segunda-feira, 16 de maio de 2022

Brasil Imperial Os Cabarés estavam se espalhando Não eram mais exclusividade Das capitais, estavam em praticamente Todas as províncias. Anália era de Recife E tinha seu cabaré lá Ela não era tão jovem, Mas ainda muito bonita. A ameaça guerra assolava A cidade.

 Brasil Imperial
Os Cabarés estavam se espalhando
Não eram mais exclusividade
Das capitais, estavam em praticamente
Todas as províncias.
Anália era de Recife
E tinha seu cabaré lá
Ela não era tão jovem,
Mas ainda muito bonita.
A ameaça guerra assolava
A cidade.


Nenhuma descrição de foto disponível.A história:

Brasil Imperial
Os Cabarés estavam se espalhando
Não eram mais exclusividade
Das capitais, estavam em praticamente
Todas as províncias.
Anália era de Recife
E tinha seu cabaré lá
Ela não era tão jovem,
Mas ainda muito bonita.
A ameaça guerra assolava
A cidade.
O movimento separatista
Ja estava em andamento
E o Imperador já se organizava
Para impedir.
Anália temeu, ela sabia ler
E tinha lido em livros as coisas
Horríveis que aconteciam
A população marginalizada
Em situações de guerra
E mulheres da noite eram deste grupo.
Não era raro uma moça assim
Parar na forca ou ser levada
A cadeia para ser estuprada até a morte.
Preferindo não arriscar ela
Sai de Pernambuco com uma
Comitiva de carruagens
Levando todas as moças com
Ela rumo ao Rio de Janeiro.
Mas o Rio de Janeiro já
Tinha cabarés demais.
Ela decide ir para Vila Rica
Onde compra um casarão
E faz o Cabaré.
O negócio foi muito próspero
Mas logo de início um problema surgiu,
Um membro da Família Camargo
Que era muito influente na região
Se apaixonou por Anália.
Ela já havia tido muitos problemas
Antes ao se deixar levar por paixões
E desta vez ela não quis
Que isso acontecesse.
O jovem era rico e achava que
Podia comprar ela com dinheiro.
Ela disse claramente que se ele quisesse
Diversão ela estava totalmente disponível
Mas para romance não.
O rapaz era mimado,
Um homem que tinha atitudes
Muito infantis, e nisso era perigoso.
Ele começou a atrapalhar os negócios,
Arranjava brigas na porta do Cabaré
Para impedir os outros homens
De entrarem.
Ele queria Anália só para ele,
Mas isso ele não podia ter.
Ela teve o máximo de paciência
Que pôde mas chegou ao limite.
Uma noite durante mais uma
Das confusões na porta do cabaré
Ela saiu para resolver.
Com uma navalha na mão
Ela foi para fora, Camargo
Estava acompanhado de seis
Capangas que chamavam
Os homens que passavam na
Rua para briga, isso estava
Causando uma grande confusão.
Na frente de todo mundo ela
Pegou um pelas costas,
Puxou a cabeça dele para trás
E passou a navalha no pescoço
Do homem fazendo uma cachoeira
Vermelha descer do corte.
Todos pararam incrédulos
Para ver aquilo.
Das janelas do Cabaré
Varias moças apareceram
Apontando espingardas
E ameaçando atirar em
Qualquer um que permanecesse ali.
A polícia foi chamada
Mas Quando chegou não havia nada
Ninguém, nem corpo
Nem sangue na rua.
Anália era rápida e muito esperta,
O cabaré foi revirado,
Os policiais queriam achar
O corpo e as armas
Mas nada foi encontrado.
Muita gente afirmou ter visto
O homem ser morto,
Mas o homem em questão era
Um capanga, um meliante sem
Documentos ou registros.
No fim não havia nada que indicasse
Um crime, afinal pela lei
Não existia vítima.
Anália foi até uma poderosa rezadeira
Uma senhora que disse a Anália
Como afastar Camargo
Através de um feitiço.
Anália fez o sortilégio
Mas foi orientada que aquele homem
Era absolutamente insano
E que o feitiço afastaria ele
Por sete anos
Mas que no final deste periodo
Ele voltaria a perturba-la.
Após um mês de portas fechadas
Ela reabriu o Cabaré
E tudo ficou em paz.
Porém Anália passou a ser chamada
De Dona Maria da Navalha
Pelo causo do assassinato.
Tudo ocorria bem
Tudo em seu devido lugar.
Sete anos de paz,
Mas ao final desse período
Camargo voltou com tudo.
Ele perseguia Anália pelas ruas,
Fazia serenatas pavorosas,
Enviava presentes caros.
Até que um dia ele sabendo
Que durante o dia as moças dormiam
Invadiu o Cabaré na surdina
Acompanhado de dois de seus capangas.
Foi até o quarto de Anália e
A pegou dormindo na cama.
Quando ela acordou viu aquele homem
A agarrando e não deu outra,
Passou a mão na navalha
Que deixava em baixa do travesseiro e fez um talho no rosto de Camargo.
Ele caiu ensopado de sangue,
Se levantou e correu.
Mas só ele correu,
Os outros dois capangas ela sangrou,
Eles não saíram com vida
Daquele quarto.
Camargo fugiu mas sua loucura
Piorou, agora toda vez que olhava
No espelho via o corte, a cicatriz.
A paixão alucinada se transformou
Em um ódio destruidor.
A meta dele agora era matar ela.
Anualmente o cabaré fazia
Uma grande festa para comemorar
O aniversário da inauguração,
E naquele ano a festa foi grande.
Anália como de costume
Dançou com todos os rapazes e senhores
E também jogou cartas com eles
Pois ela era famosa por sua
Habilidade no carteado.
Até que um a puxou pelo braço
E este um era Camargo.
No meio do salão ele pos o
Cano da arma na barriga dela
E puxou o gatilho.
O estampido assustou o povo,
Fez a festa parar.
Mesmo com a barriga vazada
Ela apanhou a navalha que trazia
Escondida entre os seios
E degolou Camargo ali no meio do povo.
Ele caiu morto de um lado
Ela caiu morta do outro.

Anália é Maria Navalha
Após a morte ela se tornou
Um espírito muito forte que
Ajuda as pessoas a serem valentes
Como ela foi.

Saravá Pombagira Maria Navalha!
Com uma navalha na mão e o baralho na outra ela faz milagres!

Espero que tenham gostado, a próxima da série será a Malandra Maria Navalha.
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