MENINA DO CABARÉ
Rosto de anjo
Coração de demônio.
A Falange das Meninas
Conta com as mais perigosas
Entre as Pombagiras.
São perigosas porque elas
Não medem consequências,
Fazem o que querem
Quando querem.
MENINA DO CABARÉ
Rosto de anjo
Coração de demônio.
A Falange das Meninas
Conta com as mais perigosas
Entre as Pombagiras.
São perigosas porque elas
Não medem consequências,
Fazem o que querem
Quando querem.
Todas elas desencarnaram
Muito jovens,
Porém mesmo com os séculos
Passando sobre elas
Não houve amadurecimento.
Elas se negam a deixar de ser Meninas.
São tão velhas quanto as demais
Pombagiras mas se comportam
Ainda como meninas.
Há muito perigo nisso.
A mais famosa é a menina do Cabaré.
Eu já contei a história de uma Menina do Cabaré aqui na página, a que em vida se chamou Bárbara, mas dessa vez contarei uma outra, referente a outra Menina do Cabaré que se chamava Júlia.
Júlia era filha bastarda do
Barão de Alagoas
No fim do século 17.
O barão tinha a mãe de Júlia
Como uma amante fiel
E por isso elas duas eram sustentadas
Por ele, tratadas a pão de ló.
Andavam com as melhores roupas
Moravam em uma das melhores
Casas da cidade.
Porém, o barão ja era idoso
E quando faleceu deixou as duas
Desamparadas.
O pouco dinheiro que tinham
Se acabou com o passar dos meses.
Júlia tinha treze anos.
A mãe de Júlia vivia de ser amante
So sabia ser isso.
Ela era uma mulher vulgar
Sem a menor noção de amor próprio.
Então ela se aproximou de um
Homem rico
Chamado Antônio de Embaré
Que estava na cidade.
Ele era de São Paulo, da cidade de Santos e era um magnata do café.
A mãe de Júlia almejou ser amante dele
Imaginou que ele a levaria para
Santos e lá ela viveria como uma rainha.
Ela tentou seduzir Antônio
Mas ele não dava vazão.
Ela ja tinha idade,
E ele gostava de moças jovens.
Um dia ele viu aquela mocinha
Na rua, era Júlia.
Ele quis saber quem era
E contaram que era filha
Da ex amante do Barão morto.
Antônio ficou apaixonado por ela
Mas Júlia era só uma menina
Sem malícia.
Por mais que fosse nova
Ela ja tinha grande beleza.
Ele a queria de todo jeito
Mas não tinha coragem de assedia-la
Pois ela era jovem demais.
Ele decidiu aceitar ser amante da
Mãe de Júlia
E levar as duas para Santos
Assim se aproximaria da menina.
Por dois anos ele manteve as duas
Em um casarão no litoral.
Quando Júlia ja tinha 15 anos
Ele se declarou
Disse que a amava.
Ela respondeu que não era
Como a mãe
Ela não aceitaria ser amante.
Ele então prometeu se separar
Da esposa e da mãe de Júlia
Para se casar com ela.
Faz todas as promessas
Que os homens perversos fazem
Sem intenção de cumprir.
O desquite não era simples naquela
Época e então Antônio
Ruim como era armou a morte
Da esposa.
Ele queria Júlia de todo jeito
E por isso envenenou a esposa
Simulando um suicídio.
Na noite que ele veio contar
A Julia que ele já era viúvo
E que os dois poderiam de casar
A mãe dela ouviu a conversa.
E ficou horrorizada.
Ela odiou saber que o seu homem
Amava a sua filha
E temeu pela própria vida
Já que era possível que ele
A matasse também.
Indignada a mulher correu para
A praça e contou a todos que
Antônio tinha matado a mulher
Ela berrou ate todos saírem
De suas casas e ouvirem
O que ela dizia.
O povo ouviu mas nada fez
Antônio era muito poderoso
E ninguém o desafiava.
Antônio ficou alucinado,
Ele era muito bruto
E sem pensar foi até a praça
E atirou nela.
Na frente de todos ela caiu.
Quando Júlia soube do ocorrido
Correu para lá
E chegou a tempo de ouvir
As últimas palavras da mãe.
A mãe disse
"Tu não viverás para saber o que é o amor, tua curta vida será só sofrimento"
Após rogar a praga ela morreu.
Júlia teve medo de que Antônio
Viesse atrás dela
E fugiu para o Rio de Janeiro.
Lá ela não tinha como se sustentar
E então após passar muita necessidade
E sofrer muito assédio
Ela se refugiou em um Cabaré.
Sem dinheiro não há como viver
Então ela caiu na prostituição.
Passando de mão em mão
Ela conheceu um jovem
Um estudante de medicina
E ele se apaixonou por ela.
Ela também se apaixonou por ele.
Decidiram fugir juntos
E no dia que ela foi receber
Seu último pagamento no Cabaré
Para partir
Se deparou com Antônio lá a espera
Dela.
O jovem a esperou na plataforma
Do trem o dia todo
Júlia nunca apareceu.
Antônio a matou.
Ele estava atrás dela
E quando a encontrou
E viu que ela havia se tornado
Uma prostituta
Ele atirou nela
Bem no peito.
Júlia morreu.
Hoje ela é uma das Pombagiras que se auto intitulam "Meninas do Cabaré".
Saravá!
Espero que tenham gostado
A próxima da Série será a Pombagira Rosa Negra.
Quem quiser fazer um orçamento de telas ou desenhos me chame no whatsapp 11944833724
Obrigado!
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