MALEDICÊNCIA (ou o falar da vida do outro)
(Extraído do livro A Nova Era, pelo Espírito Hermes, pela mediunidade de Roger Bottine Paranhos)
MALEDICÊNCIA (ou o falar da vida do outro)
(Extraído do livro A Nova Era, pelo Espírito Hermes, pela mediunidade de Roger Bottine Paranhos)
A maledicência é o mais rotineiro vício de conduta da humanidade. Por causa deste veneno sutil, várias vidas são prejudicadas e relacionamentos destruídos com a famigerada "fofoca". Falar da vida alheia, com críticas destrutivas, tornou-se um hábito deplorável que rompeu os limites aceitáveis na atual etapa evolutiva da Terra, sendo que hoje em dia chegou chegou-se ao ponto de existirem revistas especializadas em expor de forma negativa a vida de celebridades da sociedade.
A maledicência é uma prova dos recalques das almas encarnadas na Terra que ainda se comprazem com a tragédia alheia e invejam aqueles que alcançam as suas próprias metas ambiciosas. É realmente triste, mas tanto invejados como invejosos são dignos de pena. O invejoso é vítima de sua própria arrogância e prepotência, fruto de seu culto exagerado à vida humana materialista e imediatista. Já o invejoso, é uma pobre criatura que sonha em ter uma posição de destaque dentro de uma sociedade ultrapassada e em franca decadência moral.
Os eleitos que se destacarão na Nova Era serao espíritos simples e desprendidos, jamais desejando serem venerados pelo culto exterior, mas sim serem lembrados por sua contribuição na construção de uma sociedade melhor. E os eleitos que não tiverem a mesma projeção social serão almas laboriosas, apenas interessadas no exemplo daqueles que se candidatarem a conduzir a sociedade, por suas aptidões políticas, religiosas, sociais ou artísticas.
A maledicência demonstra como a humanidade está distanciada do Amor e da Caridade, pois ela explicita que não existe carinho e respeito entre homens. A sociedade perfeita, sonhada pela humanidade terrena jamais será alcançada enquanto esse sentimento nefasto for cultivado no coração dos espíritos em evolução na Terra. É por esse motivo que o exílio planetário é inevitável.
O sentimento amargo, rancoroso e recalcado que dá origem a maledicência não habitará no coração dos eleitos. Portanto, é fundamental iniciar imediatamente a luta contra este vício sutil que se abriga no íntimo dos homens e compromete século de evolução sem causar suspeita.
Poderíamos comparar a maledicência ao inseto conhecido como cupim, que instala-se nos móveis de vossas casas, destruindo-os lentamente. Assim como esse inseto, o mal hábito de julgar a vida alheia corrói a alma dos maledicentes sem que eles percebam. Ao final do processo, o estrago é avassalador, levando o invigilante a um longo período de correção espiritual para recuperar-se dos graves danos desencadeados em sua alma imortal, mas propriamente dita, em seu corpo espiritual.
A Crítica destrutiva, assim como a Maledicência, tem por objetivo tão somente agredir magoar e desanimar os nossos semelhantes ao progresso espiritual. Eis um gesto infeliz, e pelo qual o acusador deverá responder irremediavelmente as leis do Criador.
Jamais devemos avaliar em termos de angelitude ou imoralidade, pois não temos condições de compreender os motivos que muitas vezes rompem as barreiras da atual encarnação e que as levam ao desastres moral. Os pregadores de moral rigorosa geralmente tropeçam nas mesmas situações que condenam com fervor. Ao invés de julgar, procuremos exemplificar as virtudes cristãs. Apenas Deus e seu prepostos mais graduados podem avaliar o íntimo de cada um. Ao verdadeiro Espiritualista, imbuído de espírito crístico, cabe orientar fraternalmente, sem julgar-se o dono da verdade absoluta, que reside exclusivamente na essência do Criador.
Os erros de nossos semelhantes no dia de hoje talvez seja o nosso erro amanhã, já que na estrada evolutiva da Terra somos ainda portadores das imperfeições humanas. Cabe-nos levantar os caídos, porque não sabemos onde nossos pés trpecarão.