O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES E AS REVELAÇÕES DA ESPIRITUALIDADE
Chico Xavier e Emmanuel
O MISTÉRIO DAS PIRÂMIDES E AS REVELAÇÕES DA ESPIRITUALIDADE
Chico Xavier e EmmanuelEsses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do porvir.
Levantaram-se, dessa maneira, as grandes construções que assombram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos.
As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida.
A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema solar.
Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.
LIVRO: A CAMINHO DA LUZ
Como foram construídas as pirâmides?
Encontramos a resposta na Revista Espírita do ano de 1858 através do Espírito de Mehemet-Ali, quando pontuou a Allan Kardec, eis o diálogo:
AK - Desde que vivestes ao tempo dos faraós, podereis dizer-nos com que fim foram construídas as pirâmides?
R: São sepulcros; sepulcros e templos. Ali se davam grandes manifestações.
AK - Tinham estas um objetivo científico?
R: Não. O interesse religioso absorvia tudo.
AK - Podereis dar-nos uma ideia dos meios empregados na construção das pirâmides?
R: Massas de homens gemeram sob o peso destas pedras que atravessaram os séculos. A máquina era o homem.
AK - De onde tiravam os egípcios os gosto pelas coisas colossais, em vez do das coisas graciosas, que distinguia os gregos, posto tivessem a mesma origem?
R: O egípcio era tocado pela grandeza de Deus. Procurava igualá-lo, superando as suas próprias forças. Sempre o homem!
Dentre todas os povos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto a verdade.
Ressalta Emmanuel que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da justiça divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de uma pátria distante.
Único desejo, voltar à Capela
Os egípcios eram animados pelo desejo de trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Morava em seus corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à Pátria Sideral.