toque é o kiribotô.
• Saudação: Salubá.
• Símbolo: Ibiri e os bradjas , contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente..

No Sincretismo Religioso,

Nanã representa Nossa Senhora Sant’Ana (ou Santa Ana).

Sabe-se que ela foi a mãe de Maria de Nazaré, portanto, a avó de Jesus.

Seu nome significa graça. Conta a lenda que ela já era idosa e considerada estéril, quando seu marido São Joaquim fez penitência no deserto orando por uma graça divida.

Um anjo apareceu e disse que suas orações teriam sido atendidas.

Ao regressar ao lar, pouco tempo depois, Sant’Ana concebeu Maria, a mãe de Jesus.

Oferendas

Nunca faça uma oferenda sem que ela tenha sido solicitada por uma entidade ou Orixá, cada necessidade tem um tipo diferente de entrega e local.

Se precisar de ajuda e não puder ir até um centro de Umbanda, acenda uma vela e faça o seu pedido, você com certeza será atendido.

O local de entrega pode ser em um lamaçal, mas dependo do pedido e necessidade talvez o local seja outro, nos mangues, pântanos e ao lado de poços.

Suas oferendas levam velas roxas, lilás e brancas, flores roxas, champagne rose e frutas como uvas roxas, ameixas, figo, melancia e melão.

Tudo o que for oferecido a Nanã Burukê não pode ser cortado ou manipulado por metais, como facas, tesouras, etc.

Deve ser tudo feito manualmente ou com auxílio de instrumentos de madeira.

Alguns dos alimentos de Nanã

• Sarapatel (este precisa ser feito pelo Pai ou Mãe da casa)
• Batata Roxa (pirão)
• Jaca

Conclusão

Avó da Umbanda, um dos Orixás mais velhos Nanã Buruque está presente em toda a nossa linha da vida e da evolução.

No barro que nos formou e forjou, nas emoções que apaziguou, na evolução dos nossos sentimentos, até a nossa morte, ou melhor até a nossa passagem para o plano espiritual.

Ela está presente em todos os momentos, quando precisamos esquecer ou amenizar algum sentimento quer seja de ódio ou de amor, é para ela que pedimos ajuda.

Ela decantará no fundo do seu lamaçal as mazelas que nos impedem de seguir adiante, de conseguirmos a nossa evolução.

Orixá temida, devido ao seu poder, mas querida, pois, nos trará como netos, ainda no caminho da evolução e com muitos erros ainda por cometer.

E a cada erro, ela estará lá para nos ajudar, não com o esquecimento, mas com a lição aprendida no erro, e se não aprenderemos ela estará lá quando cairmos novamente.

Em terreiros de Umbanda é raro ter uma gira de Nanã Buruque, mas em festas quando ela se apresenta, com seus caboclos que trabalham em sua linha, a esperança e a confiança se refazem em nossas almas.

Sabemos que podermos contar com ela, sempre que precisarmos e teremos sempre o seu colo de avó.

Mas não se iludam, ela é rígida com seus filhos, e ai daquele que sair da linha, a correção será como filho e não mais como avó.

Rígida, porém com muito amor e paciência, pois sabe que nossos entendimentos são limitados enquanto encarnados e que ainda estamos no processo de evolução, que poderá levar um tempo maior para alguns.

Mas basta seguir no caminho do bem, que nenhum Guia ou Orixá nos deixará sozinho, estamos sempre acompanhados de uma entidade, e com os olhos de Nanã Buruque sobre nós.

Saluba Nanã Buruque!

Salubá Nanã Burúku,