OS MÉDIUNS ASTRAIS, FENÔMENOS DE DESDOBRAMENTO, O CORDÃO DE PRATA, O DESDOBRAMENTO APOMÉTRICO, PROPRIEDADES E FUNÇÕES DO CORPO ASTRAL, ALIMENTOS E "MORTE" DO CORPO ASTRAL
OS MÉDIUNS ASTRAIS, FENÔMENOS DE DESDOBRAMENTO, O CORDÃO DE PRATA, O DESDOBRAMENTO APOMÉTRICO, PROPRIEDADES E FUNÇÕES DO CORPO ASTRAL, ALIMENTOS E "MORTE" DO CORPO ASTRAL
ANDRÉ LUIZ e outros mensageiros espirituais nos falam de um fato aparentemente estranho: a necessidade de médiuns entre os desencarnados habitantes do astral para que possam receber
comunicações de espíritos superiores (que, por evolução, perderam os envoltórios mais densos) com esclarecimentos e orientações para todos os que vivem em comunidades astrais de
aprendizado e trabalho. Essas entidades superiores normalmente não são vistas pelos espíritos ainda vestidos de corpo astral, da mesma forma que seres humanos não costumam enxergar
espíritos.
As revelações de ANDRÉ LUIZ chocaram os espíritas ortodoxos - ignorantes dessa realidade e da fisiologia da alma - levando muitos deles a repudiar, como fantasia, todo um tesouro de
informações. No entanto, o fenômeno é lógico e conseqüência natural do processo de encarnação.
Com efeito, encanar implica mergulho na Matéria. com adensamento cada vez maior de invólucros ou "corpos". Afirma RAMATIS que o maior e inenarrável sofrimento de JESUS não foi causado pelas dores físicas ou crucifixão; a verdadeira Paixão foi o processo de adensamento de um espírito que era Luz Absoluta, até manifestar-se no plano material: CRISTO suportou-o durante cerca de mil anos, durante os quais foi paulatinamente retomando todos seus corpos espirituais, que há milênios haviam sido abandonados. Isso talvez explique porque o profeta ISAIAS falou do Divino Mestre sempre no presente, embora a setecentos anos antes da vinda do CRISTO:
"... porque um menino nos nasceu,
um filho nos foi dado:
a soberania repousa sobre seus ombros
e ele se chama:
Conselheiro Admirável, Deus Forte,
Pai Eterno, Príncipe da Paz."
Isaias. 9:5
FENÓMENOS DE DESDOBRAMENTO
Sob determinadas circunstâncias, artificiais ou naturais, pode o corpo astral separar-se do corpo físico, levando com ele todos os outros envoltórios e o próprio espírito. Normalmente, isso acontece durante o sono, quando o indivíduo perde a consciência e as funções vitais são rebaixadas ao mínimo indispensável às trocas metabólicas.
Muitos sensitivos podem se ausentar do corpo com certa facilidade, em transe espontâneo.
Mas isso pode ocorrer também a pessoas comuns, em circunstâncias patológicas ou especiais, como choque emotivo fone, enfraquecimento por moléstias prolongadas, hemorragias volumosas, choques cirúrgicos e outros estados anômalos. As pessoas vão a lugares distantes. podem descrevê-los, avaliar seus atos e os alheios, ter sensações físicas, tudo isso no pleno gozo da consciência - graças à ligação com o cérebro físico, através do cordão de prata.
O CORDÃO DE PRATA
Seja qual for a distância a que estiver do corpo, o espírito se mantém ligado a ele por esse cordão de que falam iniciados de todas as épocas e até mesmo a bíblia:
"Antes que se rompa o cordão de prata,
que se despedace a lâmpada de ouro,
antes que se quebre a bilha na fonte,
e que se fenda a roldana sobre a cisterna ..."
Eclesiastes, 12:6
Se se rompe, porém, a morte chega. Irreversível.
Segundo relatos de espíritos, quando entidades superiores rompem esse cordão, por ocasião da morte, produz-se relâmpago de luz intensa, pela liberação de energia.
Constituído por alguma forma de energia de alta intensidade, este fio luminoso e brilhante se liga ao corpo físico através do duplo etérico, no qual se enraíza através da cabeça e de miríades de conexões filiformes que abrangem toda a estrutura etérica. Teria semelhança com um cabo de alta tensão se não fosse inconcebivelmente dúctil; pode afinar-se até espessuras mínimas, permitindo que o espírito de uma pessoa viva se distancie do corpo físico (e do etérico) por milhares de quilômetros, em viagens astrais.
Ele não se rompe e mantém o espírito como dono e diretor do corpo: através de processo maravilhoso, ainda não desvendado, todas as funções vitais do nosso organismo são preservadas.
O DESDOBRAMENTO APOMÉTRICO
Até com mais eficiência, o espírito pode afastar-se do corpo físico por imposição de natureza magnética, comandado por pessoa treinada. Nisto reside a Apometria matéria principal deste livro - técnica de largo uso para tratamento de espíritos encarnados ou desencarnados. Este fenômeno, a que chamamos "desdobramento apométrico", abriu-nos as portas para a investigação sistemática da dimensão astral, verdadeiro universo paralelo ao nosso.
Constatamos que, com o tempo, sensitivos treinados no desdobramento apométrico adquirem tal consciência de suas potencialidades e limitações que se deslocam nessa dimensão como se estivessem no plano físico. Vão a outros locais às vezes longínquos, trabalham. auxiliam, tratam de enfermos espirituais encarnados ou desencarnados lado a lado com espíritos desencarnados socorristas. aos quais prestam inestimável auxílio.
PROPRIEDADES E FUNÇÕES DO CORPO ASTRAL
Esta facilidade de separar-se do corpo físico é característica do corpo astral. Imaterial e de natureza magnética, não tem constituição fluídica como o duplo etérico; não se condensa e tampouco forma objetos materializados, pois de natureza completamente diversa da matéria.
No entanto, pode ser modelado pela ação da força mental. com relativa facilidade. Desta propriedade nos servimos em técnica de tratamento de espíritos enfermos, aleijados, mutilados ou feridos, que ainda sentem os sofrimentoS das enfermidades que lhes provocaram a morte. Mas desde já podemos adiantar que todos eles são recompostos em sua forma normal e estado fisiológico hígido, pela projeção de energia curativa mentalmente emitida pelo operador (pulsos energéticos comandados por contagem pausada, em geral até sete ou dez). .
Uma das mais importantes funções do corpo astral é a da sensibilidade. Sabemos que ela reside nesse campo ou dimensão; o corpo físico apenas transmite estímulos recebidos, cabendo à estrutura o registro da sensação dolorosa ou de prazer. Os vícios são de natureza psíquica exatamente por causa disso; sua origem está no astral: é o astral que sente. Por esta razão, levamos conosco os nossos vícios e paixões. ao morrermos; se fosse de modo diverso, não haveria motivo
para desencarnados continuarem sofrendo dores de natureza física. nem serem portadores de deformações dolorosas como se constata, em reuniões espíritas.
A sensação é a mais grosseira forma de sentimento. Primária. Instintiva. Já. a emoção tem mais complexidade, ligando-se ao desejo; pode ser exacerbada até atingir a anormalidade da
paixão. Mas não nos esqueçamos que tanto sensações como emoções são estados muito importantes de consciência, pois dão colorido e força aos nossos atos.
A luta maior que travamos - contra nós mesmos, em favor de nossa evolução consiste precisamente em refrear, policiar e dominar desejos e sentimentos, principalmente as paixões. Desde os impulsos instintivos e animais, como a fome, sede, desejo sexual, até os sentimentos elevados como o amor ao próximo, solidariedade, amizade, afeto, ternura etc., ou as desenfreadas paixões de posse, poder ou concupiscência. todas as emoções e desejos se manifestam no mundo
astral.
Desse corpo, e por evolução, os sentimentos se devam e passam a outros níveis de consciência, próprios de espíritos superiores.
ALIMENTOS E "MORTE" DO CORPO ASTRAL
Nosso corpo astral perde energia constantemente, necessitando de suprimento energético para sua sustentação, tal qual o corpo físico. Mas a natureza deste alimento varia muito; vai dos caldos protéicos necessários aos espíritos muito materializados, fornecidos pelas casas de socorro no astral, até as quintessenciadas energias que alimentam os espíritos superiores, colhidas (através da prece) diretamente do infinito reservatório de energia cósmica.
Espíritos habitantes do astral inferior. ainda bastante animalizados. costumam comer até mesmo alimentos humanos.
Se houver perda de energias sem a necessária reposição,
principalmente em decorrência de paixões, o espírito pode perder o corpo astral; ficará reduzido a ovóide inativo, conforme nos relata ANDRÉ LUIZ.
A forma normal de se perder este corpo, no entanto, é por evolução; assim como se perde o corpo físico pela morte, perde-se também o astral. Os espíritos que já não o possuem mais, porque muito evoluídos, não podem ser vistos pelos moradores mais grosseiros desse plano - como já vimos.
Em síntese: a evolução faz com que nos afastemos cada vez mais de organizações densas, próprias da matéria, até abandoná-las por completo. A involução, por outro lado, pode também nos levar este corpo - exatamente como se perde o corpo físico em conseqüência de vícios e paixões.
Fonte - Espírito - Matéria - Novos Horizontes Para a Medicina (José Lacerda de Azevedo)