quinta-feira, 7 de abril de 2022

O nascimento da Doutrina Espírita – As Mesas girantes França, 1850: no início deste ano, surgiu no país europeu uma brincadeira que atraía nobres da sociedade parisiense.

 O nascimento da Doutrina Espírita – As Mesas girantes
França, 1850: no início deste ano, surgiu no país europeu uma brincadeira que atraía nobres da sociedade parisiense.

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França, 1850: no início deste ano, surgiu no país europeu uma brincadeira que atraía nobres da sociedade parisiense. Acostumados às festas de salões, muitos franceses passaram a divertir-se com as chamadas “mesas girantes ou falantes”. Tratava-se de mesinhas redondas de três pés, sobre as quais certas pessoas colocavam suas mãos e instantaneamente estes móveis começavam a girar e dar saltos, sem que ninguém fizesse alguma força.

Tudo parecia um fenômeno magnético, ou seja, produto de algum tipo de poder mental dos que se dispunha a brincar. O fenômeno então começou a ganhar proporções maiores e espalhou-se por outros países da Europa, chegando também na América. Desenvolveu-se uma forma de "conversar" com as mesinhas. Através de pancadas no chão, produzidas com os pés do objeto, formou-se um código de sinais, onde uma pancada seria "não"; duas, "sim", entre outros. Basicamente, as perguntas eram sobre futilidades, que em nada ajudavam a entender o que estava ocorrendo.

Foi então que uma senhora, chamada Emília de Girardim, veio a desenvolver um método de contato, que consistia de uma mesa que se movia ao redor de um eixo, lembrando uma roleta. Sobre a mesa, letras do alfabeto eram colocadas em círculo, além de números e os termos sim e não. No meio desta circunferência, havia uma agulha ou mesmo um ponteiro metálico, e então as pessoas envolvidas colocavam suas mãos sobre a borda da mesa. O móvel passava a girar, parando sob o ponteiro metálico a letra do alfabeto que viria a formar uma frase desta força invisível.
No decorrer dos questionamentos feitos ao fenômeno, descobriu-se que o mesmo era produzido por Espíritos que habitavam o mundo espiritual. Porém, ninguém tirou desta surpreendente descoberta a utilidade que ela trazia. Simplesmente o que importava era o fenômeno, o espetáculo, e não a causa do mesmo.

Tal fenômeno parece ter sido notado primeiramente na América do Norte de forma intensa, propagando-se, na seqüência, pelos países da Europa, como a França, a Inglaterra, a Holanda, a Alemanha, chegando até na Turquia, nos meados do século XIX. Os espíritos se manifestavam através da movimentação das mesas, com batidas no solo, correspondendo às letras do alfabeto. Este processo foi sendo aprimorado com o tempo.

O Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869) é convidado a conhecer as “mesas falantes”. Atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 decide efetivamente observar as mesas, quando começou a freqüentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.

Em 18 de abril de 1857, Allan Kardec lança “O Livro dos Espíritos” dá início oficial à codificação da Doutrina Espírita. Também dá início ao que se conhece como “História do Espiritismo” que já foge dos objetivos desse texto.

Por Sandro Simões
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