domingo, 24 de abril de 2022

Ewé Omí Ojú: Vitória Régia Nome científico: Victoria Amazônica Orixás: Oxumarê e Obá Elementos: água/feminino/èrò

 

 Ewé Omí Ojú: Vitória Régia
Nome científico: Victoria Amazônica
Orixás: Oxumarê e Obá
Elementos: água/feminino/èrò


Pode ser uma imagem de flor, corpo d'água e naturezaEwé Omí Ojú: Vitória Régia
Nome científico: Victoria Amazônica
Orixás: Oxumarê e Obá
Elementos: água/feminino/èrò

A Vitória Régia , também conhecida como Jaçanã, Aguapé-assú, Cará-d'água, Forno-d'água, Forno-de-jaçanã, Milho-d'água, Nanpé, Rainha-dos-lagos e Rainha-dos-nenúfares , é a maior planta aquática do mundo e a que produz a maior flor das Américas. É encontrada no Brasil, Bolívia e Guianas, na bacia do rio Amazona, no Pantanal e na Bacia do Paraguai.

A Vitória Régia é uma grande folha circular em forma de bandeja, que fica boiando na superfície da água, e chega a atingir 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.

A maior planta aquática do mundo tem folhas flutuantes com canais duas fendas laterais para escoamento da água das chuvas. O fruto amadurece em torno de seis semanas e as sementes são flutuantes. Na época de vazante, fixam-se no solo, germinando uma nova planta.

A folha de Vitória Régia é considerada medicinal (depurativa e cicatrizante), além da capacidade de colorir e fortalecer os cabelos. A semente (do tamanho de um grão de ervilha) é comestível, rica em ferro e amido.
Além disso quase toda ela é comestível.
Sua raíz pode ser consumida como o palmito, tanto em conservas quanto até mesmo crua.
As folhas podem ser feitas como se fazem as de Couve.

Sua floração ocorre no verão amazônico (entre maio e julho), durando apenas 48 horas. No primeiro dia as flores são brancas e no segundo dia, se tornam róseas, quando estão prontas para polinização.

O besouro responsável pela polinização da Vitória Régia entra na flor no primeiro dia, após o desabrochar, que ocorre no final da tarde, e acaba prisioneiro até o dia seguinte, pois a flor se fecha durante a noite. Após a polinização a flor volta para dentro do lago, para a formação do fruto que amadurece em 6 semanas.

Os pecíolos espinhentos e flexíveis ligam as folhas ao grande rizoma da planta que permanece submerso e enterrado no fundo do rio ou lago.

A vitória-régia é uma planta de cultivo delicado, só sobrevive em ambientes de calor equatorial e tropical, não tolerando o frio. Em países de clima frio ela só pode ser cultivada em estufas com água e ambientes aquecidos.

Em algumas casas de axé a Vitória Régia de nome científico Victoria Amazônica se chama Ewé Omí Ojú porém o costume e a aparencia próxima, isto a grosso modo falando, a fizeram ser conhecida e ou confundida como Ewé Osìbatá Flor de Lotus de nome cientifico Nymphaea lotus, porém mesmo possuindo a característica de estar sob a água que os antigos sacerdotes associavam a vitória e a superioridade, são bem diferentes entre si e seus usos litúrgicos também são, mas como um ditado antigo das velhas casas de axé diz :

"Pra se fazer santo pode faltar tudo menos fé e folha."

A lenda da Vitória Régia
A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.

Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.

Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, perambulava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.

Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

Axé a todos, vamos somar!