sexta-feira, 15 de abril de 2022

"O APEGO A PESSOAS FAZ MAL", PSICOGRAFIA DO "ESPÍRITO LUIZA", CONTANDO SEU SOFRIMENTO POR TER RETORNADO AO SEU LAR DEVIDO A EXCESSO DE APEGO AOS ENTES QUERIDOS.

 "O APEGO A PESSOAS FAZ MAL", PSICOGRAFIA DO "ESPÍRITO LUIZA", CONTANDO SEU SOFRIMENTO POR TER RETORNADO AO SEU LAR DEVIDO A EXCESSO DE APEGO AOS ENTES QUERIDOS.

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Apego, ah o Apego! E não falo do Apego material, do Apego ao dinheiro. O Apego que falo é o Apego a pessoas. Passo agora a contar-lhes a minha história. Conheci meu marido, o grande amor da minha vida, ainda muito jovem e logo nos apaixonamos, que amor sentíamos um pelo outro. Namoramos alguns anos e como meu amado desde bem jovem trabalhava com o pai em promissora empresa, logo tivemos condições de realizar nosso sonho. Casamos num dia lindo, pra mim o mais lindo que vivi.

Vivíamos felizes, muito felizes, logo alguns poucos anos depois nasceu nossa primeira filha, linda e muito amada. Alguns anos mais tarde Jesus nos presenteou com mais uma filha, tão linda e amada quando a primeira.

Que vida feliz tínhamos, eu vivia pelos três e meu marido sempre muito carinhoso dava-nos amor incondicional.

Devido ao trabalho na empresa tínhamos vida confortável, tínhamos condições financeiras que podia nos propiciar muitas coisas, viajamos com frequência e tudo era alegria e prazer.

Acompanhávamos o crescimento das nossas meninas. Eu poderia ter quem cuidasse da casa e das refeições, tinha sempre alguém a me auxiliar, mas mesmo assim fazia questão de estar no controle de tudo, cuidando com amor do meu companheiro e das minhas meninas que já se tornavam lindas moças. Mesmo com tantos anos juntos eu e meu marido vivíamos como eterno namorados.

E assim a vida ia passando.

Um dia tive uma dor de cabeça alucinante, nunca tinha sentido uma dor de proporção tão forte. Fui imediatamente levada a emergência de um hospital e após exames constataram que eu estava com um aneurisma e precisava de intervenção cirúrgica imediata.

Consegui ainda que meio zonza entender a minha situação, via no olhar do meu marido um desespero muito grande e nas meninas um choro desesperado de medo, ainda consegui consola-los, dizer que logo eu estaria bem e que tinha certeza de que Jesus me restabeleceria a saúde.

Assim segui rumo a sala de cirurgia. Daí pra frente já não mais sabia de nada, perdi completamente a consciência. Tempos depois acordei em um quarto de hospital, vi uma enfermeira que me olhava carinhosamente, logo lembrei-me o que havia acontecido.

E uma felicidade tomou conta de mim, então eu havia acordado e com certeza a cirurgia teria sido um sucesso, logo perguntei pela minha família e solicitei que eles fossem avisados que eu havia acordado e que viessem me ver.

A enfermeira sorriu-me um tanto diferente e me disse que isso não seria possível, e de indagação a indagação acabei entendendo o que aconteceu.

Tinha morrido! Não, não podia ser verdade, desesperada gritei, chorei e acabei adormecendo, e assim os dias foram se passando até que consegui entender definitivamente que nada mais podia ser feito.

Estava num lugar de tratamento e me convinha ficar ali, para que pudesse me recuperar, mas aí veio a saudade, o desespero e de repente me vi em minha casa, via a tristeza e dor naquele ambiente antes tão feliz, vi os três juntos a falarem em mim e como seria a vida deles.

Meu Deus, acho que foi o pior momento que vivi, resolvi então que eu ficaria ali, continuaria no meu lar com os que eu tanto amava.

Mas as coisas não funcionam assim e a cada vez que eu me aproximava do meu marido, ele ficava pálido e acabava deitado na cama sentido imenso mal estar.

A mesma coisa acontecia com as meninas, elas eram invadidas por uma tristeza sem limites e eu cada vez mais apegada aquele ambiente que não mais me pertencia.

Muitas vezes fui amparada e aconselhada por espíritos amigos a ir com eles a deixar aquela casa. Que dor sentia quando acontecia isso.

Até que algum tempo depois uma das meninas, a mais nova, entrou em depressão profunda para loucura da mais velha e do meu marido que já não sabiam mais o que fazer para que ela recuperasse. Ver minha menina naquela situação doía-me a alma.

Só depois de passar por isso, foi que resolvi atender aos apelos da minha vozinha que implorava para que eu a acompanhasse.

Resolvi então seguir com ela e pude ver a minha filha se recuperando e a alegria devagar retornando na vida deles, mesmo com muitas saudades de mim.

Continuo amando-os muito, continuo recebendo dos três enorme Amor e lindas Preces que me reconfortam.

Aí digo pra vocês, amar é muito bom, mas não com tanto apego, Deus tem planos distintos para cada um nós, eu regressei, mas eles continuam e precisam seguir em frente, o meu tempo com eles fisicamente acabou, mas a vida deles tem que seguir em frente.

Quanto sofrimento teria sido evitado se esse Apego imenso não existisse.

Meus amigos o Apego excessivo não é positivo não, somos seres individuais e temos que atentar para isso.

Quanto sofrimento, quanta dor passei por não entender isso.

Luíza.

Psicografia publicada em 16/03/2019.

Médium: Débora.
Antonio Carlos