ESTUDO – PARTE VI / ESPÍRITOS BENÉVOLOS, SÁBIOS, PRUDENTES E SUPERIORES
Para uma melhor compreensão do exposto aqui, recomendo a leitura dos textos anteriores. Se você perdeu os textos anteriores, clique aqui para lê-los.
Quinta Classe. Espíritos Benévolos
“Sua qualidade dominante é a bondade; gostam de prestar serviços aos homens e de os proteger. Mas o seu saber é limitado: seu progresso realizou-se mais no sentido moral que no intelectual.” – Allan Kardec.
Meus Comentários: Aqui encontramos os mentores que tem o seu aspecto servil mais consolidado com as leis do evangelho, mas que se mostram de formas simples e humildes. Por não possuírem uma evolução intelectual, ou uma formação intelectual, se apresentam de forma mais coloquial. São os espíritos que trazem na palavra o conforto de acordo as máximas de Jesus. Aquele benzedor que reza com fé e que promove várias curas, mas que no falar é ainda simplório, chegando a ser rude, pode ser enquadrado como um espírito benévolo. Encontramos ainda aqui alguns poucos baianos, boiadeiros e muitos Pretos-Velhos.
Amparam os irmãos a ele simpáticos, ou espíritos afins, congregando também vários mentores das casas umbandistas. Jamais se portarão como doutores ou conhecedores de algo que não o são. Apenas como abnegados trabalhadores de Jesus.
Quarta Classe. Espíritos Sábios
“O que especialmente os distingue é a amplitude dos conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais do que com as científicas, para as quais têm mais aptidão; mas só encaram a Ciência pela sua utilidade, livre das paixões que são próprias dos Espíritos Imperfeitos.” – Allan Kardec
Meus Comentários: Aqui encontramos uma categoria que podemos dizer é complementar a dos espíritos benévolos. Quando formos tanto benévolos quanto sábios, iremos ascender para uma categoria de espírito iluminado.
Esses espíritos, nesta categoria, possuem grande inteligência e a utilizam para o bem. São médicos, engenheiros, cientistas e outras tantas profissões de cunho intelectual que doam seus momentos e suas capacidades intelectivas para o bem do próximo. Não dizemos aqui que eles não possuem moral algum, possuem sim, mas em um atendimento, por exemplo, vão se prestar mais a fazer uma cirurgia espiritual ou indicar um caminho de estudo, do que propriamente conversar sobre Jesus e o Evangelho.
Acreditam na ciência, sem o caráter moral, ou seja, desimpedido pelas paixões inferiores. No começo do espiritismo encontramos muitos espíritos receitistas, que eram médicos desencarnados que recomendavam curas homeopáticas.
Uma ressalva: Algumas pessoas tentam enquadrar EXUS nessa categoria. Isso não é possível! Exu ainda não está livre de suas paixões.
Terceira Classe. Espíritos Prudentes
“Caracterizam-se pelas qualidades morais da ordem mais elevada. Sem possuir conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes permite julgar com precisão os homens e as coisas.” – Allan Kardec
Meus comentários: É o resultado da união da benevolência com a sabedoria. Geralmente encontramos os espíritos missionários nessa categoria, como Chico Xavier. Muitos guias de Umbanda se encontram aqui, Caboclos e Pretos-Velhos, além de alguns guias da linha de Oxalá.
Alguns fazem comparativos entre Chico Xavier e demais médiuns. Chico ainda tinha suas imperfeições, mas como vimos, os bons espíritos ainda precisam se aprimorar, caso contrário seriam espíritos perfeitos e não mais estariam encarnados. Chico Xavier era simples, mas tinha uma moral extrema. Não era instruído formalmente, mas conhecia coisas demais e tinha raciocínio rápido e uma fantástica oratória. Alguns tentam compará-lo a outros médiuns, como Divaldo, no meu ponto de vista, os demais estão anos-luz atrás da evolução do Chico. (Mesmo com seus erros e desencontros).
Segunda Classe. Espíritos Superiores
“Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem, que só transpira benevolência, é sempre digna, elevada, e frequentemente sublime. Sua superioridade os torna, mais que os outros, aptos a nos proporcionar as mais justas noções sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que nos é dado conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que procuram de boa fé a verdade e cujas almas estejam bastante libertas dos liames terrenos, para a compreender; mas afastam-se dos que são movidos apenas pela curiosidade ou que, pela influência da matéria, se desviam da prática do bem.
Quando, por exceção, se encarnam na Terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o tipo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.” – Allan Kardec
Meus Comentários: Podendo incorrer em heresia, eu creio que o mundo presenciou um espírito mudando da categoria de Espírito Prudente para um Espírito Superior. Esse espírito em vida era conhecido como Jesus de Nazaré. Quem já leu os evangelhos, percebe claramente a sua evolução com o passar do tempo, a ponto de chegar a um estado de deificação. Os espíritos dessa classe podem encarnar, mas só o farão com um grande propósito e para trazer uma mensagem que mudará o mundo. Temos poucas figuras destas relatadas na história, tais como Buda, Krishna e algumas figuras mitológicas.
Raramente se manifestam de forma incorporada ou psicofônica, pois sua vibração está muito distante da vibração das pessoas comuns. Ramatis cita, que Jesus levou milênios para poder reencarnar, até absorver quantidade suficiente de “matéria” densa para poder criar seu períspirito para esse mundo. Imagina só, como poderia então um espírito dessa estirpe se comunicar toda semana no terreiro? Geralmente eles utilizam-se de espíritos menos evoluídos para passar suas comunicações, mesmo que esses espíritos menos evoluídos carreguem o nome dos mais evoluídos.
Esse é o último passo antes da integralização com a Divindade e a mudança para o estado de Espírito Perfeito.
Fechamos mais um capítulo sobre o estudo da Escala Evolutiva dos Espíritos, agora abordando os Espíritos Bons. No próximo artigo iremos finalizar essa série falando sobre a Primeira Ordem, a dos espíritos puros ou perfeitos.