Numa terra distante uma criança chorava na beira da estrada.
Um Preto Velho cansando com uma corrente em fuga se deparou com a cena.
O Preto Velho perguntou?
- Quem é fio? O que tem menino?
A criança:
HISTÓRIA DE PRETO VELHO.
Numa terra distante uma criança chorava na beira da estrada.
Um Preto Velho cansando com uma corrente em fuga se deparou com a cena.
O Preto Velho perguntou?
- Quem é fio? O que tem menino?
A criança:
- Eu fui andar de cavalo e me perdi na estrada e num sei chegar até a Fazenda dos meus Pais. Chorando a soluçar já com as pernas machucadas de andar.
Preto Velho disse:
Fio, Vamos com Nego pra Cidade e lá vamos nas autoridades e seu pai vai aparecer. Num chora fio. Vem com Vovô.
Chegando na Cidade o Preto Velho montado ao Cavalo trouxe a criança ao Delegado.
O Delegado ao ver a criança de imediato notou que era o filho do Fazendeiro mais rico da Região que já tinham procurado a 5 dias e num encontravam o menino.
Logo o Delegado gritou:
- Amarre esse Negro que roubou o filho do Senhor Bonifácio.
A criança vendo os Policiais prendendo ele disse chorando:
- Não o prendam! Eu sai no Cavalo do meu Pai e me perdi e ele me achou. Ele não me roubou.
O Delegado mesmo assim prendeu o Negro.
Algumas horas mais tarde o Senhor Bonifácio chega com sua mulher explodindo de felicidade por terem encontrado seu filho.
O Senhor Bonifácio indaga o Delegado:
- Quem trouxe meu Filho?
Delegado:
- Foi trazido por um Negro. Ele esta preso. Com certeza roubou a criança.
O Fazendeiro diz:
- Solte o Negro. Meu Filho saiu no meu cavalo. Minha Sinhá tentou impedir mas ele teimou. Solte o Preto Delegado!
O Negro foi solto. A Criança corre e abraça-o chamando de Avô tocando com carinho seu rosto.
O Fazendeiro diz com olhos em Lágrimas:
- Realmente anjos existem. E não importam sua cor. Você é um bom moço. Te convido a morar na minha Fazenda sem ser Escravo e sempre ficar perto do meu Filho. Seu Avô morreu a pouco tempo. Ele com certeza vai adorar o Senhor como Avô. Cuidara das minhas Terras e em troca te darei sempre abrigo, comida, vestimentas e tudo que precisar.
O Negro sorrindo diz:
- Ogum te ilumine Sinhô Bonifácio. Eu aprendi amar este menino como meu Fio. Mas num sou anjo. Sou apenas um Filho de Ogum que luta pelo bem. Apontando a Imagem de São Jorge na parede da Delegacia.
O Fazendeiro ajoelha nos Pés do Preto e diz:
- São Jorge seja Louvado. Pedi que ele me ajudasse a trazer meu filho e ele mandou um soldado dele para trazer meu pequenino. Sinta-se da família meu amado Preto Velho.
Ele diz:
- Mas eu estava fugindo Sinhô. Num tenho dinheiro pra pagar minha liberdade ao Sinhô Juca.
O Fazendeiro diz:
- Quem compra essa liberdade com Juca sou Eu.. Você num é mais escravo e sim meu ente querido.
O Senhor Bonifácio pagou o Senhor Juca pela liberdade do Negro.
Viveu o Negro até 97 anos. Desencarnou nos braços da criança que um dia desapareceu num caminho e se tornou um Advogado.
Morou o resto de sua vida no Conforto familiar do Senhor Bonifácio.
Pai João de Aruanda