NÃO SE SINTA OBRIGADO A VIVER O “CERTO”
Quantas vezes em nossa vida nós sofremos por tentar a todo o momento fazer o “certo”.
NÃO SE SINTA OBRIGADO A VIVER O “CERTO”
Quantas vezes em nossa vida nós sofremos por tentar a todo o momento fazer o “certo”.Sim, o ser humano quase sempre estabelece em sua mente aquilo que acredita ser o certo. Assim, ele passa boa parte da vida perseguindo esse certo, tentando se encaixar ao certo, buscando concretizar esse certo em suas atitudes e em sua vida geral.
O grande problema dessa situação é que a tentativa sistemática de se ajustar ao “certo” nos gera muitas preocupações ao longo da vida. Ficamos preocupados, ansiosos e nos sentimos sempre pesados e carregados por tentar a todo momento nos encaixar naquilo que julgamos o certo em nossa vida.
“O certo é ser uma pessoa bem sucedida”, esse pensamento, por exemplo, vai nos gerar preocupações imensas até conseguirmos ser uma pessoa bem sucedida. Depois de nos tornarmos bem sucedidos, a noção desse “certo” vai nos gerar preocupações para conseguirmos manter a todo custo nosso “sucesso”… e se um dia perdermos o status de “bem sucedido”, vamos sofrer por essa perda daquilo que consideramos “o certo”, aquilo que supomos que precisaria acontecer de qualquer jeito.
Por esse motivo, ficar a todo momento acreditando que há um “certo” a ser seguido sempre nos gera frustração, angústia e infelicidade quando não conseguimos atingir o ideal do “certo”. No momento em que estabelecemos a fronteira daquilo que é certo, tudo aquilo que escapa desse certo, ou que está fora dos limites desse certo, automaticamente já se torna errado para nós. E quando percebemos o desvio do caminho do “certo”, o errado aparece… e quando aparece, gera sofrimento, gera preocupação, gera culpa por não estarmos em conformidade com o “certo”.
Mal essas pessoas desconfiam que o “errado” também pode ser o “certo” e o “certo” pode ser o “errado”. Não existe essa determinação daquilo que é certo e do que é errado. Toda essa rigidez de conceitos é uma produção ilusória de nossa mente, que deseja estabelecer parâmetros engessados da realidade para que possamos nos sentir seguros seguindo pelos caminhos desse mundo de caos e instabilidade.
Quando definidos aquilo que é certo de forma rígida e inviolável, tendemos sempre a ficar defendendo o nosso certo diante dos outros. Há uma tendência a sempre tentar impor o nosso certo aos outros, a construir no mundo a imagem da nossa opinião sobre o certo. Essa tentativa de forçar ao mundo nossas crenças sobre o “certo” nos coloca em constante conflito diante do mundo. O mundo tem seu próprio caminho, que não é o nosso caminho… O mundo e as pessoas tem seu próprio jeito… e eles são o que são. Apenas isso.
Aquele que define de forma intransigente o seu certo desconsidera a complexidade do mundo e a riqueza das diferentes visões e modos de ser e estar na existência. Por isso, a noção do certo nos limita e vai criando sempre o movimento de choque em relação a todas as diferenças. Por isso, quanto mais enrijecemos nossa visão do “certo”, maior é o conflito criado com tudo aquilo que foge do nosso conceito de certo e, obviamente, mais peso passamos a carregar em nossa vida.
Por outro lado, quanto mais a pessoa flexibiliza suas noções, suas verdades, suas opiniões, suas crenças, o seu “certo”, menos preocupada ela fica, menos conflitos internos e externos são criados, menos sofrimento ela gera para si mesma. A necessidade de seguir o “certo” é um peso imenso que você não precisa carregar em sua vida…
Por isso, deixe de lado a necessidade de seguir o “certo”. Não acredite na rigidez do certo. Não acredite no pensamento de que as coisas “precisam ser desse ou daquele modo”, senão tudo está errado. Não creia que você é obrigado a seguir este ou aquele caminho correto. É preciso se libertar dessa prisão mental para que possamos trilhar, de uma vez por todas, a senda da felicidade e da paz em nossa vida.
(Hugo Lapa)